Matheus Brum: “Estamos vendo a História acontecer”

Compartilhe com os amigos

Olá, companheiros e companheiras da Coluna do Fla. Que dia histórico vivemos ontem! Confesso que até agora estou anestesiado com a classificação para as semifinais da Libertadores, depois de 35 anos. É impressionante parar para refletir e chegar a conclusão de que várias gerações, incluindo a minha, nunca viram o Flamengo chegar tão longe na Liberta. Inclusive, nenhum jogador do atual elenco era nascido quando fomos eliminados para o Grêmio, em 1984. Ou seja, é um feito que precisa – e muito – ser comemorado.

Mas, para ver tal feito, foi preciso encarar uma partida difícil. Não por causa do Inter, mas sim pelos nossos próprios erros. Se no Maracanã, semana passada, soubemos aproveitar as falhas do Colorado para matar o jogo, ontem foi diferente. Gabigol perdeu duas chances, no primeiro tempo, que poderiam ter deixado o jogo muito mais tranquilo. Aliás, ao mesmo tempo que nosso camisa 9 “guarda” várias bolas na rede, ele também perde uma enormidade de chances.

Mesmo assim, na primeira etapa, fomos infinitamente superiores. Controlamos o meio-campo e tivemos as principais chances de gol. O Flamengo alternava o sistema de marcação. Uma hora, as linhas subiam e marcavam no campo do adversário. Em outros momentos, se fechava com duas linhas de quatro, impedindo o avanço do Inter. Os mandantes praticamente não chegaram no ataque, até porque, Cuéllar, Rodrigo Caio e Marí fizeram uma grande partida. O colombiano se mostrou profissional (ao contrário do que tem feito fora de campo). Já nossa dupla de zaga, foi de uma segurança ímpar. Os Colorados até agora estão tentando achar o Guerrero.

Mas, no segundo tempo, tudo mudou. Tanto no ataque, quanto na defesa. Parecia que o time entrou com a certeza de que classificaria, ou faria o gol na hora que quisesse. O Flamengo relaxou. E com isso, o Inter, na base do abafa, foi pra cima, a trancos e barrancos, em busca do gol.

Em alguns momentos, o Mais Querido aceitou o jogo Colorado. Se fechou na defesa, sem saída de bola e com o quarteto de ataque inoperante. As movimentações e trocas de posição de Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta e Éverton Ribeiro, que deram certo no primeiro tempo, não apareceram no segundo. O time ficou estático, saindo a base do chutão e sendo facilmente desarmado pela zaga do Internacional.

O gol de Rodrigo Lindoso – que gerou quase seis minutos de confirmação no VAR – foi ao acaso, na tradicional “bola vadia”. Mas, o Inter foi assim nos 180 minutos das quartas de final. Na ida, uma retranca absurda, com direito a distribuição de porrada a varejo. Na volta, um time desorganizado, sem capacidade de articulação de jogadas e vivendo de cruzamentos na área ou do pivô de Paolo Guerrero (e aí, Guerreretes, saudades do ex?).

Confesso que nos minutos seguintes ao gol, achei que tomaríamos o segundo e a partida iria para pênaltis. O comportamento do Flamengo estava completamente abaixo do que estamos acostumados, mesmo com o JJ indo à loucura no banco de reservas, não mudava. Entretanto, brilhou a estrela do Bruno Henrique. Assim como no Rio de Janeiro, o camisa 27 soube aproveitar a chance de “matar” o confronto. Puxou o contra-ataque e serviu Gabigol, sozinho. Aí, não teve jeito, o camisa 9 colocou no fundo do barbante.

O que fica de lição é o velho “mantra” do futebol: “quem não faz, leva”. Em mata-mata, não podemos nos dar ao luxo de criar e não fazer. É preciso mais concentração para converter as chances em gols. Contra o Grêmio, a tendência é o confronto ser ainda mais difícil. Então, não podemos bobear.

E, mais importante do que isso, é os jogadores internalizarem que estão a três passos de fazerem história. Da mesma forma que lembramos do time de 1981, este time de 2019 pode ser eternizado na memória de cada rubro-negro, para sempre. Se este elenco conseguir entender isso – e tenho certeza que eles têm essa capacidade – aí, meu amigo, não tem pra ninguém.

Ô Renato Gaúcho, se prepara meu filho! Tamo chegando. E você, como bom rubro-negro, sabe: se deixar o Flamengo chegar….

Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum


Gostou? Comente! Não gostou? Comente mais ainda! Mas, por favor, vamos manter o diálogo sem xingamentos ou palavras de baixo calão. O bom diálogo engrandece o homem e nos faz aprender, diariamente!

Compartilhe com os amigos

Veja também

  • Libero todos os canais de TV e coloco 1800 filmes e 180 séries completas por apenas R$ 35 mensais. Teste de 2 horas grátis. Sem antena! Basta ter internet! WhatsApp: 21 988788640. Me chama e faça seu teste grátis.

  • Alguém pode explicar a origem do dinheiro gasto em contratações pelo Clube de Regatas Flamengo? Alguém pode explicar os vinte e cinco anos de patrocínio da Petrobrás na camisa do Clube de Regatas Flamengo? Alguém pode explicar quem são os responsáveis pela morte de dez meninos no ninho do urubu? Sabe o que é, no Rio de Janeiro, canalhas, safados, pilantras e picaretas agem livremente, pois os cariocas são acostumados ao crime!!! Faz parte da cultura deles, pois sempre conviveram com a bandidagem vinda das favelas!!!

  • A minha grande preocupação não está nestes detalhes, mas sim no sistema de marcação avançada e intensiva, a qual exige mais preparo físico dos jogadores. Além de ter relaxado no 2o. tempo (na qual acredito ter acontecido em vista da questão física), temos que levar em conta que aqui não é a Europa e o calendário não colabora em nada em vista de grande quantidade de jogos. Lembram-se do Flamengo de 2016 que na reta final, caiu de produção justamente por causa do excesso de jogos e constantes viagens? &;-D

  • Realmente ainda não ganhamos nada mas a felicidade e a emoção é ver o Flamengo voltar a ter chances de disputar uma final de Libertadores , coisa que não acontecia a 35 anos, pois os gestões anteriores a Bandeira de Melo só pensavam em roubar o Flamengo e ganhar campeonato carioca pra enganar os torcedores.

  • Vamos com calma, ainda não ganhamos nada, o time está evoluindo e entendendo que com o JJ tem que jogar para ganhar todos os jogos, não importa qual seja.

Comentários não são permitidos.