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Flamengo: “#BuzzFla – 10 fatos sobre o FLA-FLU”

O Fla-Flu é um dos clássicos mais famosos do mundo. Isso, todo mundo sabe. Só que não foi apenas nos jogos e nos 90 minutos de cada uma das 405 páginas de história do confronto que a lenda virou mito. O Fla-Flu “começou 40 minutos antes do nada”, o Fla-Flu está no hino rubro-negro, o Fla-Flu criou a divisão das torcidas no Maracanã.

São muitas histórias. Vamos listar abaixo 10 motivos que transformam o Fla-Flu num gigantesco clássico mundial, acompanhado e respeitado por todas as torcidas. Não repare se a lista estiver pendendo levemente pro nosso lado…

01) O maior público da história

“Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo”. Naquele 15 de dezembro de 1963, essa lei não valeu. Dois corpos, três, quatro… mais precisamente 194 mil corpos ocuparam o espaço do Maracanã. Até os fantasmas que ali viviam desde 1950 estavam apertados. Era a final do Carioca e naquele dia foi estabelecido o recorde de maior público da história em uma partida entre clubes de futebol. O único lugar que não tinha torcedor era no campo, onde o Mengão segurou o empate em 0 a 0 com o Tricolor e saiu campeão estadual. Até o tricolor Nelson Rodrigues se rendeu e escreveu n’O Globo do dia seguinte “Nada é mais bonito do que a euforia da massa flamenga”.

02) Rei do Rio

Eles nasceram primeiro e dominaram o futebol carioca por anos. Mas quando o Manto Rubro-Negro começou a andar nos campos do Rio de Janeiro, a coisa foi mudando de figura. O primeiro título do Mengão foi em 1914, quando eles já tinham cinco na conta. Fomos indo, indo e, em 1925, chegamos ao quinto troféu. Eles acumulavam nove. Ano após ano, a diferença ia se mantendo, até subir para 27-21 em 1985. Daí para frente foi só alegria. Fomos ganhando na proporção dois para um e empatamos em 30 em 2008. No ano seguinte, os botafoguenses contaram com a torcida tricolor, mas não teve jeito. No ano do Hexa, passamos à frente. Dianteira tomada, hora de fazer gordura. Em 2017, contra eles mesmos, conquistamos o 34º, contra 31. A hegemonia é nossa.

03) Quem manda nessa estatística é o Urubu

O Flamengo tem vantagem de vitórias sobre todos seus rivais no Rio de Janeiro. Contra o Fluminense não é diferente. E contra eles a vantagem veio cedo. O primeiro jogo teve vitória tricolor. O segundo, o terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, em todos deu Mengão. Daí pra frente foi só manter a dianteira, até chegar às 147 vitórias de hoje, contra 126 derrotas e 132 empates.

04) O dia da pena. 

O clássico pela Taça Guanabara de 1982 prometia ser equilibrado. Só prometia. Com 30 minutos, já estava 3 a 0 e só o Flamengo jogava. Zico comandava o show. Vitor, Andrade e Marinho provocaram as quedas e o nocaute técnico. Foi quando um torcedor tricolor saiu da geral e foi para o campo. Mas ao invés de protestar ou arrumar confusão, chegou perto de Zico e pediu clemência. O Rei tratou o humano com fidalguia e saiu de perto. Coincidência ou não, o placar ficou naquilo mesmo. E precisava de mais?

05) “Lá vem eles de novo”.

Em 1945 só teve Fla-Flu num tempo. Nos primeiros quarenta e cinco minutos do clássico em São Januário, Pirilo abriu o marcador no primeiro tempo e, por incrível que pareça, foi só. Nos 45 minutos finais, o Flamengo não teve pena. Pirilo ampliou, Adilson fez o terceiro, Tião marcou o quarto e o quinto e Pirilo conferiu mais dois. Flamengo pintou o sete naquele dia.

06) O goleiro falava “Ai, Jesus” quando eles chegavam 

Cuidado ao falar esses nomes perto de um tricolor. Eles têm medo. Os artilheiros do clássico na história não são poucos e não fizeram poucos gols, também. Zico, claro, lidera, com 19 gols. Pirilo vem logo atrás, com 18, lembrando que guardou quatro naquele 7×0. Riemer fez o gol do primeiro título (2×1 sobre… o FLUMINENSE) e depois fez mais 12 e se igualou a Leônidas da Silva, um dos maiores atacantes que o mundo já teve o prazer de ver jogar futebol. Perácio vem logo atrás com 12 e Dida, o ídolo de Zico, finaliza a lista inicial com 11. No atual elenco, Willian Arão e Guerrero já marcaram, cada um, quatro gols no Flu. Everton fez três e Diego, dois. Tá boa a lista?

07) A Despedida do Rei.

Futebol tem dessas coisas. Zico brilhou no mundo inteiro. Contra o Fluminense, seu palco preferido sempre foi o Maracanã. Mas seu epílogo com o Manto Sagrado, de forma oficial, foi longe de casa. O Estádio Municipal de Juiz de Fora recebeu o maior craque rubro-negro para seu último duelo contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro de 1989. Cerca de 13 mil pessoas pagaram o ingresso naquele sábado, 02 de dezembro. E não se arrependeram. Aos 22 minutos, Zico fez seu último gol. Uma cobrança de falta magistral, no ângulo esquerdo do goleiro Ricardo Pinto, que pulou apenas para aparecer na foto. O Flamengo ainda faria mais quatro naquela tarde, mas o primeiro gol foi o mais importante, o mais lembrado, o mais comentado. Porque foi exatamente o último.

08) A Bastilha Inexpugnável

A maior invencibilidade do Flamengo sobre o Fluminense é de 11 jogos, lá longe, de 1912 a 1916. Hoje estamos com nove na frente. É uma senhora vantagem nos últimos jogos. E não é só uma vantagem apenas. Nesse meio tempo teve um título estadual e as quartas-de-final da Copa Conmebol Sul-Americana. E o jogo deste sábado também vale a invencibilidade no Estadual, conquistada em 2017 e mantida até agora em 2018. Perder não vale nunca, mas sábado agora, menos ainda!

09) Quando até a bola quer ver o Flamengo vencer, não tem jeito.

Na final da Taça Guanabara de 2001, o tal do Sobrenatural de Almeida (mais uma criação do genial Nelson Rodrigues) perdeu mais uma batalha contra São Judas Tadeu e o Mengão comemorou. A partida terminou empatada em 1 a 1 e foi para os pênaltis. O Flamengo vencia a disputa por 3 a 2 quando Cássio foi para a cobrança. Ele contra Murilo. Cassio bateu à meia-altura, quase no meio do gol. Murilo defendeu e saiu comemorando. Mas a bola, naquele dia, queria entrar, e voltou quicando para dentro do gol. A comemoração mudou de lado e o Flamengo terminou campeão da Taça Guanabara. Não discuta com o poder do Manto.

10) E de onde veio o termo Fla-Flu?

Voltamos a 1925. Naquele ano, a Seleção Carioca  precisou ser convocada a toque de caixa para a disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Estava difícil chamar os jogadores, então chegou-se à decisão de reunir apenas atletas de Flamengo e Fluminense. Claro, teve reclamação. Mas como o time era muito bom, logo ganhou simpatia e os próprios torcedores começaram a se referir ao elenco como Combinado Fla-Flu. E deu certo, pois mistão foi campeão. Logo depois, o jornalista Mario Filho pegou o nome e o transformou na sigla do clássico, que acabou sendo conhecida mundo afora.

Reprodução: Flamengo Oficial