FOTO: DOUGLAS MAGNO / GETTY IMAGES
Não precisa rever os lances, sem masoquismo – pode puxar aí na memória: Se as 5 chances mais claras desperdiçadas no confronto Flamengo x Cruzeiro tivessem sido convertidas em gol, qual seria o placar agregado? Nas minhas contas, Cruzeiro 7×1 Flamengo.
Barbieri falou que o segundo gol rubro-negro não saiu por detalhe; esqueceu ele que, por detalhes mais sutis, não saíram o terceiro, o quarto, o quinto do lado de lá. O Flamengo disputou um confronto de 3 horas se doando apenas nos 25 minutos finais. Entrou no Mineirão precisando reverter desvantagem de dois gols, não fez o goleiro deles trabalhar. Como no jogo de ida, as melhores oportunidades foram cruzeirenses.
2×0 já havia sido pouco no Rio. Para suprir as bolas que não balançaram a rede flamenga, os azuis mineiros deram uma surra sonora na arquibancada. Fruto do planejamento dos azuis cariocas, que preferem um estádio homogêneo, rico e calado a um Maracanã pulsante, popular e plural.
A chapa azul de Eduardo Bandeira de Mello é a principal culpada, não a única. Montou um Flamengo sem ataque, treinador e laterais; mas teoricamente capaz de honrar seu torcedor. Na prática, a coisa foi outra. Outra que, ironicamente, é a de sempre – mais do mesmo.
Vão vir com a ladainha do “caiu de pé”; “lutou até o fim”. Mentira. Foi amassado pelo Cruzeiro por um jogo e meio, nas oitavas de final; fez uma primeira fase vergonhosa, ganhando apenas do Emelec. Viu seu torcedor lotar o Maracanã para um treino, em uma terça-feira à tarde; não teve competência nem vergonha na cara para bater o atual 11° colocado do Campeonato Colombiano no dia seguinte.
E o Flamengo segue se maltratando, apunhalando a própria cabeça. Com pancadas mais intensas, quando o assunto é Libertadores. Rasgou o roteiro das últimas 3 edições, recorreu ao das 3 anteriores.
Dotados de uma percepção ímpar, sábios afirmam: “Foi eliminado pelo Cruzeiro no primeiro jogo”. Em 2007, contra o Defensor, tomou um vareio no primeiro jogo. Em 2010, foi botado na roda pela Universidad de Chile no primeiro jogo. Em 2008, talvez tenha feito a melhor partida da década, no primeiro jogo. Proporcionou a possível maior tragédia da história do Flamengo, no segundo.
Reitero o título do texto: Só luta até o fim quem luta desde o início. E aí mora um dos grandes problemas do Flamengo, nos últimos muitos anos: não luta o tempo todo. Escolhe uma partida para lutar, outra para passar vergonha; é eliminado. Dessa vez, pior – humilhado no Maracanã e tendo o adversário sempre mais perto de marcar durante um tempo inteiro, fora de casa.
O tão aguardado agosto terminará mal. ‘Mirando no Real Madrid’, a diretoria optou por não priorizar nada. Apostou na nunca conquistada Tríplice Coroa, mesmo sabendo que eram 9 jogos em um mês, 5 deles contra dois dos melhores times do país. Entramos líderes do Brasileiro, vivos na Libertadores e na Copa do Brasil. Saímos mortos na Libertadores, na terceira colocação do campeonato nacional.
Batemos o Grêmio, é verdade. A eles, o mata-mata que restou é o da América. Se você pudesse escolher, preferiria estar na semifinal da Copa do Brasil ou nas quartas da Libertadores?
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Com mais uma eliminação nas costas, vem o transtorno das entrevistas. De novo, eles falam em “extrair o lado bom, se fortalecer, aprender com os erros”. Como outros nos disseram em 2007, 2008, 2010, 2012, 2014 e 2017. Se em 6 vezes não aprendemos, por que na sétima aprenderíamos? Dói, dói bastante.
Talvez a culpa também seja um pouco nossa, de não cobrar transformações, mudança de postura por parte do Flamengo. Permanecemos acreditando no futuro, cantando as glórias do passado, como se o hoje fosse apenas questão de sorte.
Enfurecemo-nos com a convocação de Lucas Paquetá. Uma eliminação futura, na Copa do Brasil, seria por sua ausência no jogo de ida. O mesmo valia para a queda nas oitavas de final da Libertadores. O meia disputou a volta, passou longe de fazer a diferença.
Lucas Paquetá é um jovem de 21 anos, craque de bola; rubro-negro de corpo, alma e coração. Mas ainda um garoto, sem títulos na carreira. Não se passaram 2 anos desde sua estreia como titular. Pouco fez no futebol, é inexpressivo na história do Flamengo. Mas já se sente ídolo, um semideus rubro-negro. Porta-se como tal, afinal assim é tratado. A culpa é mais nossa que dele.
Douglas Magno/Getty Images
Endeusar alguém que nunca ergueu uma taça, que não tem 100 jogos pelo Mengo na carreira, pode ser dar aval para novos fracassos. Se por tão pouco, um cara consegue ser tratado como ídolo do maior clube do país, por que ele daria a vida por algo mais? Paquetá ainda é Flamengo desde criança; um Diego, Guerrero, não.
Que Paquetá se torne nosso herói eterno. Everton Ribeiro, Diego Alves, também. É de se destacar mais uma grande atuação do camisa 7, bem como a monstruosa participação de nosso goleiro no Mineirão. Passou da hora de Diego Alves assumir a braçadeira de capitão.
Curaremos a ressaca; a dor, só com título. A vida segue, com muito amor pelo Clube de Regatas do Flamengo.
Reprodução: Marcos Almeida/ Nosso Flamengo – ESPN
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Mais uma vez a cara da gestão. Acomodada e covarde. Que venha 2019
Eu respeito mais esse tipo de informação ou comentário é para tumultuar o ambiente a gestão Bandeira foi a melhor que o Flamengo já teve e não sou cabo eleitoral e não faço campanha para ninguém quero sempre o meu Flamengo vencedor, claro que houve equívoco em muitas contratações tais como, Pará, Rondinei, Trauco, Renê, Rômulo, Geovanio, Uribe, Marlos moreno mais daí crucificar uma gestão que hoje é respeitada mundialmente é incoerência, isso é o que eu penso
Eu particularmente prefiro estar a semifinal da Copa do Brasil
Um texto desse tamanho e torcedor vem falar que estão colocando a culpa na gestão...nada a ver...o próprio título já fala por si só! Belo texto! Disse tudo!
Falou tudo!!!
Já comentei outras vezes aqui, o Flamengo é maior q qualquer jogador, falta cobrança, poucos horram essa camisa, mas recebe em dias seus salários, Bandeira tá dando "bandeira" colocar um técnico de menino para dirigir homens dos cangotes grossos, assim não dá. Boa gatão financeira , mas no futebol só cheirinho. Chato ser Flamenguista e ter q se conformar com campeonato carioca, esse não serve nem para pré temporada. Só nos resta chorar e os antis tirar onda. Canseiiii.
Muito boa a gestão do Bandeira (financeiramente) más de futebol é um fracasso...
Oh homem burro esse barbyere, com esse nome era pra ser técnico do São Paulo. Ontem deveriacter entrado com cuellar e pires da Mota, Paquetá no liga do Vitinho e Dourado no lugar do Marlos sem gol. Cuella morreu em campo não dá conta do ataque do Cruzeiro, Paquetá não é volante. Parei
Eu sou flamenguista e nunca deixarei de ser gostei muito do jogo onten o flamengo não desistiu hora nenhuma em felismente o segundo gol não veio mais botar culpa na direroria issoeu não concordo pra mim o melhor gestor que o flamengo teve foi Bandeira de Mello e a credito que outro igual jamais vai entrar estou com você Bandeira.
Atlético Mineiro, Cruzeiro, Internacional, Santos, São Paulo, Corinthians, Grêmio, Palmeiras são equipes que possuem uma diretoria com propósito desportista, quando põem uma equipe em campo colocam na cabeça dos caras que eles tem condições de ser campeões e mesmo com times patéticos vão lá e ganham agora a diretoria do Fla é muito boa em pagar contas isso é o que importa.