Certamente, de início, meus comentários trará entorse aos narizes daqueles que não torcem para times que tenham jogadores com habilidades técnicas que os permitam fazer o que foi feito no Fla-Flu, pelo Vinicius Jr e Paquetá.
A psicologia e sociologia nos ajuda a perceber que vivemos em uma sociedade intolerante. Isso não é novidade. Passamos por um processo de produção de subjetividade, que não permite ao outro demonstrar o que sabe, pois pode, de alguma maneira, fazer mal para aquele que não tem o que se deseja censurar.
Aceito os argumentos daqueles que defendem que o conhecimento e habilidades não foram feitas para humilhar — assim como o Edmundo à frente do Gonçalves —, mas para encantar; por outro lado, também sou adepto a frase de Friedrich Nietzsche — filósofo alemão — que dizia que ninguém se importa com que está abaixo, apenas com aqueles que estão no mesmo nível ou acima.
Aqueles que detém os argumentos hegemônicos, que dizem que o Vinicius Jr e Paquetá podem fazer o que eles fazem, mas sem exagerar, só se esquecem de delimitar um limite prático: Qual drible pode e qual não pode? O que está certo ou errado?
Sabe por que não conseguem fazê-lo? Porque a realidade é um produto da interpretação. Não há como delimitar isso, porque a interpretação de uma ação segue padrões subjetivos. Cada um verá uma coisa.
Então eu pergunto: — Por que dizer que não é correto?
— Porque eles vão acabar se machucando —, eles dirão.
Mas pera, então o bonito deve ser cerceado dos nossos olhos, porque os outros jogadores são agressivos com quem sabe dar espetáculo? Mas o futebol não é um espetáculo?
Será que os habilidosos estão errados em demonstrar o seu talento, ou os que não os têm é que estão errados por demonstrarem a sua agressividade diante do talento que não possuem?
Precisamos rapidamente corrigir um erro grave no Brasil. Formamos jogadores com uma bagagem técnica e tática para realizarem funções no campo, mas não os educamos para lidar com seres humanos no campo. Então, seguimos culpabilizando o talento e exaltando o argumento de censura e ameaça daqueles que não tem o que oferecer; assim como fazemos nas ruas diante do pensamento crítico ao governo e a opinião contrária.
Gostaria de citar um grande filósofo indiano, chamado Jiddu Krishnamurti:
“Não é sinal de saúde, ser bem adaptado a uma sociedade doente.”
Não é porque a maioria faz que está correto. Não temos que censurar o show, mas dar valor ao show.
Concluindo, talvez tenhamos nos tornados intolerantes demais para fazer parte do espetáculo, como coadjuvantes, pois não se pode aceitar que o habilidoso seja o protagonista.
Hugo Silva
Psicólogo
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A coluna acima é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a mentalidade do Coluna do Flamengo.
Acho que tudo é uma questão de bonsenso e saber o time do momento, ou seja o jogador é quem vai sentir se cabe a firula ou o drible (recurso técnico) mais objetivo. É muito subjetivo. O negócio é deixar rolar. Não pode é proibir o futebol arte, que tanto se pede? Alegria, futebol “moleque”, isso que nos fez ser temido no mundo da bola, e sermos admirados. A perda disso é que nos colocou abaixo, sem uma identidade, sem o DNA do futebol Brazuca. Quem chora e fica na bronca é gente de mentalidade retrógrada, que vive no passado, que gosta de jogo feio, pegado, sem graça. É só olhar como jogam os seus times…isso é para botar pressão e cabe ao Barbiere ignorar e continuar na boa. Ferrem-se os chorões e viva o futebol arte.
Gente escrota. Tem que driblar mesmo, lembro sempre daquele Santos x Flamengo do duelo entre Ronaldinho e Neymar. O jogo tava 2 x 0 pro Santos e o Neymar fez aquela zona toda que rendeu o Puskas, Angelim deve está procurando ele até hoje e ninguém tentou agredir ou justificar dizendo que era humilhação, foi um lance espetacular. Se tem habilidade tem que mostrar mesmo.
Sempre lembro desse jogo Santos x Flamengo como um dos melhores, senão o melhor, que já assisti. Mesmo o Flamengo tomando aquele baile inicial, era impossível não ser arrebatado pra assistir até o final, desse o que desse. E deu Mengo. Alias, deu arte.
Drible é fundamental, é o q diferencia o futebol brasileiro do europeu na quebra das linhas de defesa cada vez mais rígidas. O Europeu adora e por isso contratam. VJ ainda não domina completamente o mano a mano. Eu diria domina 60%. O Rueda estimulou muito esse drible p/ o VJ dizendo que ele será o maior do mundo quando dominar esse fundamento, pois tem força do arranque, velocidade física e de raciocínio. Parabéns. Já o Paquetá será um 2o Ronaldinho gaucho, só precisa não dar mole, gerando contra ataques, é novo, vai aprender. Parabéns
Sou a favor do drible humilhante contanto que seja efetivo em direção ao ataque, em direção ao gol, como aquele do Berrio contra o Bostafogo. Esses dribles de circo pra trás, ou na lateral são realmente desnecessários e não trazem nada além do risco de sofrer uma entrada desleal e acabar com uma contusão, prejudicando a sequência do time. O Paquetá é craque mas por ser ainda garoto precisa de orientação para sua máscara não atrapalhar a carreira. Melhor seria ele jogar sério em direção ao gol e com visão de jogo, nesse ano várias vezes com companheiro mais bem colocado ele tentou o chute ao invés do passe que seria o mais certo , o Barbie tem que dar uma chamada
Tem que censurar os porradeiros.
O drible é tão importante q o mundo todo compra jogadores brasileiros pq tem drible, pois o resto eles sabem fazer. O dia que a mlkda perceber isso, teremos a partir daí, mais uns 100 milionários por ano. Na base, os caras ensinam futebol europeu sem drible. Enlouqueceram? ou isso é um plano estratégico de alguns empresários associados a treinadores para valorizar uns e desvalorizar outros?
Um dos motivos pra ele ir embora, se continuar aqui o risco de levar uma porrada e sofrer lesão é grande.
Porrada ele vai tomar em qualquer lugar do mundo. E lesões por entradas violentas são mais comuns na Europa do que no Brasil.
Simples assim, manda os criticos da meia hora de cu com relogio parado.
É claro que é tudo mimimi de perdedor, mas, porém, contudo, todavia, vejo o Paquetá, principalmente, retendo e carimbando demais toda bola que passa por ele, repetindo o mesmo erro do Diego, que parece ter melhorado. E, pior, perdendo muitas bolas que proporcionam contra-ataques pro adversário. Soltar de 1ª é sempre a jogada mais inteligente porque mantém a bola com o Flamengo. Contra as meninas de laranjópolis tivemos uma quantidade absurda de passes errados, a maioria do Paquetá. Tá precisando de um puxão de orelha. Deus sempre disse que o simples é o certo
Parei de ler em “meus comentários trará”
Não deveria nem perder tempo comentando, então.
Abel não deixa de ter razão:
Esses moleques estão em estado de graça.
Que bom pra nós, rubro negros e amantes do futebol arte.
O drible efetivo, pra frente, em busca do gol é o que a maioria pede. Mas, a firula, a graça de uma caneta, um lençol, uma carretilha, um elástico, uma penteada, um chute no vácuo são, sem dúvida, capazes de nós arrancar sorrisos, de paralisar crianças e fazê-las acreditar no sobrenatural. Essa é a magia dessa coisa que nos arrebata chamado futebol.
Ah, mas, corre-se o risco desnecessário da violência.
Puna-se a violência então. Nunca a magia.
Invista-se em educação, respeito.
Não devemos nunca coibir o enfeite, o deleite, a mágica do drible. Ou o futuro do futebol estará seriamente comprometido.
SRN
Perfeito o seu comentário Wesley!!!!!!!
Apesar da censura, eu acho que o drible é um fundamento muito importante e no tão criticado drible em cima do Gum, o Flamengo estava ganhando a partida, em alguns momentos é realmente necessário travar o jogo, segurar a bola, respirar e quebrar o ritmo, além do que se o Gum faz uma falta dura ele poderia até ser expulso sendo isso muito bom para o Flamengo. O futebol hoje é decidido em detalhes, a preparação física deixou a qualidade de todos muito próxima e até mesmo um drible provocativo pode mexer com a confiança e desconcertar o adversário. O choro fica pros adversários que não tem capacidade. Abel disse que o Fluminense não fez isso em Cuiabá, mas quem lá tem essa capacidade de fazer? O Gum?
Quem viu o jogo sabe que os jogadores do Fluminense, desde o início da partida, já estavam intimidando os meninos, pois sabiam que não tinham capacidade de evitar o jogo deles, então tentaram na marra, no grito fazer que eles descessem ao baixo nivel técnico dos tricolores para igualar o jogo.
E qual foi a reação dos meninos? Brigar, xingar, cuspir, deixar de jogar??? Não! Responderam da melhor forma: se tentar me intimidar vou te esculachar na frente de todo mundo! Esculachar na bola mesmo e se não gostar que me dê uma porrada e vá expulso.
Triste é ver a mídia defender que tenta baixar o nível do espetáculo, talvez eles prefiram que tenha uma briga em campo com os meninos tentando mostrar que não afinam no estilo Felipe Melo, ou Emerson Sheik na final da libertadores.
Mas eu prefiro como bom amante do jogo bem jogado ver os meninos fazendo o que fizeram.
É muito bonito ver o Futsal jogado no gramado…. ??????
Nunca vi reportagem aqui nesse site tão bem comentada pelos internautas como essa.
Fico feliz de ver amantes do futebol ⚽ arte, em detrimento ao futebol força e pragmático .. ??????????