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O Flamengo vendeu Lucas Paquetá para o Milan, por 30 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões na cotação da época). A negociação, que aconteceu no início de outubro, ainda repercute na imprensa. Amoroso, ex-Fla, concedeu entrevista ao portal Esporte 24 Horas e falou sobre a venda do meio-campista rubro-negro.
Lucas Paquetá, de 21 anos, tornou-se um dos jogadores mais importante do elenco Rubro-Negro na atual temporada. Por isso, Amoroso, que atuava como atacante e tem passagens pelo futebol italiano, acredita que o meia pode agregar bastante ao clube rossonero, devido a sua versatilidade. O ex-atleta também falou sobre o poder de marcação do Garoto do Ninho.
— O Lucas Paquetá pode acrescentar muita mobilidade ao time do Milan. A gente sabe que o futebol italiano é muito defensivo. Então, um jogador com as características do Paquetá, que consegue quebrar as linhas de meio campo, é muito importante. Além disso, ele pode infiltrar nas costas da marcação e criar espaço para os companheiros terem oportunidades de concluir. Portanto, a mobilidade e a facilidade que ele tem de ajudar na marcação pode ser fundamental na sua trajetória no futebol italiano —, analisou Amoroso, que complementou defendendo a qualidade defensiva da joia.
— Acho que o Paquetá tem muita facilidade de ajudar na marcação. Principalmente, pela sua velocidade e estilo de mobilidade. Hoje, é fundamental o atleta saber defender e atacar. É o sonho de todo treinador ter um jogador assim dentro do seu elenco. Então, no Brasil, ele corresponde menos na marcação pois tem maior espaço para jogar. Na Itália, vai ser muito diferente. Ele também vai precisar marcar. O Lucas tem que pensar que vai ser preciso se sacrificar para permanecer muitos anos no futebol italiano —, disse ele.
Lucas Paquetá chegou a atrair olhares de grandes clubes da Europa, como Manchester City, Manchester United, Paris Saint-Germain e Barcelona. Amoroso, no entanto, vê Leonardo, dirigente do clube italiano, como o maior responsável por convencer o meio-campista a ir atuar no Milan.
— O Paquetá atraiu interesse de grandes clubes. Acredito que qualquer jogador gostaria de jogar no Milan ou no Barcelona, por terem mais títulos internacionais. Ainda assim, a escolha dele pelo Milan teve ter tido a influência do Leonardo, que é um dirigente muito capacitado. Pois, observando de fora, Milan não tem mais tantos brasileiros em elenco como antigamente. Então, acredito que a influência do Léo pesou bastante na escolha do Lucas Paquetá —, afirmou o ex-jogador.
Por fim, Amoroso deu um conselho a Lucas Paquetá: aprender a falar a língua italiana, além de tentar se adaptar ao futebol praticado no país.
— Paquetá vai estar muito bem orientado. Um atleta que já tem experiência no futebol brasileiro e na Seleção. Mas, ainda assim, um conselho meu é que ele possa entender rapidamente a dinâmica e a filosofia do futebol italiano. Além disso, que se adapte rapidamente a língua. Eu tenho certeza que ele vai evoluir bastante —, revelou Amoroso.
Apesar da venda ter sido concretizada em outubro deste ano, Lucas Paquetá vai se apresentar ao Milan apenas em janeiro de 2019. Isso porque, os dirigentes do Rubro-Negro carioca conseguiram fazer com que o meio-campista ficasse até o final da temporada de 2018. O camisa 11 poderá atuar em mais quatro partidas pelo Fla. O atleta está suspenso, por ter recebido três cartões amarelos, para o jogo da próxima quinta-feira (15), contra o Santos, no Maracanã.