João Luis Jr.: “É hora de pensar nos 3 pontos e deixar o resto pra lá”

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Seria bom ter visto o Flamengo dando show. Ter presenciado uma vitória com placar amplo, nossos atacantes aproveitando todas as chances, nossos meias dando passes açucarados, o ataque envolvente, o meio de campo insinuante, o adversário na lona sem saber a placa do caminhão que o tinha atropelado, mas sabendo que as cores eram vermelho e preto.

Seria bacana ter visto um Flamengo que sabe matar o jogo quando tem chance, que não tortura a torcida tentando complicar jogos que no papel e na prática tem tudo pra serem fáceis, que não vence de maneira magra times que estão na zona de rebaixamento, que não mantém a defesa sólida durante 88 minutos para vacilar nos instantes finais da partida e te fazer quase passar mal. Seria legal ter laterais. Seria bom ver algum deles acertando um cruzamento. Em algum momento, para lembrar como é a sensação. Eu mesmo as vezes vejo vídeos de laterais cruzando no Youtube, para lembrar como é. É um pouco triste.


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Mas não foi assim. Apesar do Flamengo ter sim dominado a partida e atuado de maneira até sólida, mais uma vez ele quis complicar um jogo fácil, mais uma vez ele teve dificuldade para transformar essa superioridade em gols, mais uma vez ele foi aquém do que todos nós sabemos que ele poderia ser. Mas ele conquistou os três pontos? Claro. Ele reduziu a distância para os líderes? Sim. E talvez seja exatamente nisso que precisamos focar agora.

Afinal, o Flamengo é um time limitado. Bom? Sim. Tem potencial? Claro. É capaz de fazer grandes partidas? Com certeza. Mas também tem setores carentes, faltam de peças de reposição, alguns jogadores ainda estão se adaptando ao clube e ao esquema e outros talvez nunca venham a se adaptar ao futebol, à prática esportiva, à gravidade terrestre, ao mero conceito ocidental de lógica ou de causa e efeito. Temos uma tendência á irregularidade, um técnico inexperiente, vários jogos em vários campeonatos ainda pela frente.

Então ainda que a torcida deva, é claro, cobrar que esse time evolua, que as peças que não funcionam sejam trocadas, que os pontos fracos sejam reforçados, também precisamos aceitar que estamos diante de um Flamengo que não tem condições de atuar sempre em alto nível e às vezes vai precisar compensar falta de inspiração, mau momento técnico e até mesmo puro desajuste cognitivo com vontade, dedicação e insistência. E num campeonato como o Brasileirão, onde não faz a menor diferença ganhar todas as partidas com seu time recebendo numa mesa branca a seleção de 70 (mesmo com vários dos jogadores ainda vivos) ou ganhar todas as partidas com um gol de cabeça feito na sorte pelo lateral reserva, se esse for o caminho para conseguir os 3 pontos, que seja.

E domingo tem mais. Contra o América-MG, em mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo mais uma vez tem apenas uma missão: conquistar os 3 pontos. Pode ser feio, pode ser confuso, pode ser na bagunça, mas se o Flamengo ganhar de 1×0 todos os jogos daqui até o fim do ano com certeza vamos ter algo pra comemorar. A não ser pela Libertadores, claro. Lá precisamos ganhar de 3, mas fica a torcida pra “poder de decisão” seja algo cumulativo e o Flamengo esteja sim guardando todo o seu para quarta-feira que vem.

Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo

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  • Concordo, brasileirão tem que ganhar os 3 pontos, se não , pelo menos 1 ponto!
    Acumular pontos, tomar poucos gols!
    Libertadores, eu esqueceria, colocaria o sub15.
    SRN

  • Hora de adotar o 4-2-3-1 em Minas. O América em casa é um time perigoso. Coloca o Piris junto ao Cuellar, Diego, Paquetá e Everton armando com Vitinho ou Dourado na frente. Quanto aos laterais, é o que temos e o jeito é aguentar e torcer para errarem pouco.

  • Para mim tem dois pontos a serem considerados: primeiro não criar ilusões…o que adianta golear um time fraco como o Vitória? Ai acham que estão voando. O jogo de placar magro reflete a situação real do time. Jogo para mim é contra times grandes (clássicos). Segundo e o mais complicado são os laterais: o calcanhar de Aquiles do time. Para mim o grande ponto fraco. Rodinei e Renê não dá. O problema é que não tem melhor no banco…Pará? Trauco é bom, mas…o Barbiere prefere Renê e não sabe marcar. Se tem bons laterais o grupo seria mais forte ainda.

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