A primeira vez a gente nunca esquece. O ditado poderia se encaixar bem na frase que um dos meninos disse ontem, no calor do jogo entre Flamengo x Santos, na Ilha do Urubu: “Não estou acreditando que estamos aqui”. Mas também representa o que eu estava sentindo na primeira vez que levamos meninos e meninas de projetos sociais para verem de perto um jogo do Flamengo. Estava naquele momento unindo minhas duas paixões. A oportunidade apareceu pela primeira vez logo em um Flamengo x Fluminense, no Maracanã. Quando a Renata Magalhães, do marketing, me ligou, não sabia muito se daria certo, mas confirmei que a gente tinha como distribuir os 500 ingressos que o clube estava disponibilizando para ações sociais. E foi incrível. Fui atrás de quem conhecia e sabia que o trabalho era 100% confiável. O retorno foi o melhor possível. As fotos e depoimentos invadiram o meu telefone, eram crianças felizes, emocionadas com a primeira vez no estádio. Uma oportunidade única. Golaço.
O tempo passou e tivemos mais um jogo em casa, dessa vez na Ilha do Urubu. Dessa vez os 500 ingressos eram todos nossos (dividimos com o Fluminense na primeira vez) e teria algum tempinho para organizar melhor. Sucesso. O projeto começou a ganhar uma cara e criamos até um nome para ele:
Festa na Favela!
Flamengo doa ingressos e leva crianças de favelas do Rio para jogo na Ilha (clique aqui e veja a notícia)
Depois aconteceu de novo, e mais uma vez. Complexo do Alemão, Morro do Salgueiro, Santa Marta, Casa Branca, Favela da Coréia, Morro do Barbante e muitas outras comunidades já foram atendidas. No total, já levamos mais de mil crianças, dando a oportunidade para muitas delas de verem o Flamengo ao vivo pela primeira vez. E isso não tem preço. Pelo menos para mim. Todo jogo agora temos uma alegria extra, o melhor momento passou a ser o durante e o depois, quando recebo as fotos enviadas pelos responsáveis que levam os meninos ao estádio. Confesso que algumas imagens e os depoimentos de certa forma chegam a amenizar a tristeza após resultados ruins. Esse vídeo também:
O Projeto Festa na Favela tem muito para crescer. Precisa ainda chegar em muitas crianças que nunca tiveram a oportunidade de estarem no estádio, torcendo pelo Flamengo. Acertamos muito nessas primeiras experiências, mas também erramos. E esse aprendizado será muito bem usado para estruturarmos algo maior.
A receptividade da torcida foi a melhor possível! A galera da Raça Rubro Negra entrou em contato e disse que queriam os meninos perto da bateria, cantando ao lado deles. O retorno da diretoria foi ótimo também, todos muito satisfeitos com o que estamos conseguindo proporcionar para a Nação Rubro Negra. Os meninos e meninas não preciso nem falar, eles amaram!
Agora é trabalhar para dar continuidade, fazer esse projeto crescer e virar algo maior, mais bem estruturado. Esse é o caminho. Agradeço à minha parceira nessa luta, Renata Magalhães, que trabalha na área de eventos dentro do marketing do Flamengo. Nada disso seria possível sem ela; ao Daniel Orlean, nosso VP de Marketing e grande incentivador para o projeto; o amigo Márcio MacCulloch, diretor de Comunicação, que encontra espaço numa agenda super cheia para trocar muito com a gente sobre o projeto; e o mago das redes sociais Ricardo Taves, o estagiário do @flamengo, que sempre compra nossas ideias e ajuda em muito na divulgação delas. Valeu galera, vamos seguir. Nada do Flamengo, tudo pelo Flamengo. SRN
Reprodução: Camilo Coelho | Medium.com
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Aproveitem porque essa iniciativa apesar de ser excelente acaba no dia que o Flamengo voltar a fazer boas campanhas e cada lugar daquele estádio voltar a ser vendido por 160 Reais.