“Um dos maiores mistérios da história do futebol“. Assim o jornalista Pedro Bial anunciou a presença de Adriano em seu programa de entrevistas na TV Globo. E logo no início do papo, o Imperador revelou que sua carreira ainda não terminou e que planeja um treinamento especial a partir de janeiro para retornar aos gramados em 2018. “Não quero compromisso com clube nenhum agora. Quero mostrar para mim mesmo que posso chegar ao meu limite”, apontou o atacante que fez história com a camisa do Flamengo, Inter de Milão e seleção brasileira.
Durante a conversa, pode-se notar que nem todas as lacunas estão preenchidas. A grave depressão sofrida após a morte do seu pai derrubou o jogador que tinha potencial para ser o melhor do mundo. Mas, mesmo após receber ajuda médica da Inter, Adriano admite um “mar de erros”, como ele próprio define, lembrando de episódios que prejudicaram sua readaptação física, como quando negligenciou a fisioterapia após romper o tendão de Aquiles logo em seu primeiro treino pelo Corinthians, em 2011.
Adriano parece feliz. Emocionou-se quando viu na tela seu irmão Thiago, de 18 anos, e seu filho Adrianinho, de 11, que também buscam na bola um caminho para a vida. E não segurou as lágrimas quando Bial resgatou um depoimento antigo de seu pai, de quem tirou a maior lição de sua jornada: “Humildade, sinceridade e respeito ao próximo”.
É difícil avaliar a intenção de Adriano ao buscar uma nova chance no futebol. Até porque não se trataria de uma redenção, e sim a chance de um final digno, simbólico e que atenue a sensação de decepção dos torcedores que se encantaram com aquele moleque magrelo que tinha um poder de finalização extraordinário em sua perna esquerda. Mas é preciso relativizar a meta e não projetar uma expectativa fora da realidade.
“Eu ainda manco”, admite Adriano, que passou por duas cirurgias no tendão e está há dois anos longe dos gramados. Sua última atuação foi pelo Miami United FC, time que disputa a National Premier Soccer League, uma das ligas de menor relevância nos EUA. É praticamente impossível imaginar o jogador, que completará 36 anos em fevereiro, atuando em grande nível. Ainda mais tendo que passar por uma série de sacrifícios que o obriga a deixar de lado a rotina que tanto gosta de dividir com seus amigos da Vila Cruzeiro. “Chego lá descalço, sem camisa, jogo bola e como um churrasco com os meus amigos”. Teria também que diminuir consideravelmente o consumo de bebidas, algo que em muitas situações prejudicou sua trajetória. “Bebo igual os meus amigos. Não existe isso de tomar só uma latinha de cerveja”, disse a Bial.
Se voltará ou não, tudo passa pela ambição de Adriano. Independente da decisão, não há motivos para exigir dele algo que se tornou muito menor depois de tantos episódios só superados com o apoio irrestrito dos familiares. “Quando coloco a cabeça no travesseiro, eu penso que poderia ter feito muito mais na vida”, revelou ao fim da conversa. Talvez Adriano esteja finalmente em paz e não precisa mais da bola para sorrir.
Reprodução: Blog 2 Pontos
Q texto legal! Adriano sou seu fã! Imperador da nação! Obrigado por 2009! Acho que a torcida tinha que se mobilizar para termos peloenos um jogo de despedida no Maracanã, para o Adriano e para o Ronaldo Angelim, nosso magro de aço. Aliás, recomendo que assistam no canal do Zico no YouTube, as entrevistas com Fábio”capita” Luciano e Angelim, uma resenha absurda. SRN
O Adriano mancando faz mais gols que o Guerrero…
Qual Adriano? O de 2009 ou esse de uns 5 anos para cá? &;-D
Se o Flamengo ganhasse jogos fáceis onde empatou e perdeu e mais clássicos poderia ser o líder do campeonato, mas tem jogadores do time titular que se acham craque e não fazem gols e assistências… Andam em campo. E os laterais e volantes não ajudam no ataque muito.
O Adriano mancando faz mais gols que o Guerrero.
E ainda tem maluco querendo ele no Flamengo
Gosto muito do Adriano, fui fã do futebol dele, mas convenhamos, acabou.
Adriano não precisa de voltar a jogar bola, mas se quiser, com certeza tem vaga nesse time do Flamengo. Ah mais tá velho…36 anos…Idade é um requisito que pesa, com certeza, mas pra quem tem intimidade com a bola, alguns anos a mais não atrapalha tanto assim, Adriano em forma física razoável (isso seria o mais complicado) e com um pouquinho de foco no futebol, com certeza, seria titular não só no Flamengo mas em qualquer time do Brasil . Não acho que ele volta, Adriano gosta da vida que leva, estar com os amigos, no bairro onde se sente feliz, vivendo uma vida simples, porém, intensa e alegre, tá bem ali, não precisa provar nada pra ninguém, a não ser que ele mesmo queira isso, se quiser, o lugar dele sempre será o Flamengo.