Durante três semanas, Guerrero trabalhou em três turnos de tratamento para atuar por noventa minutos pelo Flamengo contra o Botafogo até nos fins de semana. O suspense criado pelo clube sobre a participação na semifinal contra o Botafogo foi maior do que a expectativa do próprio jogador de estar em campo. O Flamengo escondeu detalhes da evolução do jogador para causar impacto na decisão, e conseguiu. No Maracanã, a torcida comemorou a confirmação do peruano no time que iria iniciar jogando como um gol antes da bola rolar. Depois de atuar os noventa minutos, Guerrero virou “case” de sucesso do Centro de Excelência em Performance.
– Na transição gradual ao campo, a fim de fazer os movimentos exigidos para testar a aptidão dele, Guerrero mostrou rápida recuperação. O corpo respondeu rápido. Começamos a realizar exercícios com bola, em separado, e assim permaneceu por alguns dias. Como sempre falamos, não gostamos de conceder prazos, e sim etapas. E o Guerrero realizou todas elas num tempo mais curto do que poderíamos esperar. O profissionalismo dele foi fundamental – destacou o chefe do departamento médico Márcio Tannure.
Desde domingo, Guerrero já sabia que jogaria. A comissão técnica, porém, estava relutante, e preferiu não garantia a escalação. Na segunda, Guerrero foi testado no time titular em coletivo no Ninho do Urubu, mas saiu minutos depois. A precaução no dia seguinte foi menor. Guerrero treinou mais tempo e se sentiu bem.
— Consegui me recuperar muito rápido para ajudar. Eu treinei sábado e domingo, e sabia que ia jogar. Se sentisse alguma coisa ia pedir para não jogar, mas não senti dor. Me preparei mentalmente, porque fisicamente não estava 100% — disse Guerrero.
— Fiz a parte física, porque estava sem dor. Me senti com confiança e mentalizei que ia jogar — emendou Guerrero.
O preparador físico Roberto Oliveira acompanhou o peruano de perto. O CEP traçou um plano de retorno gradual em função da lesão na coxa. Na segunda etapa, os exercícios são para diminuir a incidência de retorno da lesão. Guerrero deve ser poupado do jogo contra o Altético-PR no próximo domingo.
– O CEP não só o recuperou como o deixou em condições de atuar durante 90 minutos após ficar cerca de 20 dias parado. Durante o tratamento, trabalhamos intensamente a parte aeróbica e cárdio do atleta para ele não perder muita performance, e foi o que aconteceu – acrescentou o médico rubro-negro.
Só falta recuperar o Diego por completo CEP.
“E o Guerrero realizou todas elas num tempo mais curto do que poderíamos esperar. O profissionalismo dele foi fundamental.” — Imagina se fosse o Adriano Imperador? &;-D
Adriano e profissionalismo na mesma frase? Nunca será.