Matheus Brum: “O que espero do próximo treinador?”

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Olá, companheiros e companheiras do Coluna do Fla. Depois de diversas críticas e uma pitada de desrespeito por parte da diretoria, Abel Braga pediu o boné e saiu do Flamengo. Agora, começa aquele período de especulação sobre diversos nomes, nacionais e internacionais, para saber quem vai assumir o clube.

Independentemente do nome, o primeiro pensamento dos cartolas rubro-negros deve ser: que estilo de jogo queremos para este time? Tendo resposta a esta pergunta, parte-se para a busca no mercado.

Desde o início do ano, quem me acompanha por aqui e pelas redes sociais sabe, defendo que o Flamengo montou um elenco para ter posse de bola, jogar explorando os pontas rápidos e habilidosos e também conseguir jogar pelo meio, por ter jogadores com capacidade de “colocar a bola” onde desejam.

Talvez, o maior erro de Abel seja justamente não ter se adaptado ao elenco que tinha. Claramente, e é só pegar entrevistas do agora ex-treinador, o desejo era de um time sem posse de bola, mais reativo, jogando no contra-ataque. Quando perdeu para o Fluminense, na semifinal da Taça Guanabara, em uma das piores atuações do Flamengo nos últimos anos, precisou rever este conceito. E aí, acredito, o bolo desandou. Abel se queimou e preferiu sair.

Ou seja, com base nesta análise, é importante que a diretoria procure um treinador à altura do elenco que montou. Com mais de R$100 milhões gastos na janela de transferências, a capacidade de praticar um bom futebol é gigantesca. Mas, não depende apenas dos jogadores. É necessário um trabalho bom da comissão técnica.

Quando digo “bom futebol”, não é apenas no sentido de plasticidade. Mas, de conseguir, em campo, colocar em prática o estilo do jogo definido pelo treinador. Onde os jogadores saibam o que fazem dentro das quatro linhas, onde a movimentação seja correta, a defesa funcione, o meio-campo consiga trocar passes e os atacantes levarem perigo. Não dá mais pra aguentar um “bando” em campo, parecendo pelada, com as partidas sendo resolvidas na base do individualismo, como vimos ao longo destes últimos cinco meses.

Não vou aqui ficar discorrendo sobre nomes. A questão central, como disse no início do texto é: que futebol a diretoria deseja pro time? Quando montou o elenco, o que passava na cabeça de Marcos Braz e seus “purple caps”? Definido isso, aí é o momento de ir ao mercado?

E você? O que acha? Qual seria o estilo de jogo que o clube precisa colocar em campo? E qual seria o treinador para colocar essas ideias em campo?

PS: se as informações vazadas por alguns jornalistas, de que Jorge Jesus foi procurado com Abel ainda no cargo, forem verdadeiras, isso demonstrará um enorme desrespeito com o treinador. Vá lá que o trabalho não é bom, mas nada justifica uma atitude desrespeitosa como essa, com um profissional que sempre buscou fazer o melhor para o clube. Uma atitude amadora da diretoria do Flamengo.

Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum


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