Convidado pelo presidente Rodolfo Landim para o cargo de vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, Delano Franco respondeu algumas perguntas para a comunicação do clube, que publicou a entrevista em seu site. O dirigente abordou diversos assuntos referentes a outros esportes do clube: os ciclos olímpicos pensando em Tóquio, no ano que vem, e em Paris, em 2024, a maneira com a qual o Flamengo planeja investir nas categorias, além de abordar tópicos sobre várias modalidades, como basquete, vôlei, natação, remo, e ginástica.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM O VP DE ESPORTES OLÍMPICOS, DELANO FRANCO:
Como surgiu seu convite para ser VP de Esportes Olímpicos do Flamengo e o que o levou a aceitar?
O Presidente Rodolfo Landim me ligou perguntando se eu topava o desafio de levar os Esportes Olímpicos do Flamengo a um novo patamar. Aceitei porque achei, e ainda acho, a tarefa fascinante tanto do ponto de vista racional – potencial da marca Flamengo, etc.- quanto emotivo. Sou flamenguista, fui atleta do clube e nele passei momentos maravilhosos no passado.
Como foi o cenário dos esportes olímpicos que você encontrou? O que identificou que poderia, ou deveria, receber imediata atenção?
Encontrei uma equipe, de uma forma geral, muito boa e motivada, e modalidades em estágios distintos de desenvolvimento. Entendi que as atenções deveriam inicialmente se focar em busca por financiamento, patrocínios, etc, alavancada por uma equipe de marketing agora exclusivamente dedicada aos Esportes Olímpicos. Esse é um projeto já em desenvolvimento. Além disso, também notei necessidade de aprimorar a comunicação entre os atletas/pais e o clube. Para isso estamos desenvolvendo questionários digitais junto com nossos gestores diretos de cada modalidade, que ajudarão a nortear nossas ações daqui pra frente.
O time de basquete se acostumou a vencer, mas nas últimas temporadas não obteve sucesso. Houve uma mudança drástica na equipe para a atual. Você prefere esperar o final da temporada ou já observou alguns pontos que valem atenção? Como pretende utilizar a base no time profissional e o aproveitamento geral das “crias da Gávea”?
Dada a queda de rendimento após um período de muito sucesso, o que de certa forma é natural, o Flamengo optou por uma reformulação tanto da comissão técnica quanto da equipe de atletas. Em seguida a essas mudanças dois títulos importantes foram alcançados (Campeonato Carioca e o Torneio Super 8, além da vaga garantida para a Liga das Américas 2019). Outro ponto muito importante é a busca de um programa de excelência na base, que vem em uma crescente. Queremos mesclar a juventude da base com a experiência dos adultos no intuito de manter um grupo equilibrado e muito competitivo.
O vôlei é outro esporte que voltou ao Flamengo e vem chamando muita atenção. O clube sempre teve uma escolinha muito forte do esporte. Tal como no basquete, como você imagina o esporte para a próxima temporada, considerando que suba para a Superliga A?
A equipe técnica do vôlei, capitaneada pelo Alexandre (Ferrante), vem fazendo um excelente trabalho com recursos escassos, e esperamos subir para a Superliga A. As meninas estão de parabéns pela postura guerreira em quadra. Se chegarmos lá, serão necessárias ações para a obtenção de maior financiamento, dado que o custo sobe bastante. O objetivo é não só chegar à Superliga A, mas estar entre os melhores do país.
A vinda do Isaquias, Núcleo Fla Barra de Natação no Maria Lenk, dentre outras ações mostram um estreitamento de relações com o COB. Qual o objetivo do Flamengo a longo prazo com essa relação e quais benefícios para o clube e para o esporte nacional você vislumbra desse trabalho em conjunto?
O Comitê Olímpico do Brasil é um importante parceiro do Flamengo, tanto na capacitação dos nossos gestores através do IOB (Instituto Olímpico Brasileiro) quanto no desenvolvimento dos atletas, buscando uma melhor performance esportiva internacional. Hoje temos um plano bastante avançado com as atletas da Ginástica Artística Feminina e no Remo.
Além disso, montamos um núcleo de natação, denominado Fla Barra, que é a base de treinamento que atende nossos atletas que moram na zona oeste, no Parque Aquático Maria Lenk.
Acreditamos que esse trabalho com o COB provê um auxílio importante em nossa busca por excelência nas diversas modalidades.
Tóquio está batendo na porta. Quais as metas de atletas do Flamengo para os jogos de 2020 e se há algum plano específico para as competições deste ano?
O projeto Inspiração 2020 – 2024 tem como objetivo uma forte participação de atletas e membros de comissões técnicas rubro-negros nos JJOO de Tóquio e Paris. Com a participação desses atletas aumentaremos nossos alunos nas Escolas de Esportes e tenderemos a ter mais talentos na base. Trabalhamos intensamente para sermos o maior clube olímpico do Brasil até 2022.
Como pretende investir nos esportes? Eles buscarão patrocínios próprios? Qual o plano da vice-presidência para os recursos dos esportes olímpicos? Pode-se falar em orçamento?
Os Esportes Olímpicos possuem normalmente três fontes de recursos: patrocínios diretos, patrocínios incentivados (Lei de Incentivo Federal – incluindo o Anjo da Guarda, Lei de Incentivo Estadual, verbas do Comitê Brasileiro de Clubes – CBC) e receitas da Escola de Esportes Sempre Flamengo. Uma série de iniciativas estão sendo boladas para incrementar o financiamento via patrocínios diretos e incentivados. Por exemplo, campanhas para trazer para os Esportes Olímpicos patrocinadores com ticket insuficiente para o futebol, e maior presença de nossos atletas olímpicos de ponta nas ações de captação e ativação.
Com relação à Escola de Esportes, hoje a restrição ao crescimento de receita é a estrutura física do clube. Para isso, estamos desenvolvendo algumas soluções que envolvem a utilização de outras localidades.
A Escola de Esportes Sempre Flamengo teve crescimento muito acentuado nos últimos anos. Qual a meta para essa gestão e os planos para alcançá-la?
A meta é atingir 4 mil alunos na sede da Gávea (crescimento de 7% sobre 2018). Os planos envolvem o término da segunda piscina olímpica e a cobertura de quadras externas. Vale ressaltar que temos seis núcleos sociais de basquete que contam com aproximadamente 700 meninos, fruto de uma parceria com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro.
Além da piscina que está sendo montada, já com a Myrtha ao lado, o Flamengo terá duas áreas de excelência nos aquáticos. As demais instalações (dojô, ginásios, quadras) passarão por reformas tão significativas como as piscinas?
Além da conclusão da piscina, nosso plano prioritário é a cobertura de quadras para atender aos alunos da Escola de Esportes e treinamento da base nas modalidades basquete e vôlei.
Quando teremos o baskete feminino e vôlei masculino iswuete e outros esporte olimpicos
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