Existe um preço a ser cobrado por ser líder de uma competição tão disputada quanto o Campeonato Brasileiro. O seu jogo passa a ser mais vigiado, as soluções costumeiras se tornam mais difíceis e a exigência é cada vez maior. O Flamengo que perdeu para o São Paulo – 1 a 0, gol de Everton, o ex-rubro-negro, uma das valiosas perdas (são quatro ao todo, somando Vinicius, Vizeu e Jonas) do primeiro semestre – tentou de tudo um pouco e não conseguiu empatar a partida para manter a ampla vantagem na ponta da tabela. Agora, o Tricolor Paulista está um ponto atrás.
Num duelo de candidatos ao título, Fla e São Paulo colocaram à prova suas forças no Maracanã. No Rubro-Negro, posse de bola, toque e tentativa de aproximação era a proposta. Mas que saiu do longe do planejado. Seja pela boa marcação do adversário ou pela falta de precisão do Flamengo.
Guerrero foi dominado e anulado por Arboleda e Anderson Martins. Paquetá foi ao ataque no segundo tempo, mas jogou pouco. Diego e Éverton Ribeiro, este no primeiro tempo, tentaram, mas foram pouco efetivos. Barbieri testou alternativas que ensaiou na parada da Copa, com o reforço no ataque do estreante Uribe e a retirada de volante de marcação para pressionar.
Mas o jogo do Fla saiu do gramado para as bolas na área (foram 42, o maior índice do Fla na competição, com 32 errados e 10 certos, de acordo com o Footstats), o que evidenciou a dificuldade rubro-negra de fugir de suas características – apesar das chances de empate pelo alto.
O jogo do São Paulo é didático para o Flamengo. A estratégia não vai ser nada diferente do Botafogo no próximo sábado, novamente no Maracanã. Muita marcação na entrada da área – espaços menores para Diego, Paquetá e Everton Ribeiro – e saídas em alta velocidade no contra-ataque. O gol são-paulino só saiu na segunda etapa, mas já havia esboço no primeiro tempo, quando Sidão pegava qualquer tentativa do Flamengo para ligar muito rápido o contra-ataque.
Veja foto do Fla exposto no contra-ataque
Foram algumas chances criadas. Com Rojas contra Réver – o capitão retornou ao time, mas é preciso evitar ao máximo que o jogador, muito alto e naturalmente mais lento, fique no mano a mano próximo da área – e em duas jogadas de Diego Souza – uma na linha de fundo e outra do camisa 9 entrando pela intermediária, que Everton e Reinaldo chutaram seguidamente.
O Flamengo mostrou poucas novidades enquanto esteve com a formação inicial. Foi possível notar jogadas de escanteio e cobranças de falta um pouco diferentes – com batidas mais fechadas no primeiro pau (numa dessas Paquetá quase marcou de cabeça).
Ao mesmo tempo foi interessante notar as mexidas de Barbieri na segunda etapa. Com Uribe, que não atuava desde 20 de maio, o Flamengo colocou o São Paulo no campo de defesa de vez. Foram muitas bolas na área, como no lance que Guerrero cabeceou fraco para defesa de Sidão ou Marlos não dominou quando Anderson Martins, num dos raros erros, perdeu o tempo da bola.
As mexidas do treinador do Flamengo evidenciaram a necessidade de ir, efetivamente, ao mercado para manter o alto nível do no início da competição. À espera de resposta por Vitinho, o time teve um irregular Marlos Moreno na esquerda. Sem Cuéllar suspenso, Jonas vendido, Rômulo reapareceu – e não ia mal, até mostrava excesso de vontade que lhe rendeu um cartão amarelo, mas já ouviu algumas vaias ao errar dois lances seguidos na segunda etapa.
Trauco e Matheus Savio foram as alternativas de Barbieri para o meio de campo – no banco, havia dois centroavantes, Uribe e Lincoln. Ainda tem Dourado para retornar. No meio de campo, pensando em criação, sobrava apenas Arão e Jean Lucas, que costumam sair de trás. Ou seja, com quatro centroavantes e três jogadores com características de meia como titulares (Diego, Paquetá e Ribeiro), faltaram alternativas para o setor.
Barbieri fez análise sóbria da derrota. Não quis tratar o resultado como simples acidente de percurso. Reconheceu que os erros nos contra-ataques, principalmente no primeiro tempo, tornaram o Flamengo vulnerável. Também admitiu que não tinha ainda nada para falar de reforços, mas que, “assim como todas as equipes”, o Flamengo também necessitava de novas opções.
O dever de casa é da comissão técnica, mas, com a janela de transferências aberta, também há necessidade de alerta dentro da diretoria. Não trata-se de contratar indiscriminadamente. Mas de aumentar as alternativas e equilibrar o elenco para o segundo semestre.
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O técnico precisa treinar chutes a gol dentro da área, não éadmissível que uribe em frente ao gol jogue a bola para fora e Guuerreiro não pode continuar no MENGO, não fez nada a diretoria precisa se livrar do compromisso de r$1 milhão de reais por mes
Foi só o tal do Rever voltar que deu merda, e o Uribe deveria ser titular absoluto, pois o tempo que jogou deu muito mais perigo que o Guerrero.