No dia da comemoração dos 123 anos de existência, o Flamengo recebeu o Santos no Maracanã, e a torcida foi ao estádio esperando um verdadeiro show. No primeiro tempo, porém, o que se viu foi um time pouco produtivo e que saiu de campo vaiado. No segundo tempo, o futebol também não foi vistoso. Porém, com duplo milagre de César e gol de Henrique Dourado, o Fla conseguiu vencer por 1 a 0.
O jogo
Jogando em casa, o Flamengo não mudou seu esquema de jogo já conhecido nas últimas temporadas, com posse de bola e tentando encurralar o adversário. Enquanto isso, o Santos, também com desfalques, deixou claro desde o início que a sua ideia era tentar contra-ataques com Rodrygo e Bruno Henrique.
Aos sete minutos de jogo, o Rubro-Negro se aproximou de ter uma boa chance de gol, que, ironicamente, foi gerada justamente por um erro. O lateral direito Rodinei recebeu na ponta e tentou o cruzamento. A bola saiu fraca e chegaria limpa para Rômulo, titular na vaga de Willian Arão. Entretanto, o volante demorou ir de encontro com a redonda, permitindo o corte da defesa do Santos.
Tendo amplo domínio da posse de bola, o Fla voltou a cair em um erro apresentado em diversas partidas ao longo do ano: ter a bola nos pés, mas não conseguir ser incisivo. Prova disso é que a primeira finalização contra a meta de Vanderlei foi apenas aos 21 minutos. Em jogada individual, o atacante Vitinho – que vinha chamando a responsabilidade – aplicou belo drible em Victor Ferraz e finalizou cruzado, mas o goleiro adversário espalmou para escanteio.
Aos 28, o Rubro-Negro avançou novamente pela esquerda e, após tentativa de cruzamento, a bola sobrou para Rômulo na entrada da área. O volante, porém, finalizou fraco, e a bola acabou bloqueada pela defesa santista, sem assustar Vanderlei.
O primeiro lance de efeito do Santos foi apenas aos 33 minutos. A equipe avançou pela ala direita e fez o cruzamento a meia altura. Diego Pituca se antecipou a Réver e cabeceou forte. César estava no lance, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.
O último “susto” da etapa inicial foi novamente do Flamengo. Em novo lance de Vitinho, desta vez pela ponta direita, o camisa 14 ajeitou para a canhota e buscou o ângulo de Vanderlei. Contudo, a bola passou por cima do travessão.
Mediante à má atuação, o Rubro-Negro saiu de campo vaiado pela torcida. No retorno para o segundo tempo, o Fla foi forçado a fazer uma alteração: o centroavante Fernando Uribe sentiu dores na parte posterior da coxa direita e deu lugar a Henrique Dourado.
Quanto o relógio se aproximava dos dois minutos, o goleiro César teve seu primeiro trabalho na partida. Bruno Henrique recebeu na esquerda e, em sua jogada característica, ajeitou para a direita e tentou o chute colocado. Bem posicionado, o arqueiro do Fla não teve dificuldade para defender.
O Santos voltou com postura mais ofensiva. Aos oito minutos, Bruno Henrique investiu novamente em arrancada pela esquerda. Rodinei, por sua vez, ficou para traz na corrida e apelou para um pontapé no adversário. A infração ocasionou o terceiro cartão amarelo do atleta, o tirando do próximo jogo.
Aos 12, o Flamengo deu a primeira resposta às investidas da equipe paulista. Vitinho recebeu aberto pela esquerda e achou Réver livre na entrada da área. O camisa 15 encheu o pé, mas a bola foi bloqueada pela defesa. Houve contestação do Fla, em relação a um possível toque de mão de jogador do Santos. Porém, nenhuma irregularidade foi assinalada.
O Santos voltou a assustar o time da casa quatro minutos depois. Henrique Dourado entregou a bola de graça para Rodrygo. O jovem atacante bagunçou a zaga rubro-negra e chutou de esquerda, mas o goleiro César espalmou e a zaga apareceu para afastar o perigo de vez.
Aos 20 minutos, o Santos teve a melhor chance da partida. Bruno Henrique foi acionado em profundidade e deixou Rodinei na saudade. Após se livrar do lateral direito, o camisa 11 passou para Gabigol na pequena área. O artilheiro do Campeonato Brasileiro, porém, parou em César, que fez um verdadeiro milagre para não deixar a equipe adversária sair na frente.
Tentando dar mais velocidade à equipe, Dorival acionou o jovem Jean Lucas no lugar de Rômulo. O camisa 27, aliás, saiu de campo vaiado, deixando a desejar novamente. Junto a Jean Lucas, Berrío também foi acionado. O colombiano entrou no lugar de Vitinho, que saiu sentindo dores.
Pouco depois de entrar, Berrío foi fundamental para o gol que abriu o placar a favor do Flamengo. O colombiano recebeu ótimo lançamento de Diego Ribas e, de primeira, passou para Dourado. O centroavante chegou apenas para conferir e estufou as redes de Vandelei aos 28 minutos.
Com o placar aberto, o time passou a jogar com mais confiança. Apesar disso, Pará acabou recebendo cartão amarelo após falta dura durante contra-ataque santista. A punição deixa o jogador suspenso para o próximo jogo, que será contra o Sport.
Aos 40 minutos, Léo Duarte vacilou na saída de bola e foi desarmado. Na tentativa de retomar a bola, o defensor parou o Gabigol cometendo pênalti. Chamou atenção a demora do árbitro para assinalar a infração, que mandou o jogo seguir e, apenas depois, voltou atrás. Na cobrança, o próprio Gabigol foi para a bola, mas parou em César. O lance fez a torcida explodir de vez no Maracanã.
Com o triunfo, o Flamengo foi a 63 pontos e subiu para a vice-liderança da competição. Contudo, o Internacional ainda joga na rodada, contra o América-MG, e pode recuperar a posição. Contudo, vale destacar que o Rubro-Negro garantiu sua permanência no G-4. Agora o Fla se prepara para enfrentar o Sport, no próximo domingo, pela 35ª rodada do Brasileirão.
O FLAMENGO NÃO GANHA NADA COM ESSE LEO DUARTE NO TIME
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LEO DUARTE ENTERROU O FLAMENGO DURANTE TODAS AS COMPETIÇÕES
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O LEO DUARTE ENGANA MUITA GENTE MENOS EU
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MACHUCA ESSA MERDA NO TREINO PARA FICAR PELO MENOS UM ANO FORA
Fico pensando no que passa na cabeça do camarada pra fazer o que é o Léo Duarte fez hoje. O jogo estava ganho, ele tava com a bola dominada, se tá tomando pressão, manda a bola pra pqp, faz o simples.
Deu pro gasto e valeu pelos três pontos. Atuação muito “apática”, principalmente no segundo tempo. Vitinho foi o que mais tentou e foi o melhor ao lado do César. Deu para se manter no G3, que é a obrigação agora.
Dorival está se perdendo ao escalar uma peça nula como Rômulo, que nada fez como sempre, tinha outra opções melhores. LD vem se perdendo e fez uma partida muito ruim, mas tem crédito. No mais valeu pelos três pontos e só. * Será que Dorival “errou” ao barrar o D. Alves em…César, mais uma ótima atuação…o que vale é a regularidade ou a GRIFE? Fica a reflexão.
Bem, com Pará e Rodinei fora para o próximo jogo, espero que a novidade vingue e coloque esses dois definitivamente no banco. Quanto ao goleiro, chama a atenção a serenidade do nosso César. Depois da falha boba contra o Botafogo, quando foi muito criticado, volta a campo e fecha o gol contra o Santos. Uma serenidade e frieza só comparáveis a quatro antigos goleiros do Flamengo, Marcial (1963), Sidney (1969), Ubirajara Alcântara (1970) e Raul (1980). Julio César foi excelente, mas era diferente, era vibrante, agitado, torcia em campo e fora dele. Esses quatro não. César ainda comemora discretamente gols e defesas, os outros nem isso. Eram homens de gelo.
É questão de gosto. Uns gostam mais de um goleiro frio em campo, capaz de controlar suas emoções, e outros preferem um goleiro mais agitado. Desses 5 que citei, apenas Julinho foi pra Europa, e como Bira e Raul, virou ídolo de 2 clubes. Se César mantiver esse nível, se dedicando, melhorando a cada jogo e com a estrela que tem, tem tudo para fazer história no gol do Flamengo. Deixar o medalhão de “bracinhos de T-Rex” preocupado e nervoso com a sua presença já foi um belo gol de goleiro. Que venha mais!