Matheus Thuler é mais um daqueles jogadores que foram trabalhados para chegar ao time profissional do Flamengo. Chegou ao clube criança para jogar futsal, depois de ser rejeitado pelo rival Fluminense. Nesse período, o zagueiro, de 19 anos, cresceu e buscou o seu espaço aos poucos e hoje está no elenco profissional.
Antes de fazer o teste no Flamengo, Matheus Thuler foi dispensado pelo Fluminense. Com o “não” do Tricolor, o zagueiro fez teste no Rubro-Negro, aos oito anos, e foi aprovado. Em entrevista ao Esporte Interativo, o jogador contou a sua trajetória na Gávea.
“Eu cheguei ao Flamengo com oito anos após uma dispensa no Fluminense. Aí fiz um teste aqui no futsal e passei. E joguei futsal até 14 anos, aí conciliando com campo. Passei por todas as categorias e, graças a Deus, hoje estou no profissional“.
Antes de oportunidades com o técnico Mauricio Barbieri, Matheus Thuler ficou um longo período sem entrar em campo, apenas no banco de reservas e, em alguns momentos, não era sequer relacionado. O jovem, entretanto, não desanimou e procurou se preparar enquanto a chance não vinha.
“De maneira alguma (desanimado). Sempre animado e trabalhando. Eu sempre busquei o meu espaço. Procurei sempre dar o meu melhor para ficar preparado para as oportunidades. Eu buscava conversar com os mais experientes para ficar cada vez mais pronto“.
Confira abaixo outros trechos da entrevista com o zagueiro Thuler:
Em nenhum momento pediu para ser emprestado para ganhar experiência e ter mais oportunidades?
“Não. Eu só pedia às vezes para descer e jogar nos juniores. Algumas vezes eu consegui descer e em outras, infelizmente, não dava, pois poderia comprometer o profissional. A final do Sub-20, a gente conversou, e eles (diretoria) liberaram“.
A sua parceria fora de campo com Léo Duarte ajudou na hora que atuaram juntos?
“Com certeza. O Léo é muito meu amigo fora de campo. Ele me passou muita tranquilidade para jogar ao lado dele. As coisas, graças a Deus, foram acontecendo de uma forma muito boa“.
Você tem a oportunidade de atuar com Juan, que é ídolo de muita gente da sua idade. Você conversa muito com ele?
“Juan é meu ídolo. Procuro aprender o máximo possível com ele, não só com ele, mas com os demais, para evoluir mais ainda. Eles já viveram tudo que estou passando e certamente podem me ajudar“.
Como foi a sua reação ao saber que seria titular?
“Fiquei um pouco ansioso. Acho que é normal. Procurei trabalhar e focar durante a semana. Fiquei só ansioso mesmo. Nervoso, ainda bem, eu não fiquei (risos)“.
Como foi o pós-jogo que você fez o seu primeiro gol entre os profissionais?
“Foi maravilhoso. Foi emocionante. Bom demais… Fiquei respondendo amigos. Muito feliz“.
Guardou a camisa do jogo?
“Guardei. Está guardada (risos)“.
Depois que você passou a jogar mais, os torcedores passaram a ter reconhecer?
“Sim. Eu tiro foto com todos. Tento dar atenção. Muito gratificante. Eu já fui do lado de lá e agora é ao contrário. Isso me deixa muito feliz“.
O fato de o Flamengo buscar um zagueiro no mercado te desanima?
“Não. Não muda nada. Vou continuar trabalhando. Se vier alguém, vai vir para somar“.
O Flamengo vai apresentar Fernando Uribe como novo reforço. Como foi o primeiro contato com o atacante colombiano?
“Não consegui conversar muito com ele. Ele chegou à tarde, desejei boa sorte e mais para frente vamos conversar mais“.
Como é a sua relação com Barbieri, que é um treinador com uma atenção extra com os jovens?
“Ele tem uma preocupação com o time e com todos. Ele deixa todos muito bem à vontade. Isso é muito importante para os jogadores. Ele é um treinador assim, que tem uma ótima relação com todos“.
Thuler fora de campo:
Você é um jogador que foge do estilo dos demais atletas. Não costuma postar foto em festas e não tem tatuagem como os demais. Já teve preconceito por conta disso?
“Nunca recebi preconceito. Eu procuro postar pós-jogo. Eu não sou muito de postar muitas coisas nas redes sociais. Meu jeito. Fico bem tranquilo em rede social”.
Você chegou a iniciar a faculdade de Administração. Pretende voltar?
“Pretendo mais na frente. Agora, os meus dias estão muito corridos. Agora, eu pretendo fazer um curso à distância. Eu fazia Administração, mas agora vou fazer Educação Física. Não sei se vai me ajudar dentro de campo, mas creio que vai ser melhor pois já estou trabalhando na área“.
Seleção brasileira:
Recentemente, o Flamengo pediu a sua liberação da convocação para um período de treinamento com a Seleção Sub-20. Tem medo de isso atrapalhar na sua ida para o Sul-Americano em 2019?
“Não. Eu continuo fazendo o meu trabalho aqui. Eu sou jogador do Flamengo. Se o Flamengo acha melhor eu ficar aqui, eu tenho que aceitar. Vou continuar trabalhando normalmente“.
Reprodução: Esporte Interativo
Ele e Léo Duarte podem fazer história no Mengão..
Precisar vender, não precisa.
Deixa pra vender depois dos 25, quando realmente estiverem prontos. Aí valerão várias dezenas de milhões de euros.
Por ora, vamos colher os lucros esportivos.