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A cultura do futebol brasileiro nos ensina ao longo dos anos que em caso de resultados ruins dentro de campo, a conta deve ser paga pelo treinador. E invariavelmente sozinho. Se é verdade que o trabalho de Abel Braga no dia a dia e à beira do gramado vem deixando a desejar – basta acompanhar as atuações do time – também é notória a ansiedade que ronda a Gávea e o Ninho do Urubu por um título de expressão nacional ou internacional. No programa Redação SporTV desta terça-feira (28), o comentarista Carlos Eduardo Mansur, destacou esse ponto.
– O Flamengo é uma realidade muito peculiar hoje. Evidentemente, não é a primeira vez que isso acontece em um clube grande. E essa realidade peculiar tem alguns pontos que precisam ser ponderados em favor do Abel, fazendo uma avaliação desses quatro meses de temporada. O Flamengo é um clube ansioso por conquistas e que quer chegar na taça antes de construir o projeto. Olhou para o Abel e pensou: ele tem título no currículo, ele tem a fama de bom gestor do elenco. Porque o diagnóstico do ano passado é que faltava pé na porta e ordem. Então ele parecia o atalho perfeito.
Na fila desde que conquistou a Copa do Brasil, em 2013, o Rubro-Negro pode, na visão do comentarista, ter errado na escolha do comandante. O que compromete o decorrer do trabalho, uma vez que as mudanças pelas quais o time precisa passar ainda não ocorreram nos primeiros meses de trabalho de Abel.
– Na prática, ele era o caminho mais longo, porque a maneira dele de enxergar futebol é muito diferente das duas últimas temporadas. E em quatro meses essa transformação não acontece. O que pesa contra ele? Que até agora, a sensação de evolução, dentro desse modelo dele é muito pequena.