Mauro Cezar aponta desafios do próximo presidente do Flamengo

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FOTO: DIVULGAÇÃO / FLAMENGO

O Flamengo saberá, neste sábado (08), quem irá comandar o clube no próximo triênio, de 2019 a 2021. Nos últimos seis anos, o Fla foi dirigido por Eduardo Bandeira de Mello, que, entre acertos e erros, finaliza o seu período no Rubro-Negro com um saldo positivo administrativamente. Como nem tudo são flores, alguns equívocos aconteceram, e Mauro Cezar Pereira, da ESPN, apontou alguns desafios para quem for vencedor na eleição que está acontecendo na Gávea.


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Concorrem ao cargo mais importante do clube: Ricardo Lomba, da Chapa Rosa, que representa a situação, e os opositores Rodolfo Landim, da Chapa Roxa, José Carlos Peruano, da Chapa Amarela, e Marcelo Vargas, da Chapa Branca. Em entrevista ao jornal O Dia, Mauro Cezar comentou sobre a mudança de postura que terá que ter o novo presidente, cobrando os atletas, para que o futebol do Fla se torne vencedor novamente, ganhando títulos de expressão, o que não acontece desde 2013, quando o Mais Querido conquistou a Copa do Brasil.

É preciso acabar com o paternalismo que foi instituído no futebol do clube, com uma relação muitas vezes protetora com o elenco — isso chegou a ser dito publicamente pelo presidente. Os jogadores, inúmeras vezes, mostraram não se abalar com a derrota. Essa mentalidade tem que ser chutada de departamento de futebol e isso vai envolver a saída de alguns jogadores. Todo elenco tem uma liderança. E, certamente, algumas lideranças são símbolos dessa postura acomodada, acostumada com a derrota, que não fica indignada. Isso é mas importante que qualquer contratação. Para mudar essa mentalidade, as pessoas que vão gerir o futebol têm que ser muito firmes, claras e rigorosas —, disse o jornalista sobre cobrança, complementando sobre mudança de postura.

É preciso estabelecer uma nova ordem, uma nova forma de trabalhar e lidar com os resultados. Mas isso não é só culpa dos jogadores. Essa mentalidade foi instituída de cima para baixo. O Flamengo acumulou fracassos sempre com muita tolerância, muita paciência, achando que as coisas mudariam de uma hora para outra. O resultado foi que, em seis anos de gestão, foram apenas três títulos — dois Estaduais e uma Copa do Brasil inesperada, improvável  — e quatro vices —, falou o repórter.

Embora o Flamengo tenha conquistado apenas dois campeonatos cariocas (2014 e 2017) nos últimos cinco anos, Mauro Cezar Pereira não vê o elenco de jogadores de forma negativa, referindo-se à qualidade. Entretanto, o jornalista ainda acredita que há carências em alguns setores: “O elenco tem bons valores. Não é perfeito, tem algumas carências, mas é muito acima da média para o futebol brasileiro“.

O Flamengo é apontado como um dos clubes brasileiros mais bem administrados. Não à toa, venceu alguns prêmios desde que Eduardo Bandeira de Mello tornou-se presidente do clube. Porém, Mauro Cezar vê alguns erros pontuais na gestão Bandeira. Dentre elas, o repórter aponta o estádio da Ilha do Urubu, que foram gastos milhões de reais e ficou aberto durante poucos meses, devido a queda de torres no campo após forte tempestade, além do caso Conca, que foi contratado e atuou em apenas poucos minutos com o Manto Sagrado.

A Ilha do Urubu custou mais de 20 milhões de reais e foi pouco utilizada. Era uma ideia interessante, mas deu quase tudo errado. Preços exorbitantes afastaram o torcedor, caíram as torres de iluminação, o Flamengo abandona sem mais nem menos… Foi dinheiro jogado fora. Teve também o episódio Conca, que foi uma negociação até interessante. Era só não escalar o jogador sem condições físicas adequadas, mas escalaram, e isso gerou um custo pro Flamengo. Aí você gasta três milhões aqui, vinte ali… Botando na ponta do lápis, o clube gastou um dinheiro que daria para contratar um bom reforço —, afirmou Mauro.

Por fim, Mauro Cezar Pereira falou sobre o favoritos que concorrem ao pleito, que são Ricardo Lomba, Chapa Rosa, e Rodolfo Landim, Chapa Roxa. O jornalista não acredita em uma mudança na forma de gerir o clube administrativamente, embora veja alterações na conduta do novo presidente na forma de lidar com o futebol rubro-negro, que tem sido criticado por parte da torcida e da imprensa.

Os principais candidatos são dois: o Ricardo Lomba, atual vice de futebol e da situação, obviamente, não é o cara que vai mudar a política que tem sido feita ao longo desses anos, e o Rodolfo Landim, que é da oposição, na verdade, é mais antigo nessa história que o próprio Bandeira. Faz parte do grupo original que se reuniu para tirar o grupo que estava há muito tempo no poder e mudar o Flamengo. Então, as coisas não devem mudar muito nas finanças. O Flamengo deve continuar acertando mais do que errando —, finalizou.

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  • EBM teve seus méritos, não há como negar. Uma reestruturação importante. Gosto do Mauro, apesar de as vezes extrapolar em algumas críticas, mas acredito que por vezes deixa o lado torcedor falar mais alto, afinal qual flamenguista (E ele é) não se revolta com os insucessos. Obrigado EBM, mas precisamos oxigenar a turma, alçar novos vôos. Uma nova direção, com ambições de títulos e sem comprometer o financeiro.

  • Muito obrigado EBM por recolocar o Flamengo no caminho do estrelato….vc plantou e não consiguiu colher porque a terra q vc pegou estava arrasada ..mas é hora de mudar….e o Landim vai dar prosseguimento a seu trabalho..

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