FOTO: ALEXANDRE VIDAL / FLAMENGO
Olá, companheiros e companheiras de Coluna do Fla. Como estão? De cabeça inchada com a derrota para o Santos? Ou tranquilos pois o confronto não valia nada? Pois é… não sei qual a sua resposta. Entretanto, este que vos fala, particularmente, não está de cabeça inchada. Contudo, também não estou tranquilo. E é isso que vou explorar neste texto de hoje.
A goleada na Vila Belmiro foi acachapante. Não vimos a cor da bola em território santista. Muitos podem pensar que este jogo não deve ser levado em consideração, pois o time entrou desleixado. Concordo, em partes. Houve uma falta de intensidade grande na partida. Mas, há muitos méritos na forma como Jorge Sampaoli armou o Santos e anulou nossas principais peças.
E o argentino foi direto no nosso ponto fraco: as jogadas pelas laterais. Sampa abriu Soteldo e Marinho pelos flancos, para explorar os espaços deixados por Rodinei e Filipe Luís. Pela direita, havia uma dificuldade de posicionamento pelo camisa 2. Já na esquerda, pesou um péssimo dia e a dificuldade de recomposição, pela lentidão. Há também que juntar, nesta equação, a falta de cobertura dos nossos volantes nas jogadas em velocidade.
Quando tínhamos a bola, éramos pragmáticos. Nada de velocidade na troca de passes ou movimentação entre os atacantes. Ficamos encaixotados dentro da marcação santista e o melhor ataque da competição não balançou as redes – algo que não acontecia, no Campeonato Brasileiro, desde a partida contra o Bahia.
Pois bem…. se você leu o texto até aqui, tenho quase certeza que pode estar pensando: “Ahh, o time não quis jogar. A cabeça está no Mundial”. De novo, concordo em partes. Estes mesmos problemas nós encontramos no dia 23 de novembro. Lembrou do dia? Sim! O mais importante dos últimos 38 anos, quando conquistamos o bi da Libertadores.
Naquele confronto, um outro argentino, Marcelo Gallardo, também nos anulou ofensivamente e causou grande preocupação defensivamente. O River Plate entrou em campo marcando em cima. Muitas vezes, quando um jogador nosso recebia a bola, haviam três atletas adversários próximos, dificultando a troca de passes. Com isso, você vai se lembrar, a equipe apostou em bolas longas, muitas destas erradas.
Já na parte defensiva, os mesmos problemas. De la Cruz, principalmente, causava enormes problemas para nossos laterais. Borré, como centroavante, fazia o pivô, esperando a movimentação dos jogadores de lado. Foi assim que tomamos o gol dos argentinos – sem entrar em detalhes nas falhas defensivas, já faladas aqui em outro momento.
Portanto, temos que trazer deste confronto contra o Santos o seguinte: há técnicos, capacitados, que já enxergaram uma forma de conseguir parar nosso poderio ofensivo e escancarar nosso ponto fraco defensivo. E sabe porquê isso me incomoda? Porque o Liverpool, nosso possível adversário na final do Mundial, joga exatamente desta forma.
Klopp arma o Liverpool para explorar o pivô de Firmino e a velocidade de Salah e Mané. Tudo isso com o apoio do meio-campo, que infiltra no ataque e defende de forma compacta, pressionando para a roubada de bola.
Então, em 13 dias – a final é no dia 21 de dezembro – Jorge Jesus precisa acertar o time defensivamente. É preciso que nossos laterais não fiquem sempre no mano a mano com os atacantes do Liverpool. Arão, que falhou no gol contra o River e no 3º e 4º contra o Santos, precisa aprimorar o posicionamento defensivo e não marcar a bola e sim o jogador que infiltra.
O tempo é curto, eu sei. Mas, nos dois confrontos que tivemos, com treinadores capacitados e que, claramente, estudaram nosso modelo de jogo, passamos aperto. Em um, conseguimos a vitória com base na individualidade. Na outra, sofremos uma goleada. E, possivelmente, contra o terceiro grande treinador que iremos encarar, qual será o resultado? Se não arrumarmos estas falhas… nosso sonho pode se transformar em um pesadelo!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
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Tivemos a oportunidade de abrir o marcador, através do Gabriel, e mais uma vez ele falhou. No primeiro gol Everton Ribeiro perdeu a bola no meio, no segundo Felipe Luís de de bandeja, no terceiro houve a falta, no quarto Rodinei deixou cruzar facilmente. Tudo falha, parece o Renato Gaúcho né? Mas é verdade, se o time jogar não acontece isso.
E perde um jogo que já começam as dúvidas, claro que sempre vi o Flamengo, mal na lateral esquerda com esse Felipe Luiz, nunca achei graça nesse jogador, e na direita o nosso reserva, sempre foi muito fraco, e além do mais, os caras sabendo de uma decisão de um mundial que a trinta e oito anos esperando, vão muito correr com a intensidade costumeira, a ponto de se confundirem mesmo, ninguém vai colocar o pé em dividida, isso não justifica também do time ter tomado 4 gols, aí e que acho porque, que o JJ não colocou os reservas, estariam correndo com a intensidade e se ganhariam ou não, seria outra história, mas goleada não tomariam, por que não iam deixar de dividir uma bola com certeza. Agora me coloca jogadores titulares sem pretensões mais alguma nesse brasileiro, para mim e muita burrice
o Goiás já havia feito esta marcação. o nosso jogo está previsivel e a decisão fica com o talento dos jogadores, mas uma vez bem vigiados e marcados.....
CONCORDO 100%.
FICOU CLARO QUE OS NOSSOS LATERAIS CONTINUAM SENDO PONTOS FRACOS DO TIME.
CLARO QUE, PARA O NÍVEL DO FUTEBOL JOGADO NO BRASIL, RAFINHA E FELIPE LUÍS, SOBRAM MUITO FÁCIL, MAS QUANDO PEGARMOS OS PONTAS DO LIVERPOOL O PASSEIO PODE SER GRANDE.
ONTEM OS NOSSOS LATERAIS NÃO VIRAM A COR DA BOLA. ÓBVIO QUE O RODINEI NÃO CHEGA NEM PERTO DA QUALIDADE DO RAFINHA, MAS MESMO O RAFINHA JÁ NÃO APRESENTA ASSIM UMA PERFORMANCE DE ALTO NÍVEL.
SOBRE ONTEM AINDA, OLHA QUE OS PONTAS DO SANTOS, APESAR DE SEREM EXCELENTES, NÃO SÃO EXATAMENTE OS MAIORES CRAQUES DAS POSIÇÕES.
MAS O PRINCIPAL, VAMOS SER SINCEROS, ARÃO E GÉRSON NÃO SÃO MARCADORES QUE SABEM JOGAR, SÃO JOGADORES QUE SABEM MARCAR, OU SEJA, A PRINCIPAL QUALIDADE DELES NÃO É A MARCAÇÃO E JÁ FAZ TEMPO QUE NEM SE LEMBRAM DISSO NOS JOGOS AQUELE 4X4 CONTRA OS VICES E O JOGO DE ONTEM PROVAM ISSO. JUNTA-SE A ISSO A DOIS LATERAIS QUE JÁ NÃO APRESENTAM SUAS MELHORES FORMAS FÍSICAS E TÉCNICAS, TÊM-SE UM QUADRO PREOCUPANTE.
PARA O JOGO CONTRA O LIVERPOOL, É PROVÁVEL QUE AQUELE COLOMBIANO RUIVO FAÇA MUITA FALTA. INFELIZMENTE OS PROBLEMAS FAMILIARES NÃO O PERMITIRAM FICAR, PACIÊNCIA.
AGORA, TANTO A SEMIFINAL QUANTO A FINAL É JOGO ÚNICO, NÉ? O LIVERPOOL É ATUALMENTE O MELHOR TIME DO MUNDO, MAS UM JOGO TUDO PODE ACONTECER. MAS ANTES PRECISAMOS VENCER A SEMIFINAL E SE JOGAR COMO CONTRA O SANTOS, SEI NÃO.
MAS VAMOS NA FÉ!
O erro do Felipe Luís não tem a ver com questões físicas, foi um erro técnico, uma desatenção, que não se repetirá. Os jogadores do Flamengo só têm que estar focados.
E o Rodilindo? Sem comentários pra ele? Todas as vezes que joga, no mínimo deixa passar um ou dois gols em cima dele, sempre ele, muito fraco para estar no Flamengo, tomara que o time espanhol, que está negociando o passe dele, não tenha visto esse jogo. F. Luís também entregou um dessa vez. Flamengo não entrou em campo, foi pra cumprir tabela, e Santos jogou uma final, fora o Gabigol que perdeu dois que poderiam ter mudado a história do jogo.
Perderam uma ( e perderam muito feio) e já começam as lamúrias. De maravilhoso, o time passa a ser fraco, inoperante, etc.
Galera, é claro que, conhecendo nossa forma de jogar, os técnicos estudaram uma forma de neutralizá-la, não iam insistir em sistemas que fracassaram contra nós. Lembrem-se que o único time que não conseguimos vencer no Brasileiro foi o São Paulo.
Uma coisa, porém, fica bem clara: temos que conseguir reservas à altura para Rafinha e Felipe Luís, uma vez que a idade já está pesando no desempenho.
Só espero que o JJ encontre uma forma de melhorar a cobertura dos laterais para compensar essa situação.
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Puta que pariu!!! Os caras após 29 jogos, perdem uma, nitidamente desfocados e começam as cornetadas. Mas vão transar ao invés de encher o saco. Até parece que só tem génio tático aqui...hahahahaha
A partida de ontem deveria ser vista como um jogo-treino. Pode parecer absurdo, mas, para mim, JJ já sabia que o time iria perder de goleada para o Santos, instruindo os jogadores a se comportarem da maneira inusual que assistimos ontem para perceberem, na prática, as consequências nefastas que decorrem ao se deixar de jogar "a Flamengo", sem intensidade, sem participação dos homens de frente no sistema defensivo, e dos jogadores de defesa, no sistema ofensiva. O Flamengo jogou à maneira de muitos outros times brasileiros, como jogaria, por exemplo, sob o comando de Abel. Nisso estava a lição que JJ pretendia dar ao grupo: a força do Flamengo reside no seu sistema de jogo, uma obra coletiva, o que contraria a opinião de muitos técnicos que atribuem o sucesso do Flamengo apenas à qualidade técnica de seus jogadores. Adotar conscientemente procedimentos contrários aos que foram praticados nos jogos anteriores é uma eficiente maneira de conscientizar os jogadores sobre os perigos desses erros. Entretanto, essa forma de ensinamento pelo erro deliberado, muito comum em treinos de judô, por exemplo, somente pode ser adotada quando o jogo não vale nada em termos de conquistas, pois a derrota é a demonstração necessária da lição. Por outro lado, se o técnico do Liverpool assistiu ao jogo de ontem contra o Santos, tirará conclusões equivocadas sobre as características do Flamengo.