O Real Madrid vive uma era – pelo menos quando se trata de finanças.
Na contramão do modelo apresentado em tempos passados, os merengues praticamente recebem a mesma quantidade de dinheiro por meio de vendas de atletas em relação à quantia gasta em contratações.
O padrão das novas aquisições também sofreu uma reviravolta; uma vez conhecido por gastar caminhões de dinheiro em jogadores já consolidados, o Real agora prefere apostar suas fichas em promessas, destinando boa parte de sua receita em atletas muito jovens, apostando no longo prazo.
Desde a janela de transferências do meio do ano de 2016, a diretoria madridista embolsou o total de 176 milhões de euros (cerca de R$800 milhões) com a vendas de seus atletas. Com destaque para as negociações envolvendo Álvaro Morata (80 milhões de euros), Danilo (30 milhões de euros) e Jesé (25 milhões de euros), muito dinheiro entrou nas contas da equipe nos últimos dois anos.
Todo esse fortalecimento nos cofres teve a contratação de promissores jogadores como destino, deixando de lado as apostas em ”galáticos”, como fez o presidente Florentino Pérez em sua primeira passagem no comando. Vinícius Júnior (45 milhões de euros), Rodrygo (45 milhões de euros), Odriozola (35 milhões de euros), Theo Hernández (30 milhões de euros), Dani Ceballos (15 milhões de euros) são alguns dos nomes com menos de 22 anos de idade nos quais o clube gastou incríveis 215 milhões de euros (quase R$1 bilhão) nas duas últimas temporadas, atestando a brusca mudança em seu planejamento.
Atual tricampeão consecutivo da Champions League, o Real Madrid busca, por meio deste novo modelo, manter sua hegemonia durante muitos anos pela frente.
Reprodução: ESPN