O Flamengo anunciou na última semana a rescisão de contrato com a Portuguesa-RJ e a “aposentadoria” da Ilha do Urubu, mas o assunto ainda vai render nos bastidores do clube. Antes mesmo da oficialização do fim da parceria, o grupo de oposição Fla+ solicitou, e o presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Dunshee, pediu que a Comissão de obras fizesse uma avaliação integral do trabalho a respeito das duas torres de iluminação que caíram em função de fortes chuvas e ventos, em fevereiro deste ano.
A reportagem do Esporte Interativo teve acesso ao documento nomeado como “Parecer da Comissão quanto ao acidente no Estádio da Ilha”. No ofício, que vai ser apresentado no próximo dia 16 de julho, na reunião do Conselho, os participantes (contratante e contratados) são citados.
Foram integrantes do Projeto do Estádio da Ilha:
Clube de Regatas do Flamengo – como Contratante junto a aquisição de produtos, materiais e serviços a serem realizados.
Metalsinter – empresa contratada para produção de 4 (quatro) torres de iluminação, de 30 mts de altura, com respectivos chumbadores para ventos de 126 km/hora para o Estádio da Ilha.
ASM Light & Energy – empresa contratada para o desenvolvimento do projeto e fornecimento do sistema de iluminação para o campo de futebol para as 4 (quatro) torres de iluminação com 552 KW de potência e 280 projetores calculados para ventos de até 126 km/hora acompanhados de quadros elétricos, cabeamentos e respectivo projetores.
CasaGrande Engenharia – empresa contratada para prestar serviço de consultoria nos seguintes campos: fase de Elaboração de Projetos, fase de Obra (montagem das arquibancadas) e fase de Utilização da estrutura.
OMG Serviços de Fundações Ltda. – empresa de engenharia contratada para a execução das fundações com estacas tipo raiz e construção dos blocos de concreto para o coroamento dos postes de iluminação fabricados pela MetalSinter.
Resultado da análise:
Depois de analisarem laudos e documentos, a Comissão concluiu que o Flamengo está isento de possíveis responsabilidades sobre o acontecimento, pois cumpriu com a contratação de empresas renomadas no mercado. Ainda segundo o documento, coube a MetalSinter aexclusividade em projetar e fornecer as informações sobre as torres metálicas e níveis de insegurança, e o parecer técnico pode ser entendido como extensível às demais torres de iluminação.
A Comissão entende também que cabe, exclusivamente, à empresa MetalSinter a reposição de todas as torres, dentro das normas de segurança exigidas pelas NBs e dentro do índice requerido para suportar a intensidade do deslocamento do material. O Laudo das Extrações – Bases das Torres de Iluminação – Ilha do Urubu, cuja finalidade foi determinar a resistência à compressão de testemunhos de concreto extraídos in loco, elaborado pela Tecnocon Serviços Técnicos de Engenharia Ltda.e encaminhado pelo Engenheiro do Flamengo, Marcelo Sá, confirmou que a resistência do concreto das bases afetadas está bem acima do que foi projetado, ou seja, o laudo confirmou resistência entre 48 e 49 MPa e o projetado foi aproximados 30 MPa
Entretanto, a Comissão acredita que o Flamengo deveria ter se precavido e contratado seguros de obras, durante a execução, e o seguro empresarial, com cobertura adicional para fortes ventos, tornados e ciclones. Segundo a análise, a localização do Estádio da Ilha do Urubu é reconhecida como região de ventanias e que seria prudente o clube ter tomado tais providências. Para um valor patrimonial assegurado em R$460.000,00, o custo da apólice, com pagamento à vista, seria de R$ 3.806,48.
A reportagem do Esporte Interativo tentou contato com as empresas citadas acima, mas ninguém atendeu às ligações. Já o Flamengo, via assessoria de imprensa, disse que não vai comentar sobre o assunto.
Reprodução: Esporte Interativo
A OPOSIÇÃO, mais uma vez, SIFU!
Mengão campeão e Bolsonaro presidente. Aí, 2018 fica bom.
Mengão campeão e Bolsonaro presidente. Aí 2018 fecha bem.