Clube com mais jogos na temporada no Brasil, o Flamengo sofreu com lesões em momentos cruciais em 2017. Foram 84 partidas oficiais, além de um amistoso com o Vila Nova na pré-temporada. Ao todo, 42 baixas por lesões, com uma média de um desfalque a cada duas partidas, o que prejudicou bastante os objetivos da equipe no ano.
O então técnico Zé Ricardo perdeu o meia Diego, principal peça do time, nas três últimas partidas da Taça Libertadores da América, que acabou com o Flamengo eliminado ainda na fase de grupos. O camisa 35 sofreu uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito e teve que passar por cirurgia, desfalcando o time por quase dois meses. Diego foi baixa por lesão em outros dois momentos em 2017.
Veja a arte com a distribuição das lesões por parte do corpo no Rubro-Negro:
Já Reinaldo Rueda perdeu suas noites de sono principalmente por conta dos goleiros. Primeiro, não conseguiu contar com Thiago no segundo jogo da final da Copa do Brasil, em setembro, contra o Cruzeiro – o atleta sofreu uma fratura no punho esquerdo e só voltou como reserva nos últimos jogos da temporada. Depois, perdeu Diego Alves na primeira partida da semifinal da Sul-Americana, na qual fraturou a clavícula do ombro direito. O treinador colombiano, que tinha Alex Muralha em baixa, teve apostar em César, que de quarta opção virou o titular no gol do Flamengo. Além dos dois, Rueda perdeu o atacante Berrío, que sofreu uma ruptura do tendão patelar do joelho esquerdo e só deve retornar às atividades em junho de 2018.
Marcio Tannure, chefe do departamento médico, considera que, pelo número de jogos na temporada, o Flamengo teve poucas baixas por lesão. Ele destaca a diferença de partidas do clube de 2017 para 2016.
– Este ano foi muito difícil, por conta do enorme número de jogos. Fizemos 84, contando o amistoso, em janeiro, e mesmo assim, na avaliação do CEP Fla (Centro de Excelência em Performance), tivemos um número baixo de lesões se compararmos com outros clubes que jogaram bem menos que a gente. Se levar em conta que fomos o clube brasileiro que mais jogou, proporcionalmente poucos atletas ficaram de fora por questões musculares. Saíram muito mais por precaução nossa, a fim de evitar que as dores evoluíssem para lesões. Ano passado jogamos 68 vezes. A diferença é gritante. Isso só valoriza os trabalhos preventivos feitos por nós, que nestes momentos fazem a diferença, como o treino específico que é feito com o Juan, que terminou a temporada em alto nível.
Critérios e Metodologia
As informações levantadas para esta pesquisa foram retiradas nos sites oficiais de cada um dos 20 times que disputaram a Série A em 2017, além do divulgado pelas assessorias no dia a dia dos clubes.
O recorte temporal deste levantamento foi de 01 de janeiro de 2017 até a data da publicação desta matéria: 20 de dezembro de 2017. Todas as lesões sofridas pelos jogadores fora deste universo temporal não entraram na pesquisa.
O critério para inclusão de um atleta no levantamento foi o veto pelo Departamento Médico de pelo menos uma partida por motivo clínico. Todos os problemas médicos que impediram a escalação do jogador na equipe para a partida seguinte foram computadas na pesquisa.
*colaborou Amanda Kestelman
Fonte: Roberto Maleson / Globo Esporte
É um ano para esquecer. Muita Zica e olho gordo.
Jogadores de 30 anos pra cima precisam urgentemente de um planejamento melhor pra que tenham um desempenho satisfatório.
Trabalho físico diferenciado, jogos diminuído, cuidado específico.