Fabio Monken: “Mudança de atitude”

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FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO

Salve, Salve Nação Mais Linda do Mundo!

Jogo atípico. Maracanã vazio. Microfone da SporTV captando apenas o áudio da torcida dos flores e aquele mané do Luiz Carlos Jr. narrando novamente – recomendo a todos assistirem ao jogo no mudo, escutando a narração do Rafael “Brabo” Penido na TV Coluna do Flamengo! VAR utilizado indiscriminadamente. Jogo pegado, sujo, com entradas violentas e cartão de crédito para o sujo do Bruno Silva. Juiz ruim que dói! Surubandê de cartões! Inversão de faltas. Merdelê completo (salve, Chicca!!!)! Mas foi um jogo com a cara do Flamengo!

Vamos ao que interessa, a partida! O que podemos afirmar, taticamente falando, especificamente sobre o Flamengo, resume-se apenas ao primeiro tempo, antes da literal “cagada” protagonizada de forma bisonha e juvenil pelo nosso bom atacante Bruno Henrique. Urge a necessidade de um psicólogo encostar no cara e tentar dissuadi-lo de seus rompantes de fúria! E esse profissional poderia aproveitar para também aconselhar o Gabigol.

Falando de bola, percebo que o time está evoluindo a passos de tartaruga, taticamente falando. É notório, para o bom entendedor, que nosso treinador não sabe nada sobre futebol moderno. Sou adepto da teoria em que os próprios jogadores vão acertando seus posicionamentos ao longo do tempo em que passam jogando juntos, tanto nas partidas quanto nos treinamentos realizados.

É óbvio que o Abel tem alguma influência sobre o time, mas acredito piamente que seu poder de dissuasão passa muito mais pelo fortalecimento e amadurecimento emocional do elenco e da capacidade de buscar incessantemente a vitória do que pelo seu domínio das táticas modernas atualmente utilizadas no esporte.

Dito isso, falemos da parte fundamental, a raça da equipe. Primeiro devemos deixar claro que a tática foi praticamente abandonada, ou colocada um pouco a largo, quando o time ficou com dez atletas antes ainda do término do primeiro tempo. Após a bobeira do BH, o time se fechou e teve que se multiplicar para enfrentar uma equipe muito mais equilibrada e melhor distribuída dentro de campo, mesmo com um elenco infinitamente inferior, tecnicamente falando.

A verdade é que seguramos as pontas, mesmo levando o gol de empate na segunda etapa e acabamos sendo premiados pela entrega e vontade de vencer que todo o time demonstrou, principalmente no quarto final do jogo. Isso estava em falta no Flamengo há bastante tempo, e acredito que essa gana de vitória a qualquer custo passa principalmente pela influência direta do Abelão. Considero ele fundamental nesse quesito.

Falando como gestor, pensando logo à frente, já para o Brasileirão e para o decorrer da disputa pela Libertadores, eu contrataria um técnico experiente, conhecido por sua excelência tática para dirigir esse elenco maravilhoso montado pelo Flamengo. Mas ainda aproveitaria a pujança do Abel, criando um cargo dentro o departamento de futebol, para trabalhar analogamente e influenciar o elenco da forma positiva e vencedora que ele sabe muito bem encarnar.

O bom é que podemos retirar algumas lições da partida de ontem e relato aqui algumas delas. Elenco caro não é sinônimo de time bem montado. Time obediente taticamente não significa a certeza da vitória. Até jogadores contestados têm os seus dias de glória, Arão e Renê são exemplos disso. E, finalmente, o VAR não pode servir de muletas para os árbitros, e isso é o que temos vistor por aqui ultimamente.

A turma retrógrada tem um prato cheio quando acontecem lances como os de ontem. Todas as jogadas eram consultadas pelo VAR. Vamos combinar aqui que o juiz da partida é pior do que péssimo, mas ressaltemos a necessidade da “juizada” chamar a responsabilidade de lances fáceis, sem ter a necessidade de consulta da tecnologia.

Enfim, foi um jogo com a cara do Mengão, do jeito que a Magnética gosta. Não faltaram situações bizarras no jogo de ontem, não faltou briga, doação, entrega. O time mostrou, apesar de jogar um futebol que não enche nossos olhos, que pode chegar muito mais longe do que eu pensava, por exemplo. Vamos torcer para que isso não seja um ponto fora da curva. Aguardemos dias cada vez melhores. Eu estou começando a me animar, e vocês? Vamos pras cabeças? A hora é essa! Que venha a final! Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo simplesmente é!!!

Saudações Rubro Negras a todos!

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  • Que esse meio da imprensa é porco e traíra isso é de conhecimento de todos mas um colunista vir na sua coluna detonar um colega falando horrores e indicar para os seus leitores acompanharem as transmissões dos jogos através de um amigo seu de coluna foi a primeira vez que ví e nada mais vai me surpreender a partir de agora.
    O cara foi simplesmente “escroto” com o Luis Carlos Junior do Sportv….nossa, em pleno século XXI.
    Quanto a idéia de tirar o Abelão do comando técnico do Flamengo só pode ser campanha para beneficiar alguém…..escrotidão pura desse cara.

  • O colunista esqueceu que esse cargo de “motivador” do elenco já existe no clube e é ocupado pelo Paulo Pelaipe! Não acho o Abel um técnico ruim para a temporada, não vejo motivos hoje para trocar de técnico.

  • Acho ótima a ideia de contratarmos um baita técnico para ser o Parreira e promover o Abelão ao cargo de Zagalo (estou imaginando uma situação como de 1994). Resta saber duas coisas: a. Quem seria esse baita técnico; b. Se esse baita técnico aceitaria a sombra constante de um treinador vitorioso como Abelão, e c. Se o Abelão aceitaria ser “relegado” a uma função puramente motivacional.
    Levando essa ideia à frente, imagino que a gente teria que trazer um treinador que tivesse um estilo de jogo próximo do elenco que temos (isso já foi dito várias vezes aqui, na TV, nas rodas de bar, etc). Hoje vejo o Sampaoli como um nome que funcionaria, mas duvido muito que ele abandone o seu trabalho no Santos. O próprio Fernando Diniz tem um estilo no qual nossos jogadores poderiam se encaixar, mas talvez não esteja à altura de um cargo tão importante quanto treinador do Flamengo. E tem sempre o Renato, que vai nos esnobar novamente. Enfim, concordo com tudo isso, mas não sei a viabilidade disso na prática.
    Quanto ao VAR, acho que pelo menos nos lances de gol e pênalti ele tem que consultar sempre – mesmo sendo fáceis. Na NFL (eu sei que o fut. Americano é diferente, mas vamos lá), temos conferência em todos os Touchdowns – e são muitos. Acho que o que não pode é o jogador peitar o juiz como os 22 estavam fazendo (porque os nossos também fizeram, vide Diego Alves).
    Enfim, também acho que o time começa a tomar forma. Pena que agora vai disputar uma final que não vale nada, porque, ganhando ou perdendo, já está nas semifinais da próxima fase. O Carioca é o único campeonato do mundo que o jogo que menos vale é a final, que vai ser disputada por dois times reservas.

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