Jonas ganhou credenciais para jogar no Flamengo após se destacar pelo Sampaio Corrêa na Série B do Campeonato Brasileiro de 2014. Era tido como certo no Corinthians e chegara com o apelido “Schweinsteiger do Nordeste”, o que, brincadeiras à parte, refletia uma expectativa alta quanto ao futebol do volante. Na última segunda-feira, três anos e meio após assinar o vínculo, se despediu do Rubro-Negro e encerrou a segunda passagem pelo clube carioca.
Na primeira vez em que esteve no Fla, Jonas não demorou para ganhar oportunidades, dadas inicialmente por Vanderlei Luxemburgo. Chegou a marcar um golaço em um Fla-Flu no Carioca, com uma pancada de canhota. No entanto, à época, chamou mais a atenção por entradas duras e diversos cartões acumulados (12 amarelos e dois vermelhos na temporada inicial) e foi perdendo espaço ao longo da temporada. Não deixou saudades.
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Um dos técnicos de Jonas em 2015, Cristóvão Borges analisou, a pedido Lance!, as principais virtudes do meio-campista.
— O Jonas tem como característica principal o senso de marcação, que é muito bom. Tem boa noção tática, sentido coletivo e boa cobertura. O chute de meia distância, com pé direito ou esquerdo, é uma arma. É um jogador importante para compor qualquer meio-campo —, falou Cristóvão.
No ano seguinte, Jonas foi atrás de novos ares e passou a ser emprestado pelo Flamengo. Esteve na Ponte Preta (13 jogos), no Dinamo Zagreb, da Croácia (22 jogos), e no Coritiba – este no Brasileiro de 2017, em clube no qual acumulou 37 partidas e dois gols.
Quando todos esperavam um novo destino que não o Ninho do Urubu, Jonas retornou de empréstimo no início deste ano e, até pela saída de Márcio Araújo e escanteamento de Rômulo, foi aproveitado. E, reserva imediato de Cuéllar, deu conta sempre que acionado – tanto por Paulo César Carpegiani quanto por Maurício Barbieri. Mudou a sua imagem interna e externamente.
Agora reforço do Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Jonas, aos 26 anos, sai pelo Flamengo pela porta da frente, assinando um contrato milionário de três temporadas e, mais equilibrado no âmbito emocional, demonstrando ser útil em uma equipe ambiciosa. Cabe ao Flamengo, que receberá R$ 6,3 milhões pelos 70% dos direitos econômicos do atleta, ir ao mercado por reposição.
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Reprodução: Lance! | Terra