Mauro Cezar sugere ‘refundação’ do Flamengo para que vítimas de tragédia sejam lembradas “daqui a 100 anos”

O incêndio ocorrido na última sexta-feira (08), que tirou a vida e os sonhos de dez garotos das categorias de base do Flamengo, marcou – de forma infeliz – a história do clube. Em meio a isso, é certo que o Rubro-Negro desenvolverá ações para, ao menos, minimizar os danos. Entretanto, o jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN, sugere algo ainda maior, como uma “refundação” do clube.

Através de seu canal no Youtube, Mauro Cezar explicou a ideia. Durante a explanação, o comentarista chegou a citar outras equipes que passaram por processo semelhante em anos anteriores, como Napoli (ITA), Racing (ARG) e Rangers (ESC).

– O Flamengo precisa ser refundado. Isso mesmo, refundado. Como aconteceu com Parma, Napoli e Fiorentina na Itália, Rangers na Escócia, Racing na Argentina… todos tiveram que começar do zero. Mudaram nome, razão social… o Flamengo não faliu, como os outros clubes que se refundaram. Mas o Flamengo deixou a desejar numa área onde não poderia falhar: no trato dos meninos que chegam ao clube com sonhos, como tantos outros chegaram no passado e tantos outros ainda vão chegar. Por isso, o Flamengo precisa ser refundado.

Em sequência, Mauro afirmou que a lembrança dos jovens mortos na tragédia precisa ser eternizada, seja com uma pequena alteração no escudo ou, até mesmo, pequena mudança no nome, destacando que, além da refundação simbólica, seria também uma forma de “começar do zero”, para uma era em que não sejam mais cometidos erros semelhantes aos atuais.

– Que coloque em seu escudo algo que remeta aos dez meninos que morreram. Para que, daqui a 100 anos, quando um garoto perguntar ao pai o que significa “aquele detalhe”, o pai vai contar para o menino que aconteceu em 2019. E, desde então, o Flamengo passou a ser, de fato, um time cidadão, um clube no qual não se admite o erro e tudo é feito com correção, como venderam a ideia nos últimos anos, e a gente descobre que o Flamengo não era tão organizado como se imaginava, pelo menos em algumas área. Seria melhor que o Flamengo tivesse novamente devendo salários, que a dívida tivesse aumentado, mas que não falhassem com os garotos. Em meio a tantos acertos e progressos, foi cometido um erro terrível, onde não se poderia errar.

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