Afinal de contas, existe ou não existe projeto?

Olá, coleguinhas de Coluna do Flamengo. A bruxa está solta. Vamos sair da sombra, caso não tenham acompanhado rt’s etc.

Rodrigo Caetano não é mais diretor do Fla: Preocupante que um diretor que trouxe tantos bons jogadores seja escurraçado do clube. Talvez sua pior contratação fora o próprio Carpegiani. Mas parece que não o fez deliberadamente, fora uma decisão conjunta. É muito obscura essa cadeia de comando do Flamengo. Quais as atribuições de cada um? Nunca saberemos…

Os nomes contratados são os melhores em eras e teve anuência da torcida. Alguns menos, outros mais, mas não é bom ficar mexendo no assunto. Meu clube é o Flamengo e o ex diretor é passado. Simples assim! Aliás, já estou acostumado com opiniões diversas, e você? Sendo respeitoso nós conversaremos, caso não seja, não dá para reclamar que não respondo, ok?

Carpegiani precisa ser discutido embora também tenha ficado para trás. É IMPERATIVO que o clube tenha convicção no treinador que irá contratar. Entendo que tenha se perdido mesmo, mas não dá para contratar e mandar embora depois de dois meses. Ninguém tinha convicção. Nem o clube, nem o treinador. Então a falha fora da sua contratação em primeiro lugar. É amadorismo isso.

De fato a mudança de esquema demonstra isso. A mudança de jogadores mais. Parece que parou num bar e discutiu com alguns colegas de copo o que deveria ou não ser feito. Eram quatro meias, viraram dois. Um meia virou lateral, apareceu um ponta, houve a volta de um contestado volante, Juan sentou, Ribeiro sentou… Não dá! Mas alguém tem que ter falado isso com ele, ou ele não respondia a ninguém dentro do clube?

O treinador chegou no susto, com base no que fez em 81. O bom trabalho no Bahia era pouco e se mostrou deveras insuficiente. E agora? Quem virá? Brasileiro? Estrangeiro? O mais importante é fazer uma análise do que o clube tem tentado promover como proposta. Vamos observar os últimos treinadores.

Muricy veio para ser o escudo de um 433 com posse de bola, controle de jogo e agressão ao adversário, integração da base etc. Resultado. Aproveitou Vizeu. Só. Seu 433 era ineficiente no ataque e na defesa, embora não fosse o pior do Brasil. Não obteve sucesso e saiu por problemas médicos.

Chegou Zé Ricardo. Treinador jovem com boas ideias, mas inexperiente. Seu 433 era pungente. A defesa em 2016 foi uma das melhores do Brasil. Tinha bom controle do jogo, articulação mesmo com jogadores contestados. Parou de funcionar em 17. A queda na libertadores pesou para um treinador sem muita bagagem. Fosse um medalhão, talvez.

Os contestados cada vez mais contestados caíam de produção. Parece que o time parou de responder em campo. Ficou atordoado. Claro que há pormenores. Os times aprendem a jogar contra o esquema/proposta. O Flamengo até hoje não aprendeu a jogar contra retrancas. Zé Ricardo caiu com as suas convicções. Os contestados o derrubaram principalmente. O projeto que a diretoria parecia ter para ele foi por água abaixo quando ele mesmo o negou. Segundo consta o clube queria investir na sua formação e ele não quis. Pena. Foi para o rival.

Temos que analisar que os dois são incrivelmente diferentes. E na prática são ainda mais. Zé Ricardo conseguiu dar um padrão tático ao time, embora não podemos esquecer que este esquema já vinha sendo implantado desde 2014. A grande diferença entre os dois era o aproveitamento. Por ter sido treinador da base, parece que o clube achava que os jogadores de lá seriam mais utilizados. Ledo engano. Contudo, aproveitara bem mais os jovens valores. Mas a torcida sempre quer mais. Alguns jogadores mereciam. Superficialmente, Muricy não podia dar o que planejou. Seria a primeira vez que jogaria no ataque em vez de contra ataque.

Chegou Rueda. Sua passagem vitoriosa no Atlético Nacional garantiu as credenciais. A defesa que estava mal em 2017 melhorou após leve mudança no posicionamento e o treinador se notabilizou por tomar poucos gols. Também fazia menos que o antecessor, lógico. O time seguiu à duras penas fisicamente. Os 84 jogos no ano cobraram um preço alto e o time chegou com a língua para fora em Outubro. Perdeu duas decisões. Não é possível analisar bem o que o colombiano planejava para a equipe, uma vez que pegando o carro em movimento decidiu manter a velocidade. Manteve o esquema.

Cuellar ganhou a vaga do contestado Baidu, Berrío foi um pouco mais utilizado até se lesionar, Paquetá ganhou o Brasil. Essas são marcas de Rueda no cenário nacional. Isto e ter sido protagonista mequetrefe de uma novela que findou com sua contratação pela seleção chilena. Não é nem possível comparar Rueda com Muricy, mas entre os três, Zé Ricardo me pareceu melhor. Faltou-lhe experiência e gerência de grupo. Com Rueda o time foi mal no brasileiro e vice da copa do Brasil e Sulamericana. Há que se ter algum mérito. Mas o aproveitamento era ruim.

Foi então que depois de quatro anos de 433, o que incomodava a torcida, resolveram trocar o esquema com o novo Coordenador que virou treinador. Temos que entender que no processo de legitimação de uma proposta, o Flamengo decidiu romper com os números. Números são apenas isso. Números. No fundo não interessa se você joga no 244 ou no 4141. Como você faz isso é que importa. A proposta do Flamengo não condizia com o que Carpa treinava. Parecia que o time seria atacado o tempo todo. Não era. Os times entregavam a bola e esperavam o Flamengo se desarticular num contra ataque. Funciona até hoje.

O controle de jogo era improdutivo como com os outros treinadores. Embora o índice de gols de Zé Ricardo fosse alto, o time ainda perdia muitos gols. Com Guerrero, mas também com os coleguinhas que o orbitavam. E este ano os problemas perduraram, mesmo que a forma do ataque tenha mudado. Se tivesse boa finalização, Everton seria o ponta mais goleador do universo, tamanha quantidade de gols perdidos.

Quem virá agora vem com que esquema? Que proposta? No Brasil os que jogam assim e estão livres são Cuca, Dorival e Levir. Estrangeiros estão fora de cogitação? Na minha modesta opinião sim. O Flamengo precisa de um projeto sério. Sério como a morte! Antes de contratar precisa atentar para isto de forma grave.

Não há muito o que falar sobre Jayme e Mozer. Já estavam fazendo hora extra. O preparador físico que saiu, saiu por quê? Ficou nebuloso. A impressão é que o cansaço durante os jogos não agrada, mas já havia falado sobre a pré temporada… Se ela vai mal, todo o resto vai! E você? O que pensa desta novela? Que treinador te agrada? Tem que mudar o perfil para fazer o jogador entender? Ou uma sentada no banco sem muitas explicações liga o alerta. Chega mais!

Anderson Alves, O otimista.

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