Até a noite de ontem, ninguém do Flamengo tinha procurado Cuca ou seu empresário Eduardo Uram. Pelo visto, seguem em dúvida sobre o sucessor ideal de Carpegiani e há quem, como o novo diretor executivo Carlos Noval, ainda avalie a possibilidade de entregar o time ao inexperiente auxiliar Maurício Barbieri. Em plena Libertadores! Estão loucos…
Essa história de que o compromisso com o SporTV para comentar a Copa pode ser empecilho para a contratação do técnico é uma baita balela. Se for convidado e gostar da proposta, Cuca a aceitará e assumirá imediatamente. Em tempo: acho que Abel ou Renato Gaúcho seriam melhores para o Flamengo, neste momento. Mas como ambos estão empregados, Cuca é uma excelente escolha. Barbieri, agora, não passa de uma aposta alucinada e irresponsável. No futuro, quem sabe?
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A maldição de Carpegiani
Numa entrevista pra lá de confusa, no Redação SporTV, o técnico Paulo César Carpegiani tentou, mas não conseguiu, explicar sua escalafobética escalação contra o Botafogo. Entre outras justificativas desconexas, disse que se tomasse um gol teria que mexer no time, para torná-lo mais ofensivo, por isso, resolveu se antecipar aos acontecimentos. Entendeu? Eu (e a torcida do Flamengo) também, não…
Num momento de soberba, Carpegiani ainda disse que dificilmente alguém vai conseguir tirar do grupo rubro-negro mais do que ele tirou. Que profecia maldita! Pior que praga dos sete anos…
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É só o que falta
E não é que as eleições do Vasco ainda podem ser anuladas pela Justiça? Cuidado para não acabar arrumando um jeito de recolocar o ex-deputado e ex-presidente no poder…
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Triste e velha história
Esse monstruoso escândalo de pedofilia e assédio sexual aos jovens jogadores que sonham em se profissionalizar, na Argentina, infelizmente, está longe de ser novidade no futebol. O que assusta é o tamanho da história, com ramificações e até a intermediação de um árbitro de futebol. Mas qualquer um que já tenha vivido a rotina de um clube esportivo sabe que esse câncer sempre existiu, em maior ou menor escala, em todas as divisões de base. Os dirigentes, que deveriam ser os primeiros a combater essa aberração, muitas vezes são os primeiros a assediar os garotos. Deveriam ser todos presos, sem direito à fiança!
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Lágrimas na pista
Felipe Massa foi indicado para “Melhor Momento Esportivo do Mês” de abril pela tocante cena de sua despedida das pistas, ao lado do filho Felipinho, no GP do Brasil de 2017 (confesso, não entendi bem a cronologia da escolha). Foi bonito, sim, mas confesso que me emocionou mais o vídeo que circula pela internet, com Rubinho Barrichello dando uma volta de stock-car, com seu filho Dudu, de apenas 15 anos (também em 2017). À medida que o moleque vai “tocando a barata”, Rubinho se desmancha em lágrimas. Emoção pura. Lindo de ver.
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E-sports não são esporte
Quando mais jovem, adorava vídeo games. Passava horas diante da tela da TV ou do computador, pilotando bólidos na F-1 virtual, chutando bolas nos jogos de futebol e metralhando soldados inimigos, no Doom. Nada contra essa deliciosa diversão. Mas daí a considerá-la esporte? Pelo amor de Deus! Até nas Olimpíadas estão querendo enfiar isso! Ficaram loucos? Se é pra considerar esporte algo que não envolve, rigorosamente, nenhum esforço físico, ou seja, atividade esportiva de fato, por que não levar o xadrez para os Jogos? Ou o pôquer? Façam-me o favor!
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Chevrolet ou Jacaré?
Essa bela campanha #deixaelatrabalhar, lançada por jornalistas esportivas, cansadas do assédio sexual e do não reconhecimento do valor justo em seus trabalhos, me remete a divertida história dos anos 80, quando o Flamengo começava a montar, sob a batuta de Cláudio Coutinho, aquele que viria a ser o seu maior time em todos os tempos. Já naquela época havia mulheres trabalhando no esporte. Uma das pioneiras foi Marilene Dabus, que militava no ramo desde os anos 70.
Certa tarde, no Maracanã, após uma partida do Mais Querido, quando as portas do vestiário foram abertas (naquele tempo as entrevistas eram feitas com os jogadores ainda trocando de roupa, após o banho) eis que irrompe no ambiente, até então restrito aos homens, a intrépida Marilene, à frente de uma equipe da TV Educativa. Alguns jogadores ainda estavam na banheira térmica, nus! Mas a repórter não se fez de rogada.
Se agachou, estendeu o microfone para Luís Pereira, o Luís Chevrolet, destemido craque, que brilhara na zaga da seleção, do Palmeiras e do Atlético de Madrid, na Espanha, e saiu a disparar perguntas. Envergonhado, o zagueirão, conhecido por sua bravura nos gramados, pipocou. Em fração de segundo, afundou o corpanzil na água ensaboada, deixando apenas a cabeça de fora. Foi a primeira – e única – entrevista concedida no estilo jacaré na história do jornalismo esportivo feminino.
Reprodução: Renato Maurício Prado/erremepe.com
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