Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) espera anunciar em breve a empresa escolhida para implantar o VAR, na sigla em inglês, ou árbitro de vídeo, no Campeonato Carioca de 2019. O presidente da entidade, Rubens Lopes, já deu aval ao presidente da comissão de arbitragem, Jorge Rabello, para tocar a concorrência com quatro empresas. Na competição deste ano, a Ferj promoveu testes “offline”, ou seja, sem interferência no jogo, com a suíça Dartfish. Para 2019, a entidade solicitou orçamentos para um pacote com todos os jogos e outro que inclui somente as fases finais.
Além da Dartfish, a empresa responsável pelo VAR na Copa do Mundo da Rússia, a Hawk-Eye Innovations, também está no páreo. É a única proposta que Rabello ainda aguarda para levar a Lopes. As demais, já chegaram. Questionado sobre os custos, disse que há pelo menos duas propostas abaixo do custo oferecido pela CBF para implantação do VAR neste ano – R$ 50 mil por jogo. Mas ele ressaltou que isso não será o fator decisivo na análise, afirmando que priorizará a questão técnica.
Na Copa do Mundo da Rússia, o VAR alterou decisões de árbitros no campo em 17 oportunidades. A França chegou a ter um pênalti confirmado pelo VAR na final contra a Croácia. A média de tempo por partida gasto com o recurso foi de 38 segundos. A implantação do sistema se refletiu, por exemplo, na quantidade de pênaltis marcados: em 2010, foram 14 pênaltis, em 2014, outros 13, mas em 2018 o total foi de 28. Por outro lado, o número de cartões vermelhos diminuiu: foram quatro em 2018, contra 10 em 2014, e 17 em 2010.
No Brasil, a primeira competição nacional a receber o VAR é a Copa do Brasil. A implantação aconteceu com a competição já em andamento, neste mês, a partir das quartas de final. Para o Campeonato Brasileiro, o custo de R$ 50 mil por jogo não foi aceito pelos clubes. Foram 12 votos contrários entre os 20 da Série A. Dos cariocas, Flamengo e Botafogo foram a favor do uso do VAR no Brasileiro, enquanto Fluminense e Vasco se posicionaram contrários. A Libertadores e a Sul-Americana também vão contar com a tecnologia. Rabelo afirma que o VAR veio para ficar.
– O mundo do futebol entende que é uma coisa que veio para ficar e a Ferj obviamente não vai ficar para trás. O presidente me autorizou, estou comandando esse processo, cotamos quatro empresas, estou aguardando a última proposta que é da Hawk-Eye, a empresa que fez a Copa do Mundo. Pedi que as empresas apresentassem duas propostas, uma para todos os jogos da competição, o que seria em torno de 76 partidas, e outra proposta só para os 10 jogos decisivos, as semifinais e finais das Taças Guanabara e Rio (seis jogos), e a fase final do Carioca (quatro jogos).
Rabello explicou que fará um parecer técnico, mas entende que a decisão final será uma questão de custo.
– Tenho fé que, se não conseguirmos todos os jogos, seguramente a Ferj terá o VAR nos 10 jogos decisivos de 2019, desta vez “online”. A variação entre as propostas é pequena. Das três, tenho duas abaixo do custo que a CBF divulgou para o Brasileiro deste ano. Mas isso para mim especificamente é irrelevante, o meu parecer vai ser técnico. Agora, as divergências não são grandes. Só está faltando a Hawk-Eye. Aí sim levo isso para a decisão financeira. A partir do “ok” do presidente a gente vai seguir com a proposta.
– Temos um grupo de 17 árbitros e assistentes que já participaram do treinamento da CBF, porque são do quadro nacional e a CBF já está fazendo experimento na Copa do Brasil. Acredito que o Brasileiro de 2019 seja com o VAR. Assim que aprovado o projeto, iremos contar evidentemente com a CBF porque as pessoas que estão lá já têm um “know-how”, participaram de reuniões com a Fifa e International Board. Mas estamos bem tranquilos porque temos um grupo que já está treinado e, em Saquarema, colocaremos todo o grupo para treinar, em torno de 77 árbitros e assistentes.
Reprodução: GloboEsporte.com
Quem quer saber dessa bosta de campeonato carioca?
Federação do Rio usando VAR? Ai meu Jesus…