Elias relembra gol decisivo pelo Flamengo contra o Cruzeiro: “Não era para eu jogar”

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FOTO: MARCELO THEOBALD / AGÊNCIA O GLOBO

Longe da realidade financeira que ocupa atualmente, em 2019, quando pode gastar com diversos reforços de alto calibre, o Flamengo vivia outros tempos em 2013. Ainda no primeiro ano da gestão Bandeira, o clube tinha sérios problemas econômicos e se encontrava cheio de dívidas. Ainda assim, conseguiu levantar a taça da Copa do Brasil. E um dos principais personagens daquele título relembrou sua trajetória: Elias.

Autor do gol contra o Cruzeiro, no Maracanã, que classificou o Rubro-Negro para as quartas de final do torneio nacional, o volante revelou, em entrevista ao UOL, que não deveria ter entrado em campo naquele duelo, pois havia se machucado na semana anterior.

A história desse gol é curiosa, porque eu estava machucado. Teríamos um jogo contra o Grêmio, no sábado, e na sexta-feira eu machuquei, lá em Brasília, na coxa. Não joguei contra o Grêmio, e na quarta já tinha a volta. Queria jogar. Voltei para o Rio, fiz tratamento, pra que pudesse jogar. Não consegui treinar na segunda nem na terça, fui a campo mas não conseguia me mover porque doía. Na quarta, pedi pro Mano esperar pra liberar a escalação, fiz um teste no estacionamento do hotel para ver como eu estava. Doía um pouco, mas falei pro doutor: “vou me machucar?” Ele disse que não. “Então eu vou pro jogo.”

A narrativa daquele duelo os rubro-negros conhecem bem: com um time inferior tecnicamente ao campeão brasileiro daquele ano, o Rubro-Negro foi derrotado por 2 a 1 no Mineirão, mas conseguiu vencer por 1 a 0 dentro do Maracanã, justamente com gol do volante, no final do jogo, para se classificar pelo critério de gols marcados fora de casa.

Fiquei uns 30, 40 minutos sem pegar na bola, e o Mano falou: “vou te tirar”. Eu falei: “não vai não, agora já tô todo ferrado aqui, você quer me tirar?” (risos). Aí, fiquei e fiz o gol.

Naquela campanha, na qual o Flamengo entrou ainda na primeira fase da competição, o Rubro-Negro eliminou Remo, Campinense, ASA, Cruzeiro, Botafogo, Goiás e Athletico Parananense para se sagrar campeão pela terceira vez do torneio. O título foi o único de grande expressão conquistado pelo clube na gestão Bandeira de Mello, que revitalizou a agremiação financeiramente, mas conviveu com críticas no tocante à falta de conquistas.

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