JP Batista fez a carreira inteira fora do país. Passou por Lituânia, Letônia, França, jogou a elite do basquete universitário nos Estados Unidos. E por conta dessas andanças, mesmo aos 36 anos, só neste sábado atingirá a especial marca de 100 jogos pelo Novo Basquete Brasil, quando o Rubro-Negro encara o Mogi das Cruzes, às 14h, em São Paulo. Peça chave do vice-líder Flamengo, o pivô nem imaginava que estava próximo deste número e só se ligou recentemente.
“Fico muito feliz em chegar nessa marca, mas confesso que fui descobrir há menos de uma semana. Enfim, é uma satisfação muito grande poder chegar aos 100 jogos, ainda por cima vestindo a camisa do Flamengo”
JP fez seu primeiro jogo pelo NBB na temporada 2009/10. Primeiro e único naquele ano, já que atuou uma partida pelo Londrina, fez quatro pontos, e depois rumou para a Europa para atuar pelo Le Mans, da França. Só voltou em 2015/16 para jogar no Flamengo. Fez 41 partida naquele ano; mais 33 em 2016/17 e outras 24 nesta temporada. Ou seja, depois da marca centenária pelo NBB, no jogo seguinte ele terá 100 partidas pelo Flamengo, diante do Botafogo, no clássico do dia 12, segunda-feira.
O Flamengo vem de sete vitórias seguidas. Tem 87,5% de aproveitamento e venceu 21 vezes em 24 jogos. A equipe só não é melhor que o Paulistano, que triunfou 21 vezes em sequência e lidera com 88,5%. Grande parte dessa campanha positiva do clube passa pelas mãos de JP Batista. Se em outros anos foi contestado pela torcida, hoje é unanimidade e nem a chegada de Anderson Varejão mudou isso. Ele só se adaptou.
– Mudou um pouco. Meu tempo de quadra é menor e consequentemente meu volume também. E em algumas situações chegamos a jogar juntos ao mesmo tempo. Para tudo isso é necessário um pouco de tempo para adaptação – explica JP.
Nesta temporada, JP tem médias de 13 pontos, 6,3 rebotes e 2,9 assistências por partida. Eficiência altíssima de 16. Diante do Mogi, porém, não terá moleza. O rival está garantido no Final Four da Liga das Américas, chega com moral e ainda briga pelo quarto posto na tabela do NBB, o que garantiria um lugar direto nas quartas de final do torneio. JP sabe a dificuldade que o Flamengo terá pela frente, mas, claro, gostaria de uma vitória na data comemorativa.
– Não estou pensando nessa marca no momento. Jogar em Mogi sempre foi muito difícil. Mas com certeza uma vitória daria um sabor especial – conta o pivô.
O bom desempenho no Novo Basquete Brasil garantiu ao pivô um lugar no Jogo das Estrelas. Ele está entre os 12 escalados do NBB Brasil para o duelo contra o NBB Mundo e agora briga para ser titular. O momento em quadra faz com que o pivô seja pedido por fãs na seleção brasileira que joga as eliminatórias da Copa do Mundo da China. Nas duas primeira janelas ele não foi lembrado pelo ténico Alexandar Petrovic, mas ainda não desistiu da luta por uma oportunidade.
– Tanto seleção, quanto Jogo das Estrelas das Estrelas são consequência de trabalho duro e feito com convicção. Me preparei para fazer uma boa temporada e meu foco está completamente voltado em ajudar o Flamengo. Se vier seleção, eu recebo com muita gratidão e honra. O mais importante é que temos talento o suficiente para representar bem nossa seleção.
Reprodução: Globo Esporte