FOTO: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO
Por: Igor Dorilêo e Venê Casagrande
Apresentado no dia 29 de setembro, Dorival Júnior completa, nesta segunda-feira (29), um mês no comando técnico do Flamengo. Contratado após a saída de Maurício Barbieri, o treinador deu novo ânimo à equipe por conta da sequência de vitórias, que reascendeu a esperança pelo título brasileiro, e teve participação ativa também no fator extra-campo, principalmente na polêmica envolvendo Diego Alves, afastado dos jogos por não aceitar a reserva.
Logo no dia em que vestiu a camisa do clube ao lado dos dirigentes, em Salvador, Dorival já foi para a beira do campo dirigir o time contra o Bahia, em partida que terminou empatada em 0 a 0. Depois disso, foram três goleadas. As vítimas foram Corinthians, Fluminense e Paraná. As duas primeiras por 3 a 0 e a última por 4 a 0. Ao chegar, prometeu que daria mais objetividade à equipe. Assim fez e solucionou os problemas do ataque rubro-negro.
Depois da ótima sequência, chegou o maior teste para o treinador: a “decisão” contra o líder Palmeiras. Porém, não dá para falar dessa partida, sem antes passar pelo caso de Diego Alves. O experiente goleiro, que ficou de fora dos primeiros três jogos com Dorival por lesão, foi liberado pelo departamento médico, mas não reassumiu a condição de titular, como imaginava. Outro que passou por isso foi Diego Ribas, mas sem polêmica.
Ao saber que ficaria no banco de reservas, e César seria mantido como o goleiro da equipe, Alves se recusou a viajar com a delegação para Curitiba, onde o Fla acabou vencendo o Paraná. A atitude gerou um mal-estar entre todos dentro do clube, e principalmente com Dorival Júnior. O comandante não gostou nada e exigiu um pedido de desculpas para que o camisa 1 voltasse a ser relacionado, o que não aconteceu até então.
Mais uma vez sem Diego Alves, o Flamengo, de Dorival, encarou o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro. O jogo ganhou status de decisão, já que colocou frente a frente os dois primeiros colocados da competição. Em caso de vitória rubro-negra, a distância para o time alviverde diminuiria para apenas um ponto. No entanto, não foi isso que aconteceu. Empate em 1 a 1, e primeiro gol sofrido sob o comando do técnico.
Durante os primeiros 30 dias de trabalho, Dorival definiu alguns titulares que não tinham vaga cativa na equipe titular. O primeiro deles e que gerou mais polêmica, foi o goleiro César. Além dele, Pará, Willian Arão e Uribe ganharam sequência. Paquetá, apesar de não ter saído do time, mudou de função. Passou a jogar como meia centralizado, atuando mais na criação, e cresceu de rendimento. Outro que melhorou foi Vitinho, jogando pelo lado esquerdo.
Com contrato somente até o fim do Brasileirão, evidentemente, o título brasileiro se torna praticamente a única forma de dar a Dorival Júnior a chance de permanecer no comando técnico da Flamengo na próxima temporada. Aliado a isso, ainda ocorrerão as eleições presidenciais, marcadas para o dia 8 de dezembro. Dependendo da diretoria que venha a assumir o clube para o próximo triênio, o treinador pode ter mais crédito, ou quem sabe, menos simpatizantes.
Principais feitos de Dorival Júnior nos primeiros 30 dias de trabalho:
— Solução no ataque: 11 gols marcados em cinco jogos
— Fim de jejum: centroavantes voltaram a marcar depois de dois meses
— Fim de jejum parte dois: Marlos Moreno voltou a fazer um gol depois de mais de dois anos
— Defesa sólida: apenas um gol sofrido em cinco jogos disputados
— Melhora de Paquetá: mudança acertada do meia de posição, para jogar mais adiantado
— Confiança de Vitinho: o meia-atacante fez boas partidas e ameaça engrenar no rubro-negro
— Recuperação de Willian Arão: pouco aproveitado por Barbieri, o volante se tornou titular