Gabigol chegou ao Flamengo com status de estrela e badalado pela torcida, acostumada a conviver com grandes atacantes. Em se tratando de goleadores, a galeria é extensa e conta com expoentes como Nunes, Bebeto, Gaúcho, Romário e Adriano, entre outros. Apesar de nem todos usaram a camisa 9 de Gabigol – Romário era 11 e Adriano, 10, por exemplo – o faro de gol de cada um deles era notório. Escalado tanto no comando do ataque quanto pela beirada de campo pelo técnico Abel, o atacante precisa reencontrar os gols para justificar seu lugar no time.
Chamam a atenção as poucas oportunidades em que Gabriel tem finalizado durante as partidas, bem como a tímida contribuição para a construção de jogadas ofensivas. Nos últimos oito jogos, o jogador foi às redes somente uma vez. Muito pouco para quem terminou 2018 como artilheiro do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, feito até então inédito no futebol do país.
A troca de posições no ataque, a falta de confiança e o desgaste físico são fatores que são levados em consideração por quem o acompanha de perto. O treinador Abel Braga avaliou o momento do jogador, logo após mais uma atuação apagada no final de semana, na derrota de 2 x 1 para o Atlético-MG: “Hoje, se analisarmos bem, completamos 72 horas do jogo contra o Corinthians. Enfrentamos chuva, campo molhado… Nós devíamos ter trocado dois ou três jogadores que estiveram abaixo.”
O Flamengo ocupa a nona posição na tabela de classificação com sete pontos e Gabigol terá uma nova chance de fazer as pazes com o gol e com a Nação Rubro-Negra no domingo (26), diante do Athletico-PR, no Maracanã, em jogo válido pela sexta rodada do Brasileirão.