Veja o que cada candidato à presidência do Flamengo propõe sobre ter um estádio próprio

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FOTO: YURI SOBRAL/ COLUNA DO FLAMENGO

Na última sexta-feira (26), o Coluna do Flamengo, em parceria com o Blog ser Flamengo, promoveu um debate entre os candidatos à presidência do Flamengo. Dentre as questões abordadas, estava o tão sonhado estádio. Com dois minutos e meio para resposta, José Peruano, Rodolfo Landim, Ricardo Lomba e Marcelo Vargas promoveram seus ideais sobre a construção – ou não – da casa rubro-negra. Veja o que cada presidenciável pretende fazer:

JOSÉ PERUANO

O sonho de todo torcedor rubro-negro é ter um estádio. Eu viajei a América do sul toda, o mundo todo, e o estádio que eu queria que o Flamengo tivesse era igual ao estádio do Boca Juniors, que é um estádio que a torcida adversária não consegue gritar. Hoje, no Flamengo, a torcida do adversário grita mais, porque os ingressos muito caros, um absurdo. Você tem que ter um estádio popular. Diz que tem um projeto de tirar as cadeiras do Maracanã. Se tirar as cadeiras botaria um ingresso que o torcedor pudesse ir ao estádio. Hoje, na atual gestão, fez um estádio NBA: só vai quem pode e quem tem condições.

O estádio que eu quero é um estádio na gávea para 35 mil pessoas, que seja multiuso, que, além do futebol, você ganharia uma receita tendo shows de rock, coisas assim. Do lado do estádio, um hotel rubro-negro para atender as embaixadas que vem de fora e ter um local dali do hotel pro jogo. Você alia todas as coisas no mesmo local. Ter um estádio e ter um centro de convenções também. Tudo isso eu queria, mas o estádio que o Flamengo sempre tem que ter, é o Maracanã e um para 35 mil pessoas. O Maracanã tem que sair das mãos desses corruptos e volta pro gerno e o Flamengo pegar, que é a nossa casa. Esse é o meu sonho e o sonho de todos nós. Aquele estádio nosso, lá, tá quase pra cair (a Gávea).

RODOLFO LANDIM

O primeiro ponto é o seguinte: o Flamengo, querendo ou não, tem um contrato em vigência com o consórcio Maracanã, no qual vai ser respeitado pelos próximos dois anos. Eu acho que existem três ações que o Flamengo vai ter que tocar em paralelo. O primeiro deles é renegociar com a concessionária, a participação do clube na operação do Maracanã, que sempre foi um sonho e um desejo nosso, e que pelo modelo montado pelo governo anterior, isso foi impedido, já que os clubes não puderam participar. Isso é algo que o Flamengo tem que continuar buscando nessa nova gestão.

O segundo ponto, temos que tentar, caso, a depender da posição do governo, melhorar as condições deste contrato. Este contrato pode ser muito melhorado. Eu pedi a palavra no Conselho Deliberativo quando o modelo foi apresentado e fiz uma série de críticas, mas a forma com que a coisa foi colocada, era pegar ou largar. Não tinha espaço para negociar e estávamos pressionados pelo tempo. Isso é uma outra coisa que temos que trabalhar e tentar melhorar esse contrato.

A terceira, em paralelo, é a gente buscar a alternativa de um novo estádio para o Flamengo. Eu não vou fazer demagogia em relação a isso. É um desafio importante porque se a gente está falando de um estádio de 40 mil lugares, e que vai custar algo como 700, 800 milhões de reais. Precisamos montar uma engenharia financeira com participação de investidores para o Flamengo não ser exonerado e que o clube não seja impactado na própria operação e na montagem dos elencos. Isso é algo que também vai precisar ser feito. Uma coisa é certa: nós não vamos nos meter em aventuras, como a gente fez na Ilha do Urubu, onde gastamos R$ 20 milhões para ter um contrato longo, e acabamos jogado apenas 20 jogos lá. Só de custo de investimento, gastamos R$ 1 milhão por jogo.

RICARDO LOMBA

Em relação ao estádio, primeiro, nós temos que falar do estádio da Gávea, que o Peruano já colocou e tem razão. A arquibancada comporta cinco mil pessoas e não está em condições de receber esse público. Nós já iniciamos a primeira fase de três necessárias, ao conserto estrutural. Já tem o pessoal trabalhando, mas a nossa ideia é concluir essas obras de arquibancada e fazer, também, uma reforma na subestação elétrica de mangueira, à permitir a colocação de refletores e placar eletrônico para que a gente possa utilizar o estádio da Gávea para jogos de menor importância, base, futebol feminino e, eventualmente, o futebol americano.

O outro aspecto é em relação ao Maracanã. A concessão foi cancelada pelo STJ, e o Maracanã está numa situação em que a gente gostaria: pronto e muito bem localizado em termo de acesso e meio de transportes, mas precisa de uma série de obras que possa atender nossos anseios. Hoje, quando o visitante chega, elimina uma parte muito grande da arquibancada e nos causa um prejuízo muito grande. É um estádio que já está pronto e que gostaríamos de ter-lo como estádio do Flamengo.

Em conversas recentes com o candidatos à governo do Rio de Janeiro, ele abordou esse tema e falou, inclusive, que pretende fazer uma nova licitação do estádio e, contando com a presença dos clubes. Nesse cenário, se a gente for olhar mesmo que superficialmente, a condição dos outros clubes, chegamos a fácil conclusão que o Flamengo tem condições de sair vencedor nesse processo licitatório, e aí sim o Maracanã ficaria com a gente. A terceira opção é caso nada dê certo em relação ao Maracanã, que a gente parta para a compra de um terro, que já tem, inclusive, alguns sendo negociados. Um bastante avançado para o termo de opção de compra e que permitirá ao Flamengo construir seu estádio próprio e atender aos anseios e vontade nossa de muitos anos.

MARCELO VARGAS

Percebi que aqui tem uma convergência em três aspectos. A gente tem que trabalhar a situação do Maracanã, da Gávea e estádio próprio. Vamos começar pelos pontos que convergimos, em relação à Gávea. Acredito também que nós temos que ampliar a capacidade da Gávea, já temos parte da estrutura que foi usada na Ilha, está sendo reformada a arquibancada e você vai ter ali um estádio de 25 ou 35 mil lugares, conforme o projeto. Acho interessante quando a gente tem um pensamento comum. Isso é importante para o Clube de Regatas do Flamengo. Eu não senti na parte da Gávea do Landim, em usar a Gávea para jogos de pequeno porte. Depois a gente vai até mais detalhadamente, mas os outros dois candidatos concordam com a nossa tese de a Gávea ser usada para jogos de pequeno e médio porte.

Outro ponto muito importante é com relação ao Maracanã. A licitação, hoje, está no lado da sentença. Cabe recurso. A licitação da Odebretch está cancelada. Nós temos que negociar com o Governo do Estado diretamente, e temos que negociar de uma maneira dura, que o Flamengo precisa do Maracanã, mas o Maracanã precisa muito mais do Flamengo, senão ele é inviabilizado. Pode colocar show sertanejo, pelada do final do ano… Se não tiver o Flamengo no Maracanã, ele fica inviável. Tem que tirar as cadeiras de trás do gol e voltar a ter o Flamengo com a torcida pulsando que sempre foi. Deixamos a torcida do lado de fora do estádio e isso vemos dentro do campo.

Fechando essas questões de estádio, estádio próprio, volto a repetir: não vou aqui prometer que vou começar a fazer estádio próprio e que já tem terreno pra comprar. Não vou cometer essa insensatez e essa irresponsabilidade que fazem com o torcedor. Estamos sim conversando com algumas empresas e temos um projeto de lançar na nossa gestão, um “estádio cimentão”, arquibancada pro povão, e com setores para a elite.

ASSISTA AO DEBATE NA ÍNTEGRA:

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  • Um time da grandeza do Flamengo não pode ficar à mercê só de Maracanã não tem que ter seu estádio próprio e não é qualquer estádio Zinho não tem que ser pelo menos para 50 mil pessoas

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