Os jogadores do Flamengo podem se preparar: enquanto estiverem sob o comando de Maurício Barbieri, ouvirão muito a respeito de Pep Guardiola e o estilo de jogo que o consagrou no Barcelona, entre 2008 e 2012. O técnico espanhol é uma das principais fontes de inspiração do técnico interino. No Ninho do Urubu, tentará implementar algo parecido com o jogo mais vitorioso que o mundo viu nas últimas décadas. Se for bem sucedido, dará o salto que tanto almeja na carreira.
Tudo começará no gol. Barbieri defende a tese de que o goleiro possui responsabilidade além da defesa. Com ele, o camisa 1 é obrigado a jogar com o pé, ajudar no começo da criação das jogadas e, principalmente, ser responsável pela manutenção da posse de bola.
O fundamento é uma obsessão para o treinador de 36 anos. Enquanto esteve no Red Bull, de São Paulo, usou imagens do toque de bola do Barcelona como exemplo. Como resultado, conseguiu duas classificações seguidas para as quartas de final do Campeonato Paulista, em 2015 e 2016.
— Ele mostrava muitos vídeos do Barcelona, do Ajax. Vimos o time espanhol trocando passes por oito minutos em um mesmo jogo — lembra o lateral-direito Everton Silva, atualmente no São Bento: — É um treinador muito estudioso, ofensivo também.
Nos treinamentos, ele prioriza trabalhos em campo reduzido e trocas rápidas de passes nos quadrantes marcados no campo. Beber da mesma fonte que Guardiola deixa implícita certa vocação ofensiva de Barbieri, mas a preocupação com a marcação também é grande: o técnico gosta de atuar com linhas altas. Nas preleções, cobra o comprometimento do time inteiro na hora da marcação sob pressão. Para se fazer entender, compara os jogadores de uma equipe aos dedos de uma mão. Se um deles não estiver bem fechado com os demais no momento de um soco, a mão vai se machucar. O mesmo acontece com o time, quando alguém descumpre a ordem tática.
— Ele armava o nosso time bem ao estilo europeu mesmo. No Brasil, só vi um treinador com estilo igual ao dele, apenas o Fernando Diniz.
Semelhança na formação, diferenças nas instruções
Quanto ao esquema tático, Flamengo de Barbieri não deverá sofrer grandes mudanças. Ele gosta de atuar no 4-4-3, com um volante, dois meias, dois atacantes abertos pelas pontas e um outro mais centralizado. Qualquer semelhança com o Barcelona de Pep Guardiola, com Busquets, Xavi e Iniesta no meio, e Messi, Henry e Eto’o, não é mera coincidência.
Quando precisa mexer na equipe em função do adversário, inverte o triângulo no meio: em vez de ter um volante com dois meias à frente, coloca dois homens de contenção na proteção da zaga e homem de criação.
— Ele é muito estudioso, estrategista, muito observador do adversário — destacou o ex-jogador Fabiano Eller, atualmente candidato a deputado federal no Espírito Santo: — Ele é novo, está sempre aberto ao diálogo, mas sabe se impor.
No Flamengo, o elenco não deverá ter dificuldade em assimilar a formação, semelhante a que Reinaldo Rueda e Paulo César Carpegiani usaram na equipe. Entretanto, as mudanças quanto ao posicionamento dos jogadores em campo já são visíveis para o elenco. Cuéllar, por exemplo, comentou o gosto do treinador por meias mais próximos da área adversária, em comparação com o estilo de Carpegiani.
— Quem trabalha no Flamengo sabe que sofrerá pressão. Acho Barbieri um técnico maravilhoso. Tem muitas ideias boas. Se está aqui, tem qualidade para ser treinador — destacou o volante, titular no amistoso de sábado passado, contra o Atlético-GO.
Hesitação da diretoria dá tempo para interino
A semana antes da partida de sábado, contra o Vitória, no Barradão, na estreia no Brasileiro, começou com a diretoria no Ninho do Urubu. Mais do que observar o trabalho de Maurício Barbieri de perto, o presidente Eduardo Bandeira de Melo e o vice de futebol Ricardo Lomba tiraram o dia para tratar do futuro da comissão técnica. Pela resposta no contato rápido com a imprensa, não há pressa:
— Vamos levando — limitou-se Bandeira de Mello.
Depois da negativa de Renato Gaúcho, o clube não tem outros alvos tão claros no mercado. Quem ganha tempo com isso é Maurício Barbieri, que não deixa de ser uma opção para os dirigentes — a experiência bem sucedida com Zé Ricardo em 2016 abre a perspectiva de que a efetivação de um novo interino seja uma possibilidade a ser cogitada.
Reprodução: Bruno Marinho | O Globo
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tem boa ideia, o negocio é ele fazer isso com esse elenco ai que não vai da certo..
o Diego segura demais a bola, os laterais são fracos.. a zaga é lenta não tem como avançar a marcação... ele mesmo colocou o time com 3 meia de criação.. Diego, E. Ribeiro e Paqueta..
esses caras não podem jogar juntos, eles fazem a mesma função.. ja que o Diego so caminha em campo, não tem como cobrar de um paqueta e e. ribeiro ficar indo e voltado ao ataque o tempo todo.. isso é loucura.. quem tem que jogar na ponta é quem tem folego, e consegue ir muito no fundo da o passe final..
Diego com toda enceradeira é o jogador mais regular da equipe sem mais o resto é intriga de mimimi...
Já vi, depois de ler o texto, que ele terá problemas no Flamengo. Ele gosta de jogar no 4-4-3, com 11 jogadores na linha é mole, quero ver com 10. Kkkkk
Prestem atenção editores da Coluna.
E tome textinho pra abafar a incompetência
TEMOS UM GUARDIOLA E NEM SABIAMOS, PELO PREÇO DE BARBIERI, ESSA IMPRENSSA BRASILEIRA É A PRIMEIRA A ILUDIR OS TORCEDORES. QUANDO PERDE A PRIMEIRA PARTIDA É A PRIMEIRA EM PEDIR A DEMISSÃO DO TREINADOR.
Concordo com vc no tocante a imprensa. Ela faz as cobranças e depois joga para a torcida, pois sabemos porque age assim.
Com esse setor defensivo fraco, esquece..
Sou Flamenguista apaixonado, mas vou dizer uma coisa, com ou sem experiência não se tem garantias de sucesso com treinador. Logo deixa o cara, pois o mesmo já conhece muito mais do que quem chegar esses jogadores. A incerteza só se transforma em certeza quando se coloca em prática o que se tem dúvida.
#ficabarbieri
Concordo!
É isso aí. Falou tudo.
Mais tambem pode gerar uma grande ilusdao e decepçao depois.Pra mim esse tal de Barbieri nao vai mudar nada,e sera um grande erro.
Busquets, Xavi e Iniesta no meio, e Messi, Henry e Eto’o
????
Everton, ER, Diego, VJ, Paqueta e Henrique Dourado
Quase a mesma coisa!!!!
kkkkkkkk
Não é quase a mesma coisa mas se esses cara renderem o que pode, vai funcionar sim. Seja mais otimista. Seja mais Flamengo. Ou vai torcer pro botafogo. Esse mimimi combina com o xororô deles.
Kkkkk nem daqui a mil anos..
kkkkkkk,Nem em sonho.
Já ouvi essa história antes... com um certo rapaz chamado Muricy Ramalho... "fez estágio" na Europa e quando veio pra cá a gente viu no que deu.
No FLAMENGO não existe óbvio, é sempre o improvável que dá certo, sempre foi assim, é só lembrar mais recentemente do Jayme e do Andrade. Sempre que vem aquele que temos certeza que vai dar certo, a camisa acaba pesando, seja ele jogador ou treinador. Então não custa nada dar uma chance pro cara e ver no que vai dar, pq nenhum técnico vai fazer milagre com esse time, depende mais da disposição dos jogadores do que qualquer esquema tático ou treinador campeão de tudo.
não vai dar, Messi Araújo já foi negociado