FOTO: STAFF IMAGES/FLAMENGO
Na década passada, Pep Guardiola revolucionou o futebol mundial com um novo conceito de jogo: o tiki-taka.
Tiki-taka é um sistema de jogo no futebol caracterizado por amplo domínio da posse de bola, pelos constantes toques laterais e pelo repúdio ao chutão e com a bola trabalhada por várias áreas do campo, sempre se mantendo com a posse de bola.
O Flamengo, neste ano, também consegue revolucionar, fazendo um tiki-taka às avessas. Ou seja, nós temos a posse de bola, mas não conseguimos traduzir essa superioridade em chances de gols. O Mais Querido tem a segunda maior posse de bola entre os times da Série A: 55%. Na derrota para o Corinthians, quarta-feira passada, ficamos 56,8% do tempo com a bola nos pés.
Não é difícil vermos, durante os jogos, os rubros-negros tocando a bola, girando o jogo, passando a “criança” de pé em pé. Entretanto, isso não se transforma em gols. E assim, caímos na Libertadores, na Copa do Brasil e estamos em quinto no Brasileirão. Gastamos milhões de reais em centroavantes (Uribe e Dourado) e eles não colocam a bola no fundo do barbante.
Esse, sem sombra de dúvidas, vai ser o maior desafio do Dorival Júnior! Além de fazer os jogadores mostrarem e demonstrarem o mínimo de respeito e orgulho de vestir o Manto Sagrado. Com pouco tempo para treinar, acredito que ele não fará grandes mudanças táticas na equipe. Porém, é preciso arrumar um jeito de colocar nossos centroavantes na partida, não apenas para fazer figuração.
Há tempos falo aqui que é preciso redefinir a função do Diego. Não dá para o camisa 10 ficar fazendo a saída de bola e chegar na área pra finalizar ou ajudar no último toque. Ele precisa ficar atrás do centroavante, para ter mais chances de gols e poder tabelar com os pontas. Para isso, precisa definir a função de Paquetá: como um Box-to-box, padrão europeu. Mas, pra isso, o camisa 11 precisa ter C-O-M-P-R-O-M-E-T-I-M-E-N-T-O, sentimento este que deixou de lado desde a pausa para Copa do Mundo.
Por que penso nisso? Pois não temos um camisa 9 que saiba tabelar e participar das construções das jogadas. Por isso, nossos meias precisam criar as condições necessárias para eles finalizarem. Se lembrarmos, como o Abel montou o Fluminense que fez do Dourado o artilheiro do país? Deixou o time trabalhando em prol dele. Consequentemente, a bola chegava com qualidade e ele saia para o abraço.
Não é um trabalho fácil, muito menos acho que tenha tempo pra deixar a equipe jogando o fino da bola. Mas, é consenso entre os flamenguistas que não dá pra aturar o time tocando bola, girando jogo e não fazendo nada!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
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É isso aí. Concordo. Tem q colocar esse texto no quadro de avisos do ninho do urubu (ave de mau agouro).
Na realidade no sistema Guardiola do Barcelona os toques não eram laterais e sim sempre para a frente, Ele não conseguiu repetir aquilo em nenhum outro time que treinou até agora. O problema do Flamengo, entendo, é a falta de jogadores que saibam jogar futebol ou que pelo menos demonstrem saber em campo e não nas palavras de jornalistas.