— Lógico! — responde o rubro-negro mais exaltado.
— Sim. — diz o flamenguista com raízes ligadas ao Mengão. Voz embaraçada e convicção vacilante.
— Não, né… — fala um jovem rubro-negro nascido no terceiro milênio.
A nova geração não se envergonha ao admitir que Liverpool x Real Madrid a atrai mais.
O (triste) fenômeno de um torcedor brasileiro ter mais interesse num jogo europeu é algo que há 10 anos já era previsível; aconteceria de qualquer maneira. Os jogos internacionais ficavam mais acessíveis e a globalização começava a viabilizar e espraiar a possibilidade do sentimento de pertencimento, mesmo a alguém tão distante do que acontecia nos gramados da Espanha, Inglaterra e… Ucrânia(!!!).
Porém, mesmo que o viralatismo e o tal do politicamente correto não gostem, o Flamengo e o futebol brasileiro possuem um potencial gigantesco, quase sempre ignorado (grama do vizinho é mais verde) por uma maioria influenciada pelo que setores rabugentos da imprensa e do próprio ser podem vir a contar. Não duvido que no futuro os olhos do mundo possam se voltar para um jogo do Mais Querido. Muita coisa, é claro, tem que melhorar nas entranhas do futebol brasileiro e americano, e é evidente que o futebol desorganizado do Fla desacelera o processo de engrandecimento que o clube tenta cursar fora de campo e tende a seguir nessa rota.
Ultimamente o Mengão nem tem precisado de mais inimigos que ele próprio. O Flamengo (tal qual o centroavante que veste o Manto 19) tropeça nas próprias pernas e impede a grandeza que lhe é inerente de aflorar. O Rubro-Negro não joga para o seu torcedor, talvez não trabalhe como devesse para o seu torcedor e o pior de tudo é que o Flamengo é seu torcedor. A autossabotagem até tem momentos de alívio como no fantástico treino aberto ou na bem-vinda promoção dos ingressos para as próximas 3 partidas do Brasileiro, porém estes casos são exceção e não regra.
Neste fim de semana o mundo acompanhará Real x Liverpool (clubes que se vendem muito bem, possuem times fortíssimos, porém jogarão pela “Orelhuda” num estádio neutro do leste europeu num espetáculo bem mais organizado e infinitamente menos vibrante que um eventual clássico latino entre Flamengo x Boca numa final de Libertadores). Lá pelo fim da tarde de sábado é possível que leiamos no Twitter, rubro-negros diversos postando “Hala Madrid” ou “You’ll Never Walk Alone“. De noite o “Vamos Flamengo” ou o “Conte comigo” possivelmente cairá no esquecimento pra alguns. Isso para o CRF deveria ser um insulto – o futebol do Flamengo é o produto a ser defendido com raça, amor e paixão e a torcida não pode se afastar um só centímetro do clube. Além do mais… vale liderança, pô. Clássico nacional entre os dois líderes do Brasileirão e há quem não esteja nem aí. Aviltante.
O bom rubro-negro assistirá ao jogo europeu sim, mas para analisar metodicamente o primeiro classificado para o Mundial de dezembro.
A crítica que intento fazer também é para que o Flamengo em todos os setores do futebol compreenda que o Mengão Destruidor, que muitos vislumbram (eu inclusive), não se monta numa planilha, nem se desenha como réplica de um grande europeu com “modelo exemplar“. E outra, “ir levando” é como se o Flamengo esperasse sua própria mística fazer efeito sem se esforçar para tê-la a seu favor.
Muitas vezes aquele que “se acha” é exatamente quem está perdido.
O grito de campeão que me interessa não é o que acontecerá no sábado, mas sim o que pode ser construído no sábado para acontecer no fim do ano.
ISSO É FLAMENGO, BEM MAIS QUE UM CLUBE
O BRABO TEM NOME! É VOCÊ QUE PARTICIPA NOS COMENTÁRIOS
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O problema maior é com a qualidade do espetáculo, não?
Boa tarde amigos, minha professora mandou eu fazer uma pesquisa e eu vim pedir ajuda de vocês.
o tema da pesquisa é o seguinte:
Se o Bandeira de Mello é um bom presidente, porque ele não conquista títulos?