Ex-craque alemão, Gerd Müller costumava presentear Paolo Guerrero com uma barra de chocolate a cada gol que o peruano marcasse pelo Bayern de Munique.

Então auxiliar dos bávaros, ele teria ficado orgulhoso do desempenho do centroavante após a goleada de 5 a 1 sobre a Chapecoense, na última quinta-feira, na Ilha do Urubu. Guerrero teve excelente atuação, participou de diversos lances e balançou as redes três vezes. Foram os seus três primeiros gols no Brasileiro, afastando, assim, a pressão que o acompanhava nessa arrancada de campeonato.

Ele voltou a ter em Diego o seu parceiro em campo.

Müller (Bayern), Guerrero (Bayern e Hamburgo) e Diego (Wolgsburg) foram contemporâneos na Bundesliga.

Os dois últimos não têm se encontrado tanto assim no time comandado por Zé Ricardo, contudo.

Desde a chegada do meia vindo do Fenerbahce, foram 60 jogos possíveis: eles estiveram juntos em apenas 23.

Uma pena para o futebol.

E, claro, para o Flamengo.

É o que os números dizem. Quando estiveram na linha de frente em 2017, o desempenho impressiona. Foram 14 partidas, com nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.

Essa conta poderia ser ainda mais elevada, considerando que o rubro-negro carioca entrou em campo 38 vezes na temporada, mas foi privado de sua dupla, especialmente, por causa da cirurgia no joelho direito de Diego, as convocações de Guerrero para a seleção peruana e também a sua parte disciplinar complicada, com suspensões recorrentes.

A partir do fim de semana, os dois ganharão a companhia de uma nova estrela, Éverton Ribeiro, trazido a peso de ouro dos Emirados Árabes, e ainda têm Geuvânio e Conca entrando na briga por um lugar.

A concorrência é grande, mas está mais do que provado que o Flamengo é mais forte com Guerrero e Diego juntos.

Com a vitória sobre a Chape, a equipe subiu para a oitava colocação, com 14 pontos.