O Flamengo é um dos postulantes ao título brasileiro. Seja pela tradição que o obriga sempre a brigar por grandes coisas, seja pelo investimento, maior do que o de vários adversários diretos, seja pela atual posição na tabela, o rubro-negro é visto como um dos times que teriam não apenas a tendência como até a obrigação de disputar com um certo nível de seriedade o título nacional de 2018.
Ainda assim, numa partida oficial, numa disputa direta pela taça mais importante do nosso futebol, o Flamengo, atuando contra o América-MG levou gols de Rafael Moura e Gérson Magrão.
Não que estejamos de forma alguma subestimando o América, uma força tradicional do futebol mineiro, único decacampeão estadual do Brasil, um time que vem fazendo uma segura campanha de meio de tabela após um retorno mais do que merecido à elite do futebol brasileiro em 2017. Mas, como eu já disse, se trata de Rafael Moura e Gerson Magrão.
Rafael Moura um atacante reconhecidamente limitado e que pelas imagens da transmissão parecia vagamente acima do peso, mas que segue na posição de maior carrasco do Flamengo no século XXI, algo que diz menos sobre a qualidade de Rafael Moura – que como dissemos, não é tanta – e mais sobre o quão complicado esse século vem sendo para o torcedor rubro-negro, ainda mais se pensarmos que ainda temos mais 82 anos disso pela frente.
Já Gérson Magrão, que em sua passagem pela Gávea mostrou ser numa leitura otimista um jogador mediano e numa leitura realista alguém passível de empréstimo para o Ipatinga, demonstra que mais uma vez o Flamengo não apenas adora sofrer com a “lei do ex” como faz questão de escolher sempre aquele ex cujas fotos você deletou do Instagram, não tem mais amizade no Facebook, quando vê na rua finge que não conhece e quando seus amigos perguntam fala “vocês devem estar me confundindo com outra pessoa”.
Ou seja, mais uma vez o Flamengo complicou um jogo que não precisava complicar, errou quando não tinha o direito de errar, tomou gols de pessoas que não deveria tomar e com isso se colocou numa situação que, dada sua tradição, investimento e qualidade, não precisaria estar, ainda mais a essa altura do ano.
Depois disso fica mais fácil acreditar no título brasileiro ou mesmo na vitória histórica da qual dependemos para arrancar uma classificação para a Libertadores em pleno Mineirão? Claro que não. Mas torcer para o Flamengo é nunca desistir, é nunca abrir mão, é acreditar que cada vergonha, cada situação ridícula, é um tijolo na construção da vitória que vai vir, é um passo em direção a uma taça que ainda não conquistamos. E se com cada constrangimento se aprende uma lição, uma noite em que tomamos gols de Rafael Moura e Gérson Magrão precisa ter garantido ao time rubro-negro no mínimo um PHD para ser usado durante o resto da temporada.
Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo
Quanta merda.
O grande problema é que essa Diretoria acha normal esses Micos que pagamos desde 2013. Jogadores têm sempre uma boa desculpa pra justificar os fracassos do time e Bandeira de Mello protege aos seus.