Rica Perrone: “A prova do fim”

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Ontem o Flamengo foi campeão da Taça Guabanara.

É um torneio charmoso, antigo, mexe com o carioca desde que me conheço por gente. Mas ontem acho que vi o fim dos estaduais ainda mais próximos.

Enquanto o Grêmio campeão da América é lanterna do Gaúchão e ri, em SP e Minas os times andam em campo e testam mil coisas esperando Libertadores porque sabem que estarão classificados até se jogarem de costas.

No Rio, onde o formato tenta salvar o torneio que já não funciona mais, o domingo foi melancólico.

Ninguém comemorou. Pouca gente se importou. Eu tive o “azar” de estar na rua na hora do jogo. Havia uma tv e ninguém dava a mínima. Nem o gol comemoraram. Era como se “cumprissem tabela”, afinal, mesmo campeão, invicto, a porra toda…. se ganhar com o River valeu mais que os 12 jogos do estadual.

Nem na final está garantido o campeão, porque além de ultrapassado o torneio é feito por um Federação de gente completamente maluca, incapaz de formatar um campeonato com critérios mais simples, embora faça uso das tradicionais finais de turno para torna-lo menos morto.

O time mais popular do Brasil foi campeão ontem, senhores. E ninguém fez nem barulho.

Porque?

Porque ao contrário das federações os clubes evoluem. E parte dessa evolução é se acostumar com alto nível.

A tv passa Real x PSG, as pessoas querem sentir algo de importância semelhante e não mais jogos políticos para agradar dirigente de 120 anos com charuto na boca.

Ontem os estaduais deram mais uma prova de que não tem fôlego pra mais do que um mês de competição, se é que ela ainda existirá em 10 anos

Reprodução: Rica Perrone

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