Nesse instante digito aquelas que devem ser minhas últimas palavras direcionadas a Zé Ricardo; escrever este texto, agora, não está sendo tão “prazeroso” ou “revigorante”, como imaginava quando aderi ao movimento “Fora Zé Ricardo!”.
Antes de começar a decifrar o que realmente aconteceu, queria especificar que eu ainda vejo que o trabalho do Zé Ricardo, em sua totalidade, como bom, há um tempo não víamos um tão consistente; não quero forçar a barra, qualquer imbecil é capaz de ver que os últimos três meses (no mínimo) foram desastrosos e sim, justificaram a demissão de um treinador que em mais de um ano a frente do time fez um grande trabalho, mas que chegou ao fim, o famoso “já deu”…
Por esse reconhecimento que devemos sim ter pelo trabalho dele, resolvi começar escrevendo dessa forma, iniciar agradecendo pelo ano de 2016 que há muito tempo não víamos do Flamengo e que não veremos em 2017 também por culpa de Zé Ricardo; apenas não entendo como o ele conseguiu transformar o time que inicio do ano jogava de forma avassaladora naquilo que enfrentou o Vitória na manhã de 6 de Agosto.
Antes da partida começar, pude ver uma formação que me agradou muito, talvez eu não entrasse com Arão de único volante, “melhor ter colocado o Rômulo” pensei, também não optaria por Geuvânio, visto que a fase de Orlando Berrío beira o inquestionável; porém não acredito que a derrota tenha sido causada por essas duas opções “aceitáveis”… Muitos jogadores (Trauco, por exemplo) não rendem o que já os vimos jogar ainda esse ano, e isso também é culpa do Zé.
Durante a partida de ontem, me peguei observando as atuações de quase todos em campo e era tudo muito parecido; quando a jogada se construía de forma individual, fluía, mesmo que pouco; todavia quando o amontoado de jogadores que me recuso a chamar de time tentava trocar três ou quatro passes objetivos, a bola já estava na posse do clube baiano; parecia pelada de quarta à noite aqui do meu condomínio: bons jogadores, mas que no “impar ou par” formaram o time e foram a campo enfrentar o adversário, decidiram na hora. Em alguns momentos era surreal afirmar que aqueles de vermelho e preto treinavam juntos todos os dias.
Tudo isso apenas levou Zé Ricardo ao um caminho que há tempos parecia inevitável; há quase dois meses, após o Fla-Flu do primeiro turno, dissertei sobre o momento do Flamengo, num texto que me ajudou a dar título ao que escrevo agora, de lá pra cá, pouca coisa mudou; eu não imaginava ser tão preciso no texto: “na maioria dos casos de zugzwang, o jogador se encontra contemplando um xeque-mate quase inevitável.”… Mas fui.
Os movimentos de Zé Ricardo foram se esgotando rodada após rodada e o xeque-mate chegou para aquele que até fez boas jogadas; mas agora Zé, não posso encerrar o texto da mesma forma do outro, não é mais a sua vez, você não pode mais fazer sua melhor jogada, nessa parte você falhou e o rei finalmente está caído sobre o tabuleiro.
Nick Marques
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Bom texto.
Nick, você podia fazer uma coluna falando de qual técnico vc quer ver no Flamengo. Dos desempregados eu gostaria do Rueda.
Lisca Doido
brincadeira, desempregado nenhum me agrada
Parabéns pelo texto.
Saudações Rubro Negras.
Paulo autuori
Esse seria o nome pra mim. Mas parece que ele voltou a ser diretor no Atl.
Jorginho
PETKOVIC
Só se for pra jogar.
Fernando Diniz
Fechou com o Bahia
Sério? Fonte....
Pelo que tenho lido, vamos de Roger mesmo. Falta ambição.
Gallardo, Rueda, zico, opção tem.
Ate porque o ano esta perdido mesmo, entao e um trabalho de estruturação pro ano que vem.
Perdido filho? Não esqueça que ainda brigamos na CB, SULA e 1a LIGA...
Perdido porque os dois titulos mais importantes nos ja perdemos.
Copa do Brasil é um bom titulo, realmente, mas não é o que esperávamos para o ano.
Sulamericana eu ate acho mais importante que copa do Brasil, mas so estamos nessa porque fomos incompententes.
Primeira liga vale menos que carioca.
O Rodrigo Caetano não descartou técnico estrangeiro, e já vi gente dizendo que o nome do Rueda ganhou muita força internamente.
Se ele não quiser vir agora, podiam tentar algo diferente. Já vi alguém falar sobre isso, trazer um emissário do Reinaldo Rueda, e ele acompanhar o trabalho da comissão técnica permanente, ao mesmo tempo que prepara o elenco para a chegada do treinador.
Nós não perderíamos tempo, não teria risco de trazerem algum técnico inapto, e acho que teríamos uma boa vontade enorme da torcida.
Podiam tentar.
Agora se ele não quiser mesmo, deixem o Jayme até o final - eu sei que é um suplício - e façam proposta pelo Marcelo Gallardo. Acho que são os dois melhores técnicos atuando na América do Sul. Vai valer a pena.
Não sei se o cenário mudou de algumas semanas para hoje, mas a informação que tive de um conhecido próximo de dentro do Atlético-MG, foi que quando tentaram o Rueda após a queda do Roger, ele disse que só vai trabalhar em 2018 e de preferência após a Copa do Mundo.
Hoje saiu uma noticia dizendo que ele está se preparando, pois vai assumir a seleção colombiana no lugar do Pékerman após a Copa do Mundo e que é o grande sonho dele.
Achei curioso, pois as informações bateram.
Dos que estão a disposição, o Rueda é disparado o melhor, mas não estou confiante na possível chega dele.
Existe muitas especulações sobre o Rueda. Uns dizem que ele está com a saúde ruim (fazendo intercâmbio como?) e outros não sabem se ele irá assumir a seleção colombiana ou treinar um clube europeu.
Dentre as opções possíveis para o próximo ano poderiam tentar Marcello Gallardo (sairá do River no final do ano) ou Bauza.
Bauza eu acho fraco demais, e retranqueiro. Agora, Gallardo seria excelente. Proposta de jogo ousada e que combina com as nossas tradições.