Ex-presidente do Fla revela que ainda não teve coragem de voltar ao Ninho após tragédia

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O Flamengo vive seu pior momento da história. O incêndio no Centro de Treinamento, que aconteceu no dia 8 de fevereiro, ainda repercute bastante, e assim deve ser ainda por muito tempo. Prova disso, é a comoção que o acidente ainda traz. Ex-presidente do Rubro-Negro, George Helal sente dificuldade para falar sobre o tema.

O maior responsável pela compra do Ninho do Urubu, Helal visitava o Centro de Treinamento uma vez no mês. No entanto, desde que aconteceu a tragédia, o ex-mandatário ainda não conseguiu ir ao local que deixou dez adolescentes mortos.

Chorei muito por uma semana, não estou fazendo drama. Só fui melhorar no domingo, após a coletiva do presidente. Não saía de casa. Afetou minha saúde, eu me sentia tonto. Aquilo é parte da minha vida, um legado meu –, contou o ex-presidente, em entrevista ao jornal O Globo.

George Helal, americano nascido em Patterson, Nova Jersey, sempre foi um dos grandes defensores da categoria de base, como ele mesmo conta. Além disso, o ex-dirigente do clube fez uma sugestão ao Rubro-Negro.

Nunca no clube houve um defensor da base maior do que eu. Desde aquela época, eu disse a todos os presidentes do clube: aquilo ali é para a base. Só quem me conhece sabe o quanto sofri. Não comprei para colocarem meu nome. Comprei para o Flamengo –, disse Helal, antes de sugerir: “Deveria ser feito um memorial, com o nome dos meninos em destaque. É o mínimo.”

O memorial seria uma homenagem aos dez adolescentes que não conseguiram sobreviver a tragédia: Rykelmo de Souza Viana, Arthur Vinicius, Athila Paixão, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Samuel Thomas e Vitor Isaías. Além destes, outros três garotos ficaram feridos com o incêndio:
Cauan Emanuel, Francisco Dyogo e Jhonata Cruz. Este último é o único que ainda não recebeu alta do hospital.

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