FOTO: ALEXANDRE VIDAL / FLAMENGO
Quando chegou ao Flamengo, Jorge Jesus precisava superar uma diferença de oito pontos para o, até então líder, Palmeiras. Hoje, faltando apenas uma rodada para o fim do primeiro turno do Brasileirão, o Rubro-Negro está no topo tabela, seguido pelo Santos e com dois pontos de vantagem. Se comparado ao tempo de trabalho de outros técnicos no país, o crescimento do Mister chama ainda mais atenção. Questionado sobre a boa fase do clube carioca, o português pontuou a importância de estar sempre inovando no futebol.
– Eu não trouxe coisas diferentes só ao Brasil, eu propus novidades em todos os lugares onde trabalhei. Em Portugal, há N treinadores que me seguem. Minhas ideias já eram diferentes na Europa. Aqui talvez seja surpresa, mas este é nosso trabalho. Tento deixar um legado, ideias do que penso ser melhor para as equipes. Isso não quer dizer que somos o suprassumo, mas acho que temos acrescentado em resultados esportivos e no entusiasmo dos adeptos (torcedores). Para além de ganhar, meu time proporciona espetáculo, isso é muito importante. Um dos treinadores que eu segui, Johan Cruyff, dizia que não basta ganhar, é preciso proporcionar espetáculo ao torcedor que paga o ingresso. Ele dizia que preferia ganhar de 5 a 4 do que 1 a 0 -, contou durante entrevista exclusiva ao portal ‘Veja’.
Jorge Jesus comentou, ainda, sobre as principais características de seu elenco. Para o português, as ordens são dadas pelo próprio posicionamento tático dos atletas.
– Tocar para frente nem sempre é a melhor maneira de se chegar ao gol, mas isso tem uma justificativa no posicionamento tático da minha equipe que, indiretamente, obriga meus jogadores a tocarem para frente. Eu não digo a eles que têm que ser assim, é o esquema que diz -, afirmou.
Outros pontos importantes foram tratados por Jorge Jesus durante a entrevista. Entre eles, um assunto polêmico – principalmente por gringos que chegam ao Brasil -: o calendário. Com a opção de rotatividade no elenco, o Mister afirmou não sofrer com os jogos às quartas e domingos.
– Eu não preciso mudar totalmente o time para recuperar uma equipe que joga de três em três dias, há várias maneiras de descansar. Essa é minha opinião. Na Europa, não trabalhamos assim, não vemos o jogo assim. Acho que o primeiro a dar certo descanso e rotatividade aos times foi o Alex Ferguson, no Manchester United, mas não mudando os 11 jogadores, apenas aqueles que julgar necessário. Penso da mesma forma. Na Europa também se joga duas vezes por semana, intercalando competições -, analisou.
Essa frase é perfeita! Eu prefiro ganhar de 5×4 do que 1×0 perfeito o raciocínio, pois o torcedor que paga o ingresso não quer ver apenas o time vencer, quer ver espetáculo se a equipe tiver qualidade pra isso é claro. Aqui no Brasil o time faz o mísero 1×0 e os técnicos já pedem pra fechar a casinha. Eu até entendo em termos o pensamento medíocre dos técnicos de um modo geral, pois aqui é muito difícil você ter uma equipe tão qualificada como a do Flamengo para dar espetáculo, mas é exagerado o futebol retranqueiro que se vê aqui. De qualquer modo eu concordo é melhor vencer de 4×3 do que 1×0 até porque vitória independentemente do placar vale 3 pontos. E o torcedor que paga o ingresso quer ver gols. É muito frustrante você ir a um estádio para assistir a um jogo e esse jogo termina em 0x0. É bem melhor que seja 3×3 por exemplo. Rumo ao título mengão.
Saudações rubro negras!
Tem que por o técnico da base que estava antes do J.J. pra ir pegando as ideias dele, fazer um estagio, colar no Mister ( agora me fugiu o nome dele), mas ele foi o interino antes de JJ assumir…
Uma hora JJ vai sair… e quem assumir tem que dar continuidade a esse modo de jogar…
Já tenho medo de JJ Grande Mister Sair 🙁
Futebol é produto e deve ser vendido como espetáculo. Já pensaram nos jogos memoráveis, por exemplo, 5 a 4 do Flamengo sobre o Santos? Tá na sua memória? Pois é.. o jogo (produto) foi bem vendido. É isso que reclamo desde sempre, o futebol brasileiro como produto ao torcedor é ruim. Chega de ganhar de 1 a 0 e se retrancar, gol de rebote, sem jogadas bem elaboradas, com técnica, tática. Vida longa ao Jorge Jesus, que está revolucionado o futebol brasileiro.
Pronto, alguém que finalmente entendeu o que o torcedor quer. Que a diretoria passe a contratar treinadores por perfil e por característica de jogo, não por nome. Podendo aliar os dois ótimo, mas que fique de lição pra evitar outros treinadores que não jogam com a cara do Flamengo da década de 80, que virou padrão de qualidade pra nossa torcida. SRN
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