Muito tem se falado do Flamengo após duas vitórias seguidas no Brasileirão. Contra a Chapecoense, quando talvez tenha atingido seu melhor desempenho no ano, e frente ao Bahia, que, apesar do resultado, a performance não foi convincente. São apenas dois jogos, claro, mas que mostram muito da realidade rubro-negra durante uma temporada cheia de oscilação. Bons momentos, apagões, jogos mornos… A verdade é que Fla ainda não achou e, muito menos construiu, uma identidade.
Falar em identidade no futebol soa até subjetivo para algumas pessoas. Mas ela deveria estar ligada à cultura do clube. Na maneira que enxergamos, cobrimos e gerimos o futebol no Brasil chega a ser até utópico em alguns casos. Equipes como Corinthians, Ponte Preta e Chapecoense, ainda que engatinhando neste sentido, dão ares de que é possível alcançar uma estabilidade no tipo de jogo que se deseja fazer e manter essa ideia por longos períodos. Pode ser defensivo, ofensivo, direto… A questão é, você consegue enxergar o modelo de jogo, a proposta, as ideias. Goste ou não destas escolhas, elas estão ali.
E é nesse vazio que o Flamengo tem caminhado desde a última temporada. Apesar de estar sempre reforçando seu elenco com jogadores de qualidade, ainda não é possível se enxergar um norte na Gávea. No último Brasileirão, entre agosto e setembro, veio a esperança. Depois de alguns momentos de oscilação, o trabalho de Zé Ricardo ganhou corpo. Fechado dentro da ideia de seu 4-2-3-1 e já com Diego no elenco, a equipe carioca não só venceu, mas alcançou ótimos desempenhos. O 1 a 1 contra o Palmeiras, que mais tarde seria campeão, é um dos grandes exemplos, mesmo sem conquistar três pontos.
A ideia de seu treinador, que defensivamente sempre mostrou maior regularidade, sempre foi de propor o jogo. Controlar com a bola, gerar superioridade numérica pelos lados e usar as triangulações para a construção ofensiva. Por outro lado, seu melhor Flamengo foi o que reagiu, o que criou suas melhores chances após retomar a posse e verticalizar as jogadas. Muito pelas características de seus jogadores: Everton, Gabriel, Mancuello, Ederson… Jogadores que, sem dúvida alguma, trabalham melhor em transições.
O plano de ter a bola continua, mas com uma execução abaixo do ideal. Devemos levar em consideração o fato de jogadores importantes estarem chegando agora e ainda precisarem de tempo para se adaptar às ideias de Zé. A pressão por resultados imediatistas, ainda mais em cima de um treinador que vive entre a cruz e a espada toda semana, também é um fato dentro de toda essa realidade. Mas ainda é pouco para o Flamengo.
Em seu momento ofensivo, o Fla sofre para conseguir uma infiltração. Se em seu melhor momento com a camisa rubro-negra Willian Arão iniciava a construção por trás e ainda tinha leitura e fôlego para se infiltrar na área, hoje a equipe quase nunca constrói por dentro. Trabalha com pouca mobilidade no último terço do campo. Não se envolve em movimentos de infiltração, estes muito importantes mesmo que a bola não seja lançada, já que pode desequilibrar os adversários, abrir espaços, quebrar defesas.
Os primeiros 15 minutos contra o Bahia deram um pouco desta ideia. Com Éverton Ribeiro e Diego alternando posições, Arão (apesar da atuação ruim) atacava espaços e Matheus Sávio tentava as diagonais. Tudo parecia correr para um bom caminho. Um time mais vivo em campo, mais intenso com a bola. Mas foi só a equipe da casa perder um jogador e se retrair para todos os velhos problemas voltarem. Ligaram então a “chave” dos cruzamentos automáticos. Inicia com os zagueiros, busca a ultrapassagem dos laterais, preenche da área e… cruza! Situações fáceis de se observar e se neutralizar. Basta o adversário analisar minimamente o atual modeo de jogo do Flamengo.
Muitas vezes são cruzamentos antecipados, vindos bem da entrada do último terço. Bolas que, como chegam de frente para os zagueiros, são mais fáceis de rebater. Também se abusa das bolas mais viajadas, que dão tempo para o rival se organizar. Não quer cruzar bolas na área seja algo ruim. Mas é preciso condicionar a equipe a fazer isso de uma maneira mais eficaz. Triangula, busca o fundo, aposte em uma bola rápida, sempre mais complicada para os zagueiros. É necessária uma pitada de ideias até mesmo quando se escolhe jogar no bom e velho chutão. Existem várias formas de se jogar bem. Mas se você não potencializa isso, não condiciona seus jogadores a um plano, de nada adianta.
Zé Ricardo ainda errou em outro sentido em Salvador. Com o adversário mais fechado, apostou na boa e velha “substituição ofensiva”, cria do senso comum . Caiu na clamação popular de a equipe de atacantes (Renato Portaluppi fez o mesmo no jogo entre Grêmio x Corinthians). Quando o oponente se fecha ele, automaticamente, te dá a bola. Neste momento, você precisa de jogadores em campo (de preferência no meio) que elevem a qualidade de seu passe, com bolas mais agudas, mais criativas… E não de jogadores agudos, como no caso de Berrio e Vinicíus Jr. Domina a região central, circula mais rapidamente a posse e infiltra. Colocar mais gente na área nada mais é que povoar uma região que não se cria nada no futebol.
E tudo isso vale como uma reflexão daqui para frente. Com a força que tem no cenário nacional e em seu elenco, o Flamengo vai ser obrigado a propor quase todos os jogos de uma temporada. Por isso, precisa apostar em jogadores que tenham mais qualidade com a bola e, obviamente, no passe. Com Éverton Ribeiro, por exemplo, a tendência é de crescimento. A recuperação do bom futebol de Willian Arão, que pode produzir bem mais, também é um desafio para Zé nas próximas semanas. Com o volante bem, o Fla ganha mais um belo organizador de jogadas, com passes agudos e boa chegada ao ataque.
Os resultados, que normalmente desligam a grande máquina de triturar treinadores no Brasil, ajudaram Zé Ricardo. Agora cabe ao treinador, com mais tranquilidade, começar a estimular seus jogadores a novos comportamentos. Novas saídas, novas ideias e conceitos. Uma ruptura no meio do trabalho neste momento não seria vantajosa para ninguém. Ao contrário, traria todo um recomeço para o clube. Mas está mais do que na hora de o Flamengo ter uma cara. Seja lá qual ela seja.
Fonte: Renato Rodrigues/ ESPN
Oq? A cachorrada ta levando um sapeca de 2X0 do Avaí e Rio kkkkkkkk so vou rir mais quando o Zé panela sair e cracia vir depois do mérito…
Infelizmente, os dois maiores problemas hoje são: MA e ZR.
MA não tem bola para jogar no Flamengo hoje, suas limitações técnicas são muito piores que sua declarada “capacidade de cobertura” (em muitos casos, tem queué correr igual a um louco atrás de jogador devido a erro de seu próprio posicionamento).
Já ZR está se mostrando limitado e, principalmente, teimoso. Aí fica realmente difícil de desejar que permaneça no cargo. Até torcia que desse certo… Mas não dá mais…
O Flamengo do ZR hoje parece muito com o Real Madrid do Rafa Benites de uns anos atrás… Muitos bons jogadores.. Na mão de alguém incapaz de armar o time..
Temos que achar o nosso “Zidane” o mais rápido possível… Aí sim, nesse caso, poderíamos ter certeza de algo maior ainda esse ano.
Enquanto permanecermos com nosso Rafa ZR Benites… A esperança é mínima
SRN
Ai aumenta essa lista ai
ZR MA e mais Mureta, Vaz, Gabriel, Matheus Savio (e pasmem) ate o Arão tem jogado mau !
Os outros problemas pelo menos não estão mais no time…
Arão ainda há esperança de melhorar um pouco
Mas hoje daria chances para a dupla Cuellar & Rômulo (apesar deste tb ainda não ter “estreado”) ou Cuellar & Ronaldo
Só não dá mais de jeito nenhum manter MA & Arão
Mas o ZR teima…
seria bom testa também Cuellar e Mancuello que é volante e nunca foi testado em sua real posição pelo menos não que eu lembre
Fala muito não o vaz e matheus savio voltaram
Pior…
Com ZR no comando tudo pode acontecer ?
M Savio não é de todo ruim, ja ajudou a gente em jogos importantes, mas a vez da fila não seria dele… Seria mais interessante emprestá-lo para um time da série A pra ganhar rodagem
Ele pode não ser ruim mais fkou marcado pela eliminação do Flamengo na libertadores, mais eu nao culpo ele pois o maior culpado foi o Zé panela que deveria ter posto o Ederson muito mais experiente!
Análise do Flamengo que não menciona a fixação do treinador pelos perebas não tem valor algum pra mim.
Foguinho se F…
TEM TIME AI QUE NÃO VAI ENTRAR NO G4 EM ????????
Para ter essa indentidade tem que colocar esse time Tiago, Rodinei, Rodholfo, Rever, Trauco, Cuellar, Rômulo, Diego, Everton Ribeiro, Geuvânio e Guerreiro i manter o time e não ficar trocando o jogador só pq fez uma ótima partida.
o Flamengo vai sempre depender de uma jogada individual dos seus jogadores, pq não tem jogada de infiltração, somente chuveirinho na área, Éverton Ribeiro preso na direita, Diego centralizado, Éverton ou Geuvanio na esquerda e nossos dois inúteis volantes, torço pra que eu me engane e o FLA me mostre ser, no decorrer do campeonato, outro time, mas tudo caminha pra ser um 2016 melhorado.
se duvida vai ser um 2016 piorado isso sim
Boa noite NAÇÃO. Me perdoem os que não concordam mas identidade tem a ver com as caracteristicas dos jogadores que você tem no atual momento e eu acho que se o Zé Ricardo quiser dar uma identidade ao time vai ter que jogar no 442 com diego na meia direita , Conca na meia esquerda e na frente Everton Ribeiro e guerreiro simples assim o que não da é pra abrir mão de Conca e Diego juntos, vai acabar perdendo seu emprego se continuar insistindo no erro.
Um ano de trabalho, pré temporada, estrutura boa, elenco recheado, ambiente Pacífico até a eliminação, quantos times no Brasil tem isso? E ainda assim o time não tem identidade.
Um problema que eu notei foi em relação aos dirigentes, muitos falando merda e inflando o ego, quem não lembra de um dirigente dizendo que nossos rivais era Barcelona e Real Madrid? Coitado, montou um time que caiu na fase de Grupo para os poderosos San Lorenzo, UCA e Atl PR. Os sul americanos continuam rindo da gente.
Elenco recheado de perebas, renovaram o contrato do Gabriel, do Márcio, Damião e lutaram pra ficar com o Fernandinho. Mesmo tendo uma molecada promissora e muitas boas opções no mercado livre (Gabriel que está hoje no Corinthians por exemplo).
Disputaram o carioca com time principal. Sim, essa comissão técnica, jogadores e diretores acharam importante ganhar o Carioca, o campeonato mais falido do mundo, e teve gente que comemorou, inúteis.
A bela falta de meritocracia que assombra os sonos dos Flamenguistas, quem aqui não está cansado de ver tantos jogadores questionáveis no time titular? E outros que não podem errar nada que simplesmente somem, emfim, tô muito put* com esse trabalho ridículo do Treinador, jogadores e principalmente Diretores Flamenguistas.
Os dois últimos times que dominaram a Champions e Mundial de clubes, análise a formação tática, nenhum dos dois times utiliza dois volantes, é um único volante que joga e de qualidade , no caso do Mascherano a maioria das vezes jogava o Busquets ali e ele foi pra zaga. Acredito que analisando de modo amplo as melhores peças do nosso Elenco, em minha concepção a melhor formação tática seria nesse 4-3-3 variando para o 4-1-4-1, minha maior dúvida está na cabeça de área, acredito no nosso Casemiro que tem nome de craque e tem tudo para ser um Ronaldo! coloquei em ordem de sequência de minhas preferências no esquema utilizado pelo barça de 2011.
https://uploads.disquscdn.com/images/6800d4d104dfaacb569c2637f0181885112e6caeb91bf1886f7de26e62a9b23a.jpg
https://uploads.disquscdn.com/images/ce587d32b0e6ff3bf8377644aeebadb00139ba2f233ad98c31a41814187ece11.jpg https://uploads.disquscdn.com/images/40ed2f8ff550ec008af08298a63b60764c41495fae1b1f92b7f47c27a58178bd.jpg
Casemiro , Modric e Kroos são volantes. Esquema de três volantes que o Botafogo usava com Airton , Bruno Silva e Lindoso e o Grêmio usa com Arthur , Michel e Ramiro.
Quer qualidade? Só o Zé Ricardo colocar o Diego como segundo volante e o E.Ribeiro como terceiro homem de meio campo.
Será que ele teria coragem de colocar um meio campo com ; qualquer volante , Diego , E.Ribeiro?
Os dois são volantes so nos nomes a qualidade deles com a bola nos pés é acima da media, você assiste aos jogos do Real? Eles marcam mais ñ São exímio marcadores o Casemiro que dá a sustentação maior ali, Eles são homens de meia box to box famoso de área a área, isso o Diego vem fazendo a meses no Fla, para buscar a bola pois os volantes ñ sabem sair jogando… E quanto ao Barça de Xavi e Iniesta são dois volantes tambem?
Zé Ricardo vai se inspirar na Alemanha e vai passar a escalar o time assim ;
Thiago(Neuer) , Rodinei(Lahm) , Réver(Boateng), Rodholfo(Hummels) , Trauco(Howedes) Cuellar(Schweinsteiger) Ronaldo(Khedira) Ederson(Muller), Diego(Kroos) , E.Ribeiro(Ozil) e Guerrero (Klose)
Perfeito o texto. Enfim alguém que fala sobre a criação de espaços, que já era um problema desse time mesmo quando havia organização: “hoje a equipe quase nunca constrói por dentro (…). Não se envolve em movimentos de infiltração, estes muito importantes mesmo que a bola não seja lançada, já que pode desequilibrar os adversários, abrir espaços, quebrar defesas”. Tenho batido nessa tecla, não há inversão de posições, os jogadores tocam e continuam no mesmo lugar, isso facilita a marcação. Foi interessante ver o Diego e Everton Ribeiro tentarem isso contra o Bahia, trocando de lugar e se apresentando o tempo todo pra receber. O problema é que isso parece ser muito mais uma iniciativa desses jogadores, pela qualidade e consciência tática que possuem, que algo treinado, pois não se vê o time fazer isso. Pra completar, jogamos sempre com dois a menos e numa posição fundamental que é a volância. O jogo começa (ou deveria começar) ali.
Outro ponto interessante: “Zé Ricardo ainda errou em outro sentido em Salvador. Com o adversário mais fechado, apostou na boa e velha ‘substituição ofensiva'(…). Quando o oponente se fecha ele, automaticamente, te dá a bola. Neste momento, você precisa de jogadores em campo (de preferência no meio) que elevem a qualidade de seu passe, não de jogadores agudos, como no caso de Berrio e Vinicíus Jr”. Não foi a primeira vez que o Zé fez isso. Falta leitura de jogo. E aí fica a dúvida se ele está aprendendo com os erros que comete. Até aqui parece que não, nem há quem oriente ou cobre internamente.
Acho que depois que o Zé Retardo nos eliminar da Copa do Brasil para o Santos, poderíamos deixar o Mozer como interino.
Galera,
segundo Fabrício, do You Tube (programa Verdade em Vermelho e Preto), o Márcio Araújo tem um empresário forte e vive quebrando o galho dos dirigentes dentro do Mengão, como por exemplo, facilitando a negociação com jogadores, etc…
E aí como gratidão eles escalam o Márcio Araújo.
Da mesma forma o Gabriel.
No caso do Damião quem escala é a Doyen Sports que trouxe a Carabao para o Fla.
Agora tá explicado.