Há 18 anos, São Judas Tadeu chegava ao Maracanã e Petkovic fazia história

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Foto: Hipólito Pereira/O Globo

Por: Chico Freire

27 de maio é, sem dúvidas, um dos dias mais marcantes do calendário rubro-negro. É o dia em que São Judas Tadeu desceu ao Maracanã, vestiu rubro-negro… e não teve para ninguém. É o dia em que os pés de Petkovic – o sérvio mais brasileiro – fizeram o impossível. Há exatos 18 anos, era o dia em que a história superava qualquer fantasia: o dia em que o Flamengo conquistou seu quarto Tricampeonato Carioca.

Em 27 de Maio de 2001, o Maracanã ficou pequeno para a decisão estadual. Apoiando um time desacreditado e rachado, a Nação ignorou o placar adverso do jogo de ida e se fez maioria no estádio. Era dia de Flamengo x Vasco.

O Cruzmaltino parecia um monstro de sete cabeças: um timaço com títulos nacionais e continentais na bagagem, um elenco recheado de craques e a sede de vingança pelos vice-campeonatos estaduais seguidos nos dois anos anteriores. A favor do Flamengo, o sobrenatural: um tabu de 13 anos (que já viraram mais de 30) sem perder uma final para o Vasco, a energia das arquibancadas e um Manto Sagrado capaz de dobrar a realidade.

Um Flamengo precisando vencer por dois gols para conquistar a taça. Um Rubro-Negro que largou na frente: Edilson, de pênalti, balançou a rede aos 20 do primeiro tempo. O sonho se aproximava, mas o Vasco empatou. Não virou por pouco – e por Júlio César, o jovem goleiro que fazia milagre.

No começo do segundo tempo, um cruzamento perfeito de Petkovic, um cabeceio perfeito de Edilson e a Nação voltou a inflamar. Faltava pouco para a redenção rubro-negra, mas também faltava pouco para a vingança vascaína.

No final do segundo tempo, o milagre. No final do segundo tempo, as energias rubro-negras. No final do segundo tempo, uma falta perfeita de Petkovic.

Aos 43 minutos do segundo tempo de 27 de maio de 2001, Petkovic balançou as redes. Junto com Rondinelli, Valido, São Judas Tadeu, a Nação, o possível e o impossível. Aos 43 minutos do segundo tempo de 27 de maio de 2001, a história ficou pequena para o Flamengo. Há 18 anos. Hoje.

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