FOTO: STAFF IMAGES/FLAMENGO
A retrospectiva é um clássico da programação de fim de ano. Já passou o natal, já teve o especial do Roberto Carlos, você está ali de bobeira na sua casa, na casa dos seus pais, e começa a passar na tela aquele medley de incêndios, furacões, gente sendo presa, gente tomando tiro, Ilze Scamparini com uma cara muito triste falando sobre algo muito triste que aconteceu na Europa. E num certo grau, exceto pelo fato de que não tivemos Sérgio Chapelin e Glória Maria mostrando um medley dos gols mais ridículos que Uribe perdeu, foi isso que vimos no Maracanã.
Isso porque nesse domingo os rubro-negros puderam viver, em 90 minutos um grande resumo do que foi esse ano para o Flamengo. Tivemos o Maracanã lotado, com uma torcida que não apenas liderou os números de bilheteria desse campeonato como fez 7 dos 10 maiores públicos do torneio? Tivemos, claro. Mas também como de costume nessa temporada, esses 70 mil torcedores não tiveram exatamente o tipo de noite que gostariam.
Porque da mesma maneira que sua torcida repetiu seu show habitual, o Flamengo decidiu terminar 2018 tocando uma espécie de “greatest hits” das principais falhas que garantiram que essa fosse uma temporada sem nada pra comemorar.
O Flamengo saiu na frente? É claro que saiu, é óbvio que saiu. O Flamengo atuou, por vários minutos, de uma maneira assertiva e segura, tocando a bola e criando oportunidades, que te permitiu pensar que viria dali uma vitória segura? Com certeza, não podemos negar. Ele chegou até mesmo a desperdiçar algumas boas oportunidades pelas quais você só não xingou mais porque achou que daria pra resolver depois? Eu creio que sim.
Mas depois ele se perdeu em vacilos infantis que definiram o resultado, como aconteceu diversas vezes nessa temporada? Sim, meu amigo, ele fez isso. Ele entregou a paçoca para um time tecnicamente inferior como se não fosse um clube de regatas mas sim uma empresa de delivery? Não apenas entregou como entregou muito. Ele tomou um gol fortuito aleatório e depois disso a equipe entrou numa espiral bizarra de desespero e confusão mental? Sim, como já havia acontecido em episódios anteriores, você sabe, eu sei.
Ou, se você quiser resumir em apenas uma cena todos os problemas do Flamengo em 2018, num dado momento, com o time perdendo, dentro de casa, a equipe precisava fazer gols e o técnico tirou Pará e colocou Rodinei em campo. E sério, você nem precisa da Ilze Scamparini narrando essa substituição pra isso ficar triste feito uma notícia sobre a ascensão do fascismo na Europa.
Cabe ao Flamengo então tomar esse jogo, que deveria ser uma festa de despedida para Lucas Paquetá, como um lembrete de como em 2018 não perdemos apenas dois dos mais promissores jogadores da nossa base nos últimos anos mas também mais uma oportunidade de conquistar títulos, levantar taças, fazer história. No ano que vem começa tudo de novo, com todas as chances, e essas cenas que vimos durante esse ano – e que se repetiram nesse domingo – não podem ser as que essa torcida, imensa, dedicada e apaixonada, vai sair de casa pra assistir.
Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo
João Luís o resultado do jogo contra o Atlético PR. Será a mesma para Marcelo Lomba nas eleições.
Com Marcelo Lomba na presidência do mengão será a mesma coisa. Vamos eleger o presidente da chapa roxa. O cara quer trazer novos jogadores e inclusive o Abel o GRANDE TÉCNICO QUE NOSSO MENGÃO PRECISA.