Há quem não perceba o quão “flamenga” é a Copa Libertadores. O rubro-negro é o perfeito complemento para essa competição já saturada de “gauchices”, “dale-ôs” e “olê, ôlês”. Ou alguém supõe que o Boca Juniors tenha algo mais para mostrar ou provar nessa competição? Não! E mais…
O Clube mais popular deste bendito continente é o Flamengo. A partir do momento que este não é o mais temido em todas as competições algo está errado. Vale lembrar que ser o terror da parada não implica necessariamente ser o mais vencedor, porém aquele que sambe nas glândulas lacrimais dos adversários quando virem seu nome em sorteios, tabelas ou seja lá onde for.
Nelson explica: “não se faz literatura, política e football com bons sentimentos”. O Boca e os platinos são maus. O Mengo e os patinhos são bons. Junte-se aos maus, Flamengo! E que coisa horrível de se falar. Escondam os óculos de minha velha mãe e recoloquem no ringue do jogo Anselmo e Mario Soto! Verás que um filho teu não foge à luta.
Outra questão pouco ponderada pela insigne Nação Rubro-Negra é que em 2018 ocorre algo que desde a década mágica do clube só rolou uma vez: o Fla está disputando a tal da Libertadores por 2 anos seguidos. Que eu me lembre (e lembro bem) só em 2007-08 isso também aconteceu. Significa alguma coisa? Sim, fera. Isso é muito bom. O argumento da diretoria – por incrível que pareça – é incontestável quando diz que “Libertadores se ganha jogando”. Esta frase decerto não vai para os anais bibliográficos dos blues, mas é de uma verdade cabal.
O próximo compromisso do Fla na principal competição do ano será só em abril contra o Santa Fe em casa, pero para ninguém, pela última vez. Graças a Zico, na penúltima rodada ela, a galera, estará de volta. E é a partir daí que começo a pressentir que o bagulho começa a endoidecer.
Sabe por que sou otimista? Porque sei.
Sei que a Liberta também sente falta d’aquele amor bandido de anos 80, das noites dulcíssimas até hoje evocadas por suspiros ou imagens turvas de arquivos empoeirados. Ela quer Maracanã, “Que Torcida é Essa”, “Poeiraaa” (essa sim!). Quer festa na favela. “Sai do chão” e sai de baixo quando isso acontecer.
Só não vê quem não quer.
Ah! O único vacilo do Vini foi não ter visto os óculos antes do pênalti escandaloso que o soprador de apitos conseguiu não ver. Faltou “visão de roubo” ao moleque.
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Mandou bem… bom texto!