inalizado o Carioca Sub-20 no último sábado, já é possível fazer um balanço e uma seleção do torneio por aqui. Vamos a ele, portanto, falando um pouco sobre cada time grande, o desempenho dos pequenos e a seleção do torneio, montada pelo blog. Vamos ao texto.
Flamengo
O campeão do torneio foi também o vencedor da Copinha, de maneira semelhante: desfalcado e mostrando muita solidez defensiva para decidir nos grandes momentos. A equipe perdeu vários jogadores para os profissionais em diferentes momentos, mas soube, nas horas decisivas, construir os resultados. Destaque para a regularidade de Gabriel Batista, goleiro, e Hugo Moura, volante, além de Yuri, meia reserva autor do gol do título da Taça Guanabara e da jogada que resultou no pênalti sofrido na decisão.
Vasco
Vice-campeão, o Cruz-Maltino não tinha a qualidade individual do ano passado, pois subiu mais da metade do time para os profissionais. Mas ainda assim chegou à decisão. A chegada de Marcos Valadares ao comando técnico tornou o time mais ofensivo, circulando mais a bola, mas as fragilidades defensivas ficaram expostas em alguns momentos. Individualmente, destaque para Lucas Santos, um dos artilheiros do campeonato com oito gols.
Fluminense
Comandado por Léo Percovich, o Fluminense fez uma boa campanha no geral. Mostrou um time intenso, forte fisicamente, com um jogo direto, rápido, em que a bola circula pouco pelo meio-campo. Às vezes, a equipe se excedia nas faltas. Mas ainda assim, houve uma evolução em relação ao ano passado, com alguns jogadores se destacando. O principal deles é o volante Zé Ricardo.
Botafogo
O Alvinegro manteve a filosofia de jogo dos últimos anos sob o comando do técnico Eduardo Barroca: posse de bola e construção de jogo com os zagueiros no campo de ataque. Ofensivamente, o time foi muito bem, mas seus melhores jogadores foram os defensores Jonathan (lateral-esquerdo já nos profissionais) e Gabriel, além do volante Caio Alexandre, que cresceu demais do meio para o fim da competição. O time, no entanto, sofreu para furar o bloqueio defensivo do Flamengo tanto na Taça Guanabara quanto na semifinal geral.
Os pequenos
Se o Nova Iguaçu ficou abaixo dos outros anos em resultados (embora tenha feito ótimos jogos sob o comando do técnico Jefter Percy), outros pequenos aproveitaram o espaço para chegar às semifinais dos turnos. São os casos de América, Resende e Boavista.
O Alvirrubro mostrou um modelo de jogo ousado em alguns momentos, derrotou o Botafogo e ainda emplacou um atacante no Vasco, Yago Caju. O Boavista, que já havia ido bem na Copa São Paulo, repetiu o desempenho no segundo turno do Carioca e só parou diante do Vasco, na semifinal. Assim como o Resende, que teve o bom camisa 10 Adriano e caiu contra o Flu.
Além deles, vale ressaltar o bom trabalho feito pelo Volta Redonda, do técnico Neto Colucci, com um time que toca bem a bola, busca o gol o tempo inteiro e deu muito trabalho aos grandes que enfrentou, mesmo no segundo turno, quando atuou com uma maioria de atletas de primeiro ano de juniores. Entre os destaques da equipe, estão o goleiro Pepê e o volante Guilherme Eulálio.
A seleção do campeonato
Apesar do Flamengo ter sido o campeão, a seleção do torneio é equilibrada. Na falta de um meia desequilibrante, o blog optou por três volantes e dois pontas, armando o time num 4-1-4-1. Vale lembrar que o blog se refere aos melhores jogadores do torneio, e não àqueles que têm, na visão do blog, mais projeção futura.
Goleiro: Gabriel Batista (Flamengo)
Gabriel já era seguro no ano passado e voltou ainda melhor após estrear pela equipe principal no início do ano. Mostrou consistência e qualidade quando exigido e foi muito bem protegido pela defesa rubro-negra.
Reserva: Guilherme Boer (Fluminense)
Lateral-direito: Fernando (Botafogo)
Foi uma posição na qual todos os times tiveram algum problema no torneio. O Flamengo não teve um titular absoluto porque sofreu com as lesões de Wesley e Klebinho ficou com os profissionais. O Fluminense teve bons momentos com Diogo, que chegou a ser testado na zaga. O Vasco revezou Cayo Tenório com Rafael França. Mas no Botafogo chamou a atenção a consistência defensiva de Fernando, que ainda precisa melhorar nos cruzamentos, mas mostra boa leitura de jogo e evolução contínua.
Reserva: Diogo (Fluminense)
Zagueiro: Gabriel (Botafogo)
Novamente aqui o Flamengo, melhor defesa do torneio, mudou muito por causa das lesões e terminou o campeonato com o ótimo Thuler, que desceu dos profissionais. Mas pela falta de sequência (o time chegou a jogar a semifinal com Hugo Moura improvisado), fica difícil colocar um zagueiro rubro-negro. Sobra a vaga para Gabriel, do Botafogo, que chegou do Internacional no início do ano, se adonou da posição e fez um belo campeonato. Vence a “disputa” com os bons Geovane, do Fluminense, e Miranda, do Vasco.
Reserva: Geovane (Fluminense)
Zagueiro: Patrick (Flamengo)
Canhoto, Patrick saiu do sub-17 direto para a titularidade no sub-20. Ganhou espaço, cresceu e só foi parado por uma lesão. Aqui, vence a disputa com o companheiro Matheus Dantas, um dos símbolos da conquista da Copinha, que cometeu alguns erros em lances capitais, mas também fez um bom campeonato no geral.
Reserva: Miranda (Vasco)
Lateral-esquerdo: Jonathan (Botafogo)
Enquanto esteve nos juniores no Carioca, Jonathan sobrou na turma. Mostrou qualidade nos cruzamentos, velocidade e foi o responsável pelas bolas paradas laterais do Botafogo. Já subiu aos profissionais e só voltou para jogar a semifinal da Copa do Brasil Sub-20 contra o Corinthians.
Reserva: Michael (Flamengo)
Volante: Hugo Moura (Flamengo)
Um símbolo dessa conquista rubro-negra. Protegeu bem a zaga, acertou passes longos, curtos, chegou para finalizar, deu assistências e fez uma partidaça contra o Botafogo como zagueiro, posição com a qual mostrou afinidade. Muito consistente em campo.
Reserva: Caio (Fluminense)
Volante: Zé Ricardo (Fluminense)
Tratado como joia no juvenil, oscilou muito nos dois últimos anos. Mas recuperou a boa fase nesse Carioca Sub-20 e mostrou margem para evoluir ainda mais nos próximos anos.
Reserva: Caio Lopes (Vasco)
Volante: Caio Alexandre (Botafogo)
Começou o torneio como reserva, mas ganhou a posição de titular com muitos méritos e termina o ano em alta. Tem muita personalidade, um ótimo passe, boa dinâmica e bom chute de fora da área. É um nome a ser bem visto nos próximos anos. Para a reserva, Dudu, meia do Vasco, foi colocado, pois fez também um bom campeonato.
Reserva: Dudu (Vasco)
Meia-atacante (esquerda): Lucas Santos (Vasco)
Individualmente, o melhor jogador do torneio. Rápido, driblador, decisivo. Foi um dos artilheiros com oito gols, e incomodou praticamente todas as defesas que enfrentou. Gruda a bola no pé, e é difícil desarmá-lo sem fazer falta. Evoluiu em relação ao ano passado, em que já havia ido bem, mas abusava do individualismo, defeito que ainda mostra em alguns momentos, mas em quantidade menor.
Reserva: Lucas Barcelos (Fluminense)
Meia-atacante (direita): Pepê (Flamengo)
Um jogador que cresceu muito do meio do ano passado para cá. Foi bem em jogos da Copinha, tem boa bola parada, cadencia bem o jogo e fez o gol do título. Uma boa reviravolta para quem era muito criticado no ano passado. Jogou do lado esquerdo, mas variou bastante ao longo do campeonato.
Reserva: Yuri (Flamengo)
Centroavante: Matheus Moresche (Vasco)
O maior achado do técnico Marcos Valadares no campeonato. Estava encostado como reserva do meio-campo e virou um centroavante que, em que pese a adaptação à posição, dá muita sequência às jogadas que participa, sai bem da área e chega para finalizar. Quando melhorar seu aproveitamento, será certamente um bom reforço para os profissionais.
Reserva: Dudu (Fluminense)
Pode despensar Arão romulo , dar mais chances pra jean Lucas Ronaldo e subir o Hugo moura.