Diego conta como soube da tragédia, revela detalhes de conversa com grupo e cita importância de Abel

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FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO

O plantel do futebol profissional do Flamengo voltou aos treinos nesta terça-feira (12), quatro dias após a tragédia no Ninho do Urubu, que tirou a vida de dez atletas da base. No retorno às atividades, o meia Diego Ribas concedeu entrevista coletiva e, inevitavelmente, falou sobre o assunto que comoveu o mundo do futebol no fim de semana.

O camisa 10 da equipe contou como foi o momento em que recebeu a notícia sobre o acontecido. Diego revelou ter um sobrinho que treina no sub-14 do Flamengo, o que lhe causou ainda mais consternação. Além disso, o meia fez questão de relembrar o passado, no qual também foi um jovem que viveu em alojamentos.

– Quando eu fiquei sabendo, estava entrando no carro, estava pronto (para ir ao treino). Um funcionário de casa me avisou, e eu fui me informar. Como eu disse para vocês, meu sobrinho faz parte do sub-14 e treina na parte da manhã. A primeira coisa que pensei foi em relação a isso. Foi um baque, momento muito duro, muito difícil. Nós vivemos isso, nós somos os garotos da base. Eu morei em alojamento, vivi tudo isso.

Na sequência, Diego citou os jovens como “alma do brasileiro”, pelo fato de que esses alimentam sonhos e traçam objetivos. Por fim, o atleta comentou sobre a conversa que o grupo teve após a tragédia e destacou a importância de Abel Braga, treinador que teve que lidar com a morte do filho João Pedro Braga no ano de 2018.

– Todos nós brasileiros carregamos o sonho, o objetivo, a coragem, a ousadia… esses garotos carregam a alma do brasileiro. Todos nós sentimos essa situação. Quando aconteceu, ficamos desnorteados. Esse encontro no outro dia (sábado) foi para orar e entender para nós, como um grupo, direcionar o caminho que vamos seguir e de que forma vamos organizar para seguir da melhor forma possível. O Abel foi muito feliz nas palavras que nos trouxe. Treinador que não está aqui por acaso. Como profissional e como ser humano… todos nós sabemos da experiência terrível que ele teve na vida (morte do filho), o que dá uma propriedade para ele falar sobre isso. Em respeito ao acontecido nós não fomos a campo.

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