EI: “Dos desafios à sinergia com a base: Mauricio Souza forma boa parceria com Barbieri no Flamengo”

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Desde que assumiu como interino o comando do Flamengo, Barbieri só decolou. Tamanho sucesso lhe rendeu a efetivação e contrato até o fim de 2018. Mas, para que o técnico tenha sucesso, ele precisa de um suporte com profissionais capacitados para ajudar no dia a dia. Uma pessoa que faz parte desse alicerce é Mauricio Souza, seu auxiliar.

No maior desafio em sua carreira, Barbieri “deu a sorte” de ter como braço direito um profissional que conhece muito bem o Flamengo. Mauricinho, como é chamado dentro do clube, chegou à Gávea para ser coordenador do departamento de ​futsal, já que era treinador da modalidade desde 2005.

Após um período, Mauricio foi convidado para ser treinador da equipe Sub-16 do Flamengo. Menos de um ano do ocorrido, com a demissão de Gilmar Popoca, o convite para assumir o time Sub-20 chegou. Mas as mudanças não iriam parar por aí: dois meses depois de conquistar a Copa São Paulo de Futebol Junior, Mauricinho foi chamado na sala de Carlos Noval, diretor de futebol, para receber mais uma convocação, ser auxiliar de Barbieri no time profissional.

“O Noval, com quem eu trabalhei na base, passou a ser diretor de futebol do Flamengo e uma semana depois do Carpegiani ser demitido, ele me chamou na sala e me comunicou que eu iria “subir” para ser auxiliar do Mauricio Barbieri. E foi o que aconteceu e estamos juntos até hoje. De cara eu aceitei o convite. Eu sabia que seria interinamente. Sabia do tamanho do desafio e estava muito à vontade. Fiquei muito feliz pelo convite, mas o nosso futuro só dependia da gente”, disse Mauricio Souza, em entrevista ao Esporte Interativo.

Depois do treino da última quinta-feira (05), Mauricio Souza atendeu à reportagem do Esporte Interativo para um bate-papo de quase 20 minutos. O auxiliar falou sobre o desafio de trabalhar no time profissional, relembrou os tempos de base, revelou detalhes da experiência de ter ficado na beira do gramado quando Barbieri foi expulso e fez ponderações sobre os jogadores que podem pintar no elenco principal.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre o dia a dia de um auxiliar. Quais são as suas principais funções?

“Estou sempre à disposição do Barbieri para o que ele precisar. Não tem uma linha fechada no que faz. Eu auxilio o Barbieri nas montagens dos treinamentos, nos “feedbacks”, auxílio na observação do adversário nos jogos. Comando treino, mas sempre com a observação e autorização do professor Barbieri”.

Como é a sua relação com Barbieri dentro e fora do clube?

“Eu digo que foi um grande amigo que conquistei. Eu não conhecia, apenas de nome. Sabia quem era o Barbieri, mas não conhecia pessoalmente. Foi uma coisa muito forte. A gente se dá muito bem. Ele me dá toda a liberdade. É um cara que além de ser um grande profissional, ele tem um grande caráter. Somos bem amigos”.

Como você passou pelas categorias de base, acredito que passe informações sobre os jogadores. Como é essa conversa com Barbieri?

“Essa é uma das minhas funções. Não só por conhecer a base, mas também para facilitar a vida do Barbieri. Eu colho informações dos atletas que não conheço, mas a maioria eu conheço, e sempre que ele precisa saber alguma coisa, eu passo para ele. Isso facilita a vida dele”.

Tem algum jogador específico que vocês estejam de olho?

“Nós temos uma safra muito forte que eu acho que vai estar no time profissional do Flamengo. Já tem o Reinier, que é um atleta sub-17, que está integrando o profissional, até para Barbieri o conhecê-lo mais, temos também Yuri, Hugo, que está treinando com a gente mas “desceu” para jogar o Brasileiro Sub-20, temos o Rafel Santos, o Michael. Temos muitos jogadores bons”.

Jonas está de saída do clube. Acha que Hugo Moura pode ser o substituto?

“Eu acho que em um futuro próximo talvez. Neste talvez não. Mas eu acho que com o amadurecimento no profissional, com o amadurecimento das ideias do Barbieri nos treinamentos, eu acho que ele tem tudo para conseguir. Potencial ele tem”.

Por conta de expulsão de Barbieri, você precisou comandar o time na beira do campo (diante do Emelec e River Plate, na Libertadores). Qual foi a sensação?

“Nervoso eu não fiquei. Claro que fui pego de surpresa. Não era isso que eu esperava. Era um jogo muito importante para nós. A única coisa que me trouxe um pouco de dúvida, eu não podia ter contato com ele (Barbieri). Por mais que eu entenda e saiba a forma que ele pensa o jogo, naquele momento eu tive que trazer toda a responsabilidade para mim. Eu segui a minha linha de raciocínio naquele momento, mas eu acho que ele teria feito as mesmas coisas. Depois conversamos, e ele disse que era isso mesmo que deveria ter sido feito. Teve a aprovação do chefe (risos)”.​

Hoje você é auxiliar do time profissional. O que você almeja para a sua carreira?

“Hoje eu quero servir ao Flamengo e ao Barbieri. Estou muito feliz com a oportunidade que me deram. Quero dar o meu melhor. Sei que não é fácil. Eu não tenho projetado a minha carreira para o futuro. Eu quero ajudar Mauricio Barbieri e o Flamengo”.

O Léo Inácio assumiu o cargo de coordenador de transição base/profissional. Tem conversado muito com ele?

“Eu trabalho com o Léo Inácio há muito tempo aqui no Flamengo. Ele é um profissional muito competente e tem me ajudado muito. Ele é responsável por fazer esse link da base e o profissional. Sempre que necessário ele passa as informações dos atletas para nos ajudar”.

Você acha que existe uma espécie de sinergia entre as categorias de base do Flamengo?

“Exatamente. A palavra é justamente essa. O Ambiente é muito favorável. Não tem vaidade. Tofos os treinadores da base são competentes. Eu converso muito com todos. A gente sempre se encontra e conversa bastante”.

Reprodução: Esporte Interativo

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  • Fico muito feliz em ouvir as respostas desse treinador ou auxiliar vai ser muito útil ao Flamengo junto com o Barbieri dois grandes talentos que o Flamengo ganhou

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