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GE: “Líder, Fla busca velho estilo, mordendo e criando, e tem ponto de equilíbrio em Renê”

Exigente por natureza, o torcedor do Flamengo que olha um dos elencos mais caros do Brasil, com resultados positivos atrás de resultados positivos nas finanças, tem paciência curta até para empate contra o forte River Plate na Argentina. Mas é esse time, de amadurecimento crescente, debaixo de cobranças e, às vezes, desconfiança, que faz boa campanha no Brasileiro de 2018 e retoma a liderança com a vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, no Maracanã.

Na temporada, são apenas quatro derrotas – apenas o Sport (PE) perdeu tão pouco. Em 20 das 31 partidas do ano o time saiu de campo sem ser vazado. E em apenas sete oportunidades saiu de campo sem marcar gols – dos 31 compromissos da temporada, aponta o levantamento do site Futdados.com. O que isso significa?

Bom, para começo de conversa, trata-se de um time regular. Pode não ser intenso – como foi o primeiro tempo, em contraste com a segunda etapa que passou impressão de “pé no freio” – e ser brilhante – quem é no futebol atual? -, mas tem sido eficiente.

Vinicius e Paquetá: os corredores

Mapa de calor de Paquetá (Foto: WhoScored.com)

Curiosamente, o sistema de jogo, desenhado lá atrás pelo ex-treinador Paulo César Carpegiani, foi adaptado por Mauricio Barbieri e depende de um jogador que era tão contestado até pouco tempo. Renê fez outra ótima partida contra o Bahia.

A capacidade de cobertura em lances que os meias não alcançam os adversários, o tempo de bola para cortar passes e lançamentos e a leitura de jogo para deixar a lateral – ora fechando espaços pelo meio de campo, ora infiltrando na diagonal para procurar o passe – encaixam o time de Barbieri.

Mapa de calor de Renê (Foto: WhoScored.com)

Para a equipe funcionar, Barbieri exige marcação forte no meio de campo. Vinicius Junior, de 17 anos, Lucas Paquetá, 20, correm uma barbaridade, para frente e para trás – de acordo com números do site “WhoScored”, Vinicius combateu oito vezes no meio de campo, Paquetá, seis. A intensidade de início de partidas do Flamengo se deve muito a eles. Contagiam jogadores mais cadenciados, como Diego e Éverton Ribeiro.

Dourado fora de sintonia

Movimentação de Henrique Dourado (Foto: WhoScored.com)

O camisa 10, por sinal, fez grande jogo. Saiu um pouco de suas características e deu mais velocidade nas articulações da jogada. Ribeiro, mais solto, flutuando mais, contribui para abrir espaços e girar a bola contra defesas fechadas.

Se contra o River Plate e o Atlético-MG a bola passou longe dos pés do Flamengo, com saldo de um empate e uma vitória, contra o Bahia o Rubro-Negro chegou a ter a bola 80% do minutos do primeiro tempo. A volta para recuperar a bola está mais coordenada – com efetiva participação de todo o time.

Barbieri ainda dá tímidos sinais de mudanças quando substitui Henrique Dourado. Um time que voltou a jogar com toques ligeiros e lances rápidos têm prescindido da procura pela “referência”, do “camisa 9”. Contra o Bahia, Jean Lucas entrou. Em 10 minutos em campo tocou 10 vezes na bola – duas a menos que Dourado, que ficou em campo por 80 minutos.

O treinador do Flamengo sabe que vai precisar de Dourado em jogos com outras características. Jogador de área, ele não cabeceou uma vez contra o Bahia – mas se esforçou para finalizar na bola que Paquetá quase marcou em cobrança de escanteio. Barbieri tem poucas opções para mexer na posição. Lincoln, mais leve e com bom entrosamento com Vinicius, ainda aguarda sua vez na fila. Talvez o próximo passo de Barbieri seja ser mais incisivo na busca por alternativas.

Reprodução: Globoesporte.com

- Coluna do Fla -

Ver comentários

  • Tirou as palavras da minha boca quando falou do dourado, nao sei como esse time ainda consegue ser ofensivo com praticamente um a menos no ataque, se tivesse o lincoln ali na pior das hipoteses ele iria dar prosseguimento as jogadas, tabelar, finalizar, enfim, JOGAR.

  • Dourado é esforçado a torcida reconhece isso, mas dê mais chance ao Lincon esse será o dez para o Barbieri

  • Reforços no Meio do Ano : Balbuena , Vitinho , Love e 1 Lateral Esquerdo .
    Saídas no meio do ano : Guerrero , Trauco , Arão , Rômulo , Ronaldo, Ederson , Vinicius Jr ( Real Madrid ) .
    Saídas no fim do ano : Juan , Para , Rever , Marlos Moreno , Geuvanio .
    Reforços inicio de 2019 : 3 Reforços .

    • O Rever nao precisa sair. Acho ele importante pro grupo e ainda tem lenha pra queimar.
      Os demais concordo em parte... Acho que o Pará também já deu o que tinha que dar e pode ser já. Acho que precisamos de um LD titular também e Rodinei seria banco...
      Agora, o Fla não pode simplesmente se desfazer destes jogadores, dos quais tem diretos e pagou por eles. Precisa tentar fazer alguma grana, pois podem não ter dado certo no Fla, mas tem valor e podem dar certo em outros times.. Isso não pode ser a 'Casa da Mãe Joana'...

  • Dourado só não deixou o dele porque lhe puxaram a camisa, mais um pênalti escandaloso ignorado pela máfia da cbf paulista

  • Temos 10 titulares. Falta um centroavante com mais movimentação, pois o time vem jogando muito coletivamente e usando muito pouco o chuveirinho que beneficiaria o Dourado. Não me surpreenderia o fato do Love chegar e fazer muitos gols.
    A manutenção do Vinicius Jr e Paquetá será fundamental para conquistarmos títulos no final do ano.
    Diego e Éverton Ribeiro estão bem mais consistentes do que em 2017.
    Fazendo algumas contratações pontuais e mantendo essa base titular, certamente teremos um final de ano mais feliz do que no ano passado.

    • essa é minha preocupação, time campeão consegue ter no mínimo 14 atletas em alto nível, foi assim o corinthias campeão 2017, contudo disputaremos três competições no segundo semestre; precisa-se chegar a 15/16 atletas de alto nível, , hoje ao meu ver, Diego Alves-Renê-Leo, Rever, Rodolpho-Rodinnei-Cuellar-Jonas-Jean Lucas-Paquetá-Diego-Everton Rbibeiro, são muito regulares, doze atletas apenas, precisamos recuperar ou contratar mais cinco atletas caso o Vini saia para chegarmos ao um elenco bem competitivo;

      • Penso da mesma forma. Não existe esse negócio de 22 jogadores de ótimo nível. Nem o Barcelona tem dois times do mesmo nível. Com 15 ou 16 jogadores com a mesma qualidade em um time bem encaixado, dá para ser campeão. O fato de disputarmos 3 competições se tornam um grande empecilho, porém temos que buscar ao máximo os três campeonatos, mas para isso será necessário qualificar o elenco.

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