Em 11 dias desde que chegou ao Brasil, Reinaldo Rueda comandou o Flamengo em três partidas (Botafogo 0x0 Flamengo, Flamengo 2×0 Atlético-GO e Flamengo 1×0 Botafogo).
Nesse período, o técnico buscou equilibrar o ataque e a defesa do Flamengo, que vinha sendo muito vazada. Agora, desde que chegou, o rubro-negro não sofreu gols. Uma sequência de três partidas que não acontecia desde o fim de junho.
Seja “segurando” mais os laterais, pedindo para o time não marcar tão em cima, o colombiano têm dado um jeito no sistema defensivo rubro-negro.
– Contei com a infraestrutura que tem o Flamengo, com toda a parte administrativa e do departamento de inteligência, que nos deu grandes ferramentas, informações precisas e rápidas. Já vínhamos observando os jogos do Flamengo, contando com Berrío, que eu conhecia do Nacional, com Cuéllar, que é colombiano. É um trabalho que o clube vem desenvolvendo há muitos anos para se fortalecer para metas grandes – definiu Rueda.
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Os jogadores falaram sobre as mudanças com o novo técnico.
Rodinei
– Rueda já disse para eu ficar mais (atrás) nesses jogos, porque a gente sabe que o Berrío ataca muito. Pode ver que mudou a minha característica que é de muito ataque, eu estou mais marcando, segurando um pouco. E como eu disse, estamos há três partidas sem sofrer gol. Agora é continuar trabalhando firme para buscar esse título ai da Copa do Brasil.
Guerrero
– São técnicos diferentes com certeza (Zé e Rueda). Os dois têm grande qualidade, respeito muito eles. O professor tem outra maneira de pensar, armar o time. Então, agora estamos se adaptando ao que o professor está pedindo para nós. Acho que o time está sendo mais paciente, levando com mais calma, mais tranquilidade.
Cuéllar
– Desde que o Rueda chegou ele falou que a gente tinha que saber o momento que a gente tava, eu acho que não era o melhor, a gente foi consciente disso e tentou melhorar na parte defensiva. Porque a gente estava sofrendo muitos gols. Eu acho que esse é o caminho certo, daqui para frente, muita ordem na parte de trás, sabemos que na frente a qualquer momento, Guerrero, Everton, Diego como foi hoje, o Berrío, vão decidir, então a gente tem que estar fechado e não sofrer o gol.
Juan
– Agora tem menos espaço para cobrir, né. Talvez a gente não suba com tantos jogadores para o ataque, a gente não chega com número grande como antes, não envolve o adversário como antes. Mas estamos mais consistentes e preservados lá atrás. Até porque do meio para frente temos jogadores capazes de decidir em um momento.
Acabou o caô, o Rueda chegou ♫
Ele prende os laterais e joga compactado na defesa e bem espaçado no ataque, abrindo a espaços no ataque, e com a perda da bola, os laterais e volantes estão já armados, porque não sobem mais. Assim a defesa fica mais consistente e o quarteto de ataque fica mais livre.
Trauco vai ser usado de meia de vez em quando.
Isso era tão óbvio, o estagiário além de não enxergar ainda dizia que o caramujo dava equilíbrio ao time kkkkk!
Espero que este seja o último ano desse cara com a camisa do Flamengo, Rueda parece que já percebeu a inutilidade do ex-insubstituível.
É absurda a diferença do time sem esse cara. Só o Zé via algo de bom nele.
Esse tal de Zé nunca foi treinador…. ano passado fomos terceiro, devido a Diego, Guerrero e Mancuello que decidiu vários jogos..
Perfeito.. sem o intocável, sem o Pará e o VAz, o time melhorou bastante… É uma pena estarmos tão longe do Corintians, porque com a defesa bem e com ER no lugar do Berrio nosso time fica ainda melhor
As mudanças são interessantes e vem dando resultado (imediato, para variar). Mas faço uma ressalva: só não reclamem do fato do time não dominar o adversário e propor jogo como antes. Em muitos momentos, ficaremos acuado na defensiva e teremos dificuldade para sair, em vista da nova filosofia de jogo… &;-D
Ter dificuldade para sair tambem acontecia antes com a cabeça de area ocupada por jogaroes em má fase ou limitados. Propor o jogo do Zé Ricardo era cruzar 300 bolas na area. O time chegava até a intermediaria adversaria e não avançava daquele ponto, e acabava sempre cruzando as bolas na areas, quando não perdia a bola em troca de passes bisonhas e dava o contra-ataque mortal ao adversario. A nova forma de jogada é mais compacta atras quando se defende e espaça mais rapidamente quando toma a bola, ou seja, é mais equilibrada.
Exato. Mas me “incomoda” o fato de dispor de jogadores espaçados no ataque facilitar a marcação de times pequenos, os quais mais se preocupam em se defender a que atacar. Eles em geral fecham o meio-campo e neste cenário, poderemos ver 2 ou 3 jogadores adversários marcando os nossos. Para a nossa alegria (ops), os jogadores de frente são qualificados e as jogadas individuais irão aparecer mais!
Em tempo: é apenas uma teoria. Só saberemos mesmo na prática, conforme os jogos forem acontecendo… &;-D
Prefiro, ao menos em um primeiro momento. De início de trabalho, até no Mineirão contra o Cruzeiro. Contra o Santos com o próprio ZR dominamos o jogo até o Rodinei gurizar e ser expulso.
Antes era uma possa ineficiente, inadequada, ineficaz. Até certo ponto, cômoda para o adversário: “beleza, fica com a bola ao, 80% do tempo se quiser, sem problemas. Vamos dar liberdade pro craque ali da camisa 8, e esperar a bola viajando das laterais pra cabeça dos zagueiros”.
E assim ficava. Martelando. 40 bolas na área por jogo. Repito: 40 FUCKING BOLAS ALÇADAS NA MIERDA DA ÁREA!
Amigo o Zé recuava o time de mais (sem comparações é só para ilustrar). Eu não vi o Fla acuado com Rueda. EQUILÍBRIO, é saber atacar e defender (compactar o time). Isso com o tempo virá naturalmente. Eu vejo um outro time: jogando futebol e não só chuveirinho, por exemplo. Claro, que o tempo dirá, pois é cedo para se criar uma enorme expectativa, mas já dá para perceber uma melhor organização em campo.