Ao desembarcar no Rio de Janeiro, Reinaldo Rueda disse que foram irresponsáveis e precipitados os que divulgaram a negociação em curso com a federação do Chile. Para horas depois confirmar a saída do Flamengo para comandar a seleção campeã das últimas Copas América.
Se esperou demais pela resposta do treinador colombiano, ao menos o clube agiu rápido e anunciou seu substituto: Paulo César Carpegiani.
68 anos, vindo de um trabalho até interessante no Bahia, embora tenha assumido a equipe na 14º e entregado na 12ª no Brasileiro. Mas nem esta passagem, nem a também curta pelo Coritiba em 2016/17, ambas com a missão de livrar as equipes do rebaixamento, são parâmetros para a sua nova empreitada.
Os motivos são óbvios: visibilidade tão grande quanto as cobranças e maior capacidade de investimento. Mas principalmente a obrigação de jogar como protagonista, no campo de ataque e com posse de bola. Por mais que Coxa e o tricolor baiano tivessem uma proposta ofensiva em muitos momentos, não é o mesmo que carregar a responsabilidade de se impor.
A passagem vitoriosa em 1981/1982 serve ainda menos como referência. Estreante na nova função com apenas 32 anos, comandando aqueles que tinham sido seus companheiros de treinos, jogos e concentrações poucos meses antes. Sucedendo Dino Sani para resgatar os conceitos e a maneira de jogar consagrada por Cláudio Coutinho. A única mudança significativa foi a escalação de Lico montando uma equipe móvel e de toque curto liderada por Zico e com conceitos avançados para a época: sem pontas de ofício, com os laterais Leandro e Júnior liberados para apoiar ao mesmo tempo e um centroavante, Nunes, que não ficava fixo na área e abria espaços para os companheiros que chegavam de trás.
Time que em maio de 1982 ”unificou” os títulos, algo só alcançado pelo Santos de Pelé vinte anos antes. Era o último campeão estadual, brasileiro, sul-americano e mundial. Todas as conquistas com Carpegiani. Mas era outro esporte se comparado com o atual. Mais lento, menos intenso e dinâmico.
A segunda passagem, em 2000, foi polêmica pela demissão inexplicável de Carlinhos, campeão estadual e da Copa Mercosul no ano anterior e querido por todos na Gávea. Os jogadores não derrubaram Carpegiani, mas sentiam falta do antigo comandante e, mesmo com o investimento da ISL, um 5 a 1 aplicado pelo Vasco na rodada final da Taça Guanabara com show de Romário num domingo de Páscoa resultou em demissão e fez voltar Carlinhos, que seria bicampeão carioca.
Alguns bons trabalhos, como no Cerro Porteño que o credenciou a comandar a seleção paraguaia na Copa de 1998. Mas também a fama de ”Professor Pardal” por improvisações mal sucedidas. Participou da campanha do rebaixamento do Corinthians em 2007. Último título em 2009, o estadual pelo Vitória. Com as transformações recentes no esporte, ainda que no Brasil elas aconteçam de forma bem mais vagarosa, não há como vislumbrar a linha de trabalho do velho/novo treinador rubro-negro.
Carpegiani aprecia jogadores versáteis e exige mobilidade e agilidade na frente. Mas seus times costumam render aproveitando o espaço cedido pelo adversário e não criando brechas para infiltração. Assim foi na execução do 4-1-4-1/4-2-3-1 no Bahia. Ou seja, o mesmo problema dos tempos de Zé Ricardo que Rueda não conseguiu encontrar uma solução.
Sua vantagem em relação à maioria de seus contemporâneos é ser mais antenado com a dinâmica do futebol atual. No Flamengo, o risco de ser tratado com desdém pela lógica boleira de ”ganhou o quê?” é menor por ter sido o comandante nas conquistas mais importantes do clube. Foi companheiro no meio-campo e depois treinador de Zico. Certamente terá a aprovação e críticas mais brandas dos ídolos daquela geração, sempre chamados a opinar sobre os rumos do futebol.
Ainda assim, hoje é uma aposta maior do que era há quase 37 anos. Naquele período, sua missão era dar continuidade ao que funcionava. Agora é transformar o jogo burocrático, sem ideias, em algo criativo e moderno. O Flamengo precisava de ruptura, uma guinada de 180 graus na visão de futebol. Na urgência resolveu olhar para o passado, o mais glorioso de sua história.
Uma incógnita do tamanho da missão de Carpegiani.
Fonte: André Rocha/Uol
André….o grande problema do Flamengo está aí….nas suas últimas linhas.. SEMPRE APOSTAR,SE APEGAR AO PASSADO..Por essas e outras q Adriano,Vagner Love,Júlio César e outros ainda são fantasmas q assombram a Gávea…Torcida e diretoria tem q DESAPEGAR do passado…deixar de lado essa história de ” FOI um dos grandes técnicos,laterais e por aí vai…Tomara Deus q eu esteja enganado e q como sempre acontece no Flamengo o ERRADO de CERTO..Pra mim não termina nem o primeiro semestre…
Quanto mais os rubro-negros se apegam ao passado, mais tempo ficaremos pra trás (como já estamos, pois o Fla só é referência dentro do Rio, e fora dele perdeu crédito com o tempo).
Exatamente Vinícius…pra mim a contratação do Carpeggiani com todo respeito a sua história no Flamengo é um retrocesso….queria muito uma quebra de paradigmas como foi quando contratou o hj mau caráter Reinaldo Rueda…Tinha q tentar um nome forte diferente como Ariel holan,Marcelo bielsa ou até mesmo Felipão para quem sabe dar uma quebrada nesse processo sanfona…sempre os mesmos nomes..
Compreendo. Mesmo não sendo quem eu queria, irei apoiá-lo da mesma forma que foi com ZR e Rueda.
Torcida medíocre…
Em vez de abraçar…só critica, ou melhor tudo critica….ha é velho…ha é muito novo….ha é estrangeiro, há faz panelinha….haaa vai se ferra torcida hipócrita!
E quem falou que não vai apoiar o técnico? O cara tem sua história marcada no clube.
Contudo escolhe-lho por esse passado tende a ser um erro, porque ocorreu há muito tempo, mais de 30 anos.
Enfim… resta torcer… mas que a probabilidade dele continuar a não ganhar nada é maior daquela de ganhar um título, quanto mais a libertadores.
Se vier o Guardiola ou o Mourinho pode ter certeza que vão inventar mil maneiras de criticar e reclamar. Acho que nem se Jesus Cristo voltar e resolver ser técnico vai ser poupado. Tbem não é meu preferido mas o que vou fazer além de torcer? Nada. Não sou eu nem torcedor nenhum quem contrata.
Não era o cara que eu queria. Porém, como torcedor irei apoiá-lo. Seja jogando pra frente ou retrancado, quero um título decente!!
“Não era o cara que eu queria. Porém, como torcedor irei apoiá-lo. Seja jogando retrancado ou pra frente, quero um título decente!!”
* me permita a troca da sequência de palavras, pois agora vai, rimando frente e decente teremos os títulos.
SRN
Sem problemas.
SRN.
Nós últimos 20 anos o cara só levou um campeonato baiano. Anotem aí, mais um ano de merda. Sem reforços e com um técnico ruim. Me arrependo muito de ter pedido a cabeça de Zé Ricardo.
Ze não dava mais. Lembre-se que pelo menos o rueda tirou Vaz…marcio Araújo e Gabriel, dando oportunidade para Juan, cuellar e Paquetá
Vdd pediram a cabeça do Zé agora temos o pior de todos
Ano cheio de apostas de merda, apostas nos jogadores que foram mal ano passado e agora em um técnico que foi mal nos últimos 20 anos. Enquanto isso a barca permanece no Fla exceto por Márcio Araújo.
Engraçado que pra IMPRENSA7x1 o Roger Machado não é APOSTA no Palmeiras, mas se estivesse no Flamengo seria…
O mesmo Roger que foi dispensado de um time que viria a ser campeão sul-americano.
O grande problema, a meu ver, é que não temos bons treinadores no Brasil. à exceção de Tite.
Todos os demais são “mais do mesmo”.
Para separarmos o jio do trigo deveríamos, primeiro, ter um calendário decente, para dar oportunidade de os treinadores treinarem as equipes. Daí veríamos quem é bom.
SRN
Será mesmo? Carille no seu primeiro ano como profissional foi campeão brasileiro, no restante do continente técnicos com estrutura fraca e baixo orçamentos jogam de igual pra igual com os maiores orçamentos, muitas vezes eliminando nós brasileiros.
Carile teve tempo, foi eliminado de tudo e seguiu apenas no BR.
Disputou 4 competição, venceu duas, baita eliminado de tudo né?
Não questionei isso, quis dizer que teve mais tempo pra treinar que outros
E as duas conquistas não foram concomitantes
Vdd pegou mto time reserva ,misto e quase nunca poupou
Aposto que se o Flamengo jogasse como o Corinthians o campeonato Brasileiro, você séria um dos primeiros a aparecer aqui para questionar o Futebol do Flamengo, porque só jogando retrancado.
Outro dia perguntaram ao Joel Santana o que ele achava do chamado futebol moderno. Ele usou o Corinthians como exemplo para justamente mostrar que aquilo no tempo dele era tido como treinador retranqueiro.
Bom, comento aqui a pelo menos dois anos, procura aí eu cobrando futebol bonito, eu quero é empilhar títulos amigo, fod* se como e por quem.
Acho que o Carille pode ser um bom nome. Inclusive, em outro post, o chamei de “Tite genérico”, por ter sido por alguns anos seu auxiliar.
Mas mesmo ele tem que se provar em outro clube com outra cultura.
SRN
Analisando o seu trabalho, me parece ser superior a maioria dos treinadores do Brasil, e tem na veia o gosto pela vitória, venceu num cenário caótico, tirando o máximo de cada atleta visto como porcaria, não consigo diminuir seus méritos por estar “em casa”, teria mais dificuldade se acabasse de chegar em um novo clube? Sem dúvidas! Mas o que é importante pra um treinador de ponta ele mostrou que tem, que é os conceitos de jogos atualizados.
O Dinossauro vem aí, e tome rachão, estrangeiros isolados, empresários felizes.
Esse daí já passou de “panelinha”, tá mais pra tacho. Vamos torcer que surja algo bom no trabalho dele, apesar que, a data limite dele será o carioca…
Pelo menos ele já começou dando aval para negociarem o M.Araújo, já é um bom sinal de que ele tbm não conta com jogador que só faz uma função, e tbm parece ter sinalizado que não vai contar com o Vaz, outro bom sinal.
Mas acho que o jogo mudou e acelerou muito na última década, alguns treinadores não se adaptaram e é sempre mais complicado para os veteranos se adaptarem às mudanças do jogo. Tomara que a comissão técnica que o Carpegiani vai montar tenha bastante conhecimento e esteja o mais atualizada possível, principalmente na parte de movimentação sem bola, um defeito gravíssimo da maioria dos jogadores desse elenco que foi montado.
Mas tbm estou bolado com a chegada do Carpegiani.
Vi a entrevista dele, e fiquei com a leve impressão de que ele terá mais foco em ser um escudo, cobrar jogadores, falar firme do que o treino em si, tá vindo um auxiliar, espero que haja uma interação, porque os métodos de trabalho do Carpegiane são bem retrógrados.
Na minha opinião, eu preferia o Abel, mas o próprio não sai do Flu, então a melhor opção q tinha no mercado era o Cuca. Não vejo o Carpegiani como um bom treinador, não vi nenhum grande trabalho dele ultimamente. Teve um bom momento no Bahia, mas foi no segundo semestre, fora isso, o q mais ele fez nesses últimos anos ?! De qualquer forma, vou torcer para q dê certo e q o Carpegiani torne-se um treinador de grandes conquistas na atualidade, como na década de 80 e início da década de 90 com o Cerro Porteno. Afinal, o próprio conhece bem o clube. Agora, tomara q em 2019 o Flamengo tenha um Presidente q entenda de finanças o tanto qto entende de futebol e q principalmente consiga tomar decisões mais rapidamente. Se não puder as duas coisas, q pelo menos tenha humildade de colocar quem entenda a frente do futebol do clube. Pq ultimamente, tudo na diretoria do Flamengo tem acontecido por amizade, inclusive a vinda do Carpegiani. SRN
quem é André Rocha
Vamos ser sinceros. Se ele fizer o time jogar no 4.4.2 terá muito sucesso.
Acredito que esse time do Flamengo com pontas burros, jogando no 4.3.3 nem Tite consegue fazer funcionar.
Um cara com 50 anos de futebol nas costas é uma aposta, e o Roger Machado é o que?